Acordando Para A Realidade

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Acordei na minha cama, mas a dor que sentia na cabeça era mais forte do que as que senti durante minha vida inteira!
   Me sentei na cama e olhei o relógio no criado mudo, ainda eram 6h da manhã. Mas ali sentada ainda, refleti sobre aquele sonho.
Sim o romance entre Steve e eu não passou de um sonho, bem esquisito pra falar a verdade!

Tudo o que aconteceu foi real, tirando o que aconteceu entre nós dois. Minhas frustrações eram porque eu sentia algo por ele mais ele parecia nem me ver, era distante e as vezes até frio. A nossa última conversa de verdade foi antes de eu ser sequestrada pelo Chris de outra dimensão.
Steve estava sentado na sacada olhando uma foto, que pude ver que era de Margaret Carter, mais conhecida por Peggy. Me aproximei perguntei sobre ela e foi a primeira vez em que ele sorriu para mim, durante esse ano em que convivemos.
Ele só falava o quanto ela era inteligente e corajosa. Me senti um nada perto do que ela era, quando ele se virou e disse que eu me parecia com ela. Ó vamos combinar que me deixou um tanto surpresa.
Segundo ele nós duas éramos iguais porque lutavamos pelo que achávamos certo.

  E depois daquilo fui sequestrada e fui parar na enfermeira. E acordei aqui!
Eu sei muito estranho.

Depois de quase uma hora e meia de devaneios me levantei, fiz um coque prendendo o cabelo de qualquer jeito e sai do quarto, com meu pijama de joaninha bem comportado rumo a cozinha.

- Café, café, café. - falava como um zumbi.

- O zumbi do café já acordou. - disse Bucky sorrindo pra mim.

- Esconda as bochechas Charlie, sua irmã está chegando. - Nat dava o mingal para ele, que escondia as bochechas com as duas mãos.

- Ah! Eu sempre me derreto com essa cena. Quem o homenzinho da minha vida? - perguntei chegando perto dele, que sorria para mim com as mãos ainda escondendo as bochechas.

- Você precisa é de uma homem de verdade. - Nat implicou me fazendo rolar os olhos de tédio.

- Ela tem razão. - Bucky concordou.

- Pra que? Pra ter o coração partido pela segunda vez? Não obrigada! - falei pegando meu café e dando um beijo na bochecha de Bucky.

- Sempre a mesma coisa, - resmungou Christopher sentado ao lado de Steve do outro lado da mesa. - me esquece e vai viver. - riu me olhando.

- Te esquecer não foi problema meu bem! O problema é não querer... A sei lá alguém que não tenha os mesmos padrões de moral. - falei e coloquei um pedaço de pão na boca.

- O único aqui com seus padrões é o Steve. - Bucky falou sem nenhuma intenção, mas Steve o olhou na mesma hora em que ele terminou sua frase. - Que foi? Eu só tô falando a verdade, você tem os padrões do nosso tempo e ela é uma velha no corpo de vinte anos.

- Valeu pela parte que me toca. Mas meus padrões de moral não são ultrapassados, eles estão além das mentes pequenas de quem não entende. - me mantive bem calma no meu lugar comendo meu pão e bebendo meu café, com cara de superior é claro.

- Ui! Essa doeu. - Christopher riu com a mão no peito.

- Não falei nada demais.

  Meu pai entrou na cozinha quando nossa conversa tinha acabado e Nat já tinha limpado Charlie.

- É aí, qual o papo que tava pegando aqui? Porque esse silêncio não é normal. - ele pegou Charlie, sentou-se ao meu lado e eu apertei as bochechas de Charlie o pegando desprevenido.

- Te peguei lindinho. - toquei a ponta de seu pequeno nariz. No mesmo instante meu sorriso morreu ao me lembrei que no sonho tinha feito aquilo com Steve.

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