Pensando

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Steve Rogers

Vendo Charlotte assim, respirando, e calmamente me deixa mais tranquilo. Ainda não entendo como posso me sentir tão apegado e preocupado com ela em tão pouco tempo.

Não sei como mas me afeiçoei muito rápido a essa garota, não porque ela me ajudou, não porque ela ajudou na minha cura. Mas porque algo me puxa para ela como um imã. Não sei como, ou porque, só sei que esses dias em que ela esteve preocupada me senti mal por não poder tirar todo o peso de seus ombros.

Charlotte dormia apertando um travesseiro contra si, resmungou alguma coisa relacionada a Tony e depois sorriu, me fazendo sorrir também. Mas logo em seguida ela começou a chorar.
Me levantei deixando o livro na poltrona em que estava sentado à observando. Eu pretendia ler o livro, mas fiquei olhando enquanto ela dormia.

- Está tudo bem, Charlotte. Não chore. - ela abriu os olhos ainda chorando.

- Steve. - ela colocou sua mão direita no meu rosto. Ela não parava de chorar.

- Calma, não chore. Está tudo bem. - acariciei seus cabelos tentando acalmá-la.

- A quanto tempo você está me vigiando? - ela não tirava a mão que tinha colocado na minha bochecha. A pergunta dela me fez sorrir.

- Não tem muito tempo. Volte a dormir, precisa descansar. - Charlotte me olhava com certa cautela. Ela parecia me analisar.

- É estranho, mas sua voz me acalma. - eu sorri.

- Tente dormir mais um pouco.

- Eu não vou conseguir Steve, eu preciso... Preciso resolver as coisas. Eu... - ela ia voltar a chorar.

- Tudo tem seu tempo Charlotte. E o que você precisa fazer agora é descansar. - afaguei suas costas e ela fechou os olhos e os abriu de novo.

- Deita aqui comigo, por favor, eu não vou conseguir. Eu sempre durmo com alguém quando eu estou desesperada.

- Tudo bem. - eu não estava confortável por dividir a cama com ela, mas ela precisava se acalmar. - Só vou pegar meu livro ali na poltrona.

- Isso eu durmo e você lê. - ela falou com a voz ainda embargada pelo choro preso na garganta.
Aquilo me dilacerava, me machucava de maneira que eu não entendia.

Deitei na cama ao lado dela. Eu estava desconfortável e tenso, ela percebeu.

- Eu só preciso de alguém em quem confie, e confio em você. - ela fechou os olhos, e apertou o travesseiro em seus braços.
Naquele momento não sei o que me deu, simplesmente tirei o travesseiro dos braços dela e a puxei para mais perto a abraçando. No início ela se assustou, mas logo se acalmou segurou minha blusa com força, respirou fundo e não demorou muito pra voltar a dormir.

Fiquei ali só pensando e em silêncio para que ela descansasse.

Haviam se passado cinco horas e Charlotte dormia tranquilamente, enquanto eu lia meu livro.
Mais duas horas e eu já tinha lido quase metade do livro, quando ela se mexeu incomodada com algo que ela sonhava. Devia ser um pesadelo.
Deixei meu livro de lado e a abracei, o que a acalmou.
Alguns segundos depois a porta se abre e vejo um Tony risonho.

- Ela não tem jeito mesmo. - Tony falou se aproximando da cama. Eu ia falar alguma coisa mas ele me interrompeu. - Não precisa se explicar. Eu conheço minha filha! Devia ter arrastado ela comigo. - ficou olhando para Charlotte e olhei também.

- Sabia que ela tem pesadelos?

- Sei sim, mas é só ela sentir alguém por perto que eles somem. - ela se mexeu de novo, e dessa vez parecia estar acordando.

- Que horas são? - ela perguntou se expreguissando.

- São cinco da tarde, mas se eu fosse você dormiria mais. Todos sabemos que tem o sono agitado e não dorme muito bem. - Tony falou normalmente. - Vamos fazer os testes, e você é o capitão podem ficar por aqui.

- Eu quero ver os testes. - ela deitou em meu peito e puxou meu braço para a abraçar.

- Não é o que parece. - Tony riu ao ver o que ela estava fazendo.

- Tá tão aconchegante. - ela riu também. Nem eu estava sem jeito com ela em meus braços dessa vez, também estava achando aconchegante. - Mas já chega né!? Dormi o suficiente, vamos dar um jeito nessa coisa toda e voltar para casa.

Charlotte levantou, pegou seu uniforme e foi em direção ao banheiro.

- Assim que eu gosto! Positividade é tudo. - Tony falou afinando a voz? É isso mesmo não delirei?

- Não tente me imitar. - Charlotte respondeu do banheiro.


A fase de testes já estava bem avançada, já deveria ter terminado. Porém a dupla Stark percebeu algo errado antes de tudo explodir pelos ares.

Quatro horas depois de ter começado os testes tudo funcionou perfeitamente.

- E graças aos materiais usados nessa máquina, não tem prazo de validade. - Bruce comemorou.

- Só faltou a dancinha da vitória, mas vamos deixar para quando os ceifadores forem embora. - Peter estava mais que feliz apertando Charlotte em seus braços.

- Tá me sufocando criatura. Me solta! - ele a soltou e recebeu um tapa da garota.

- E agora? - Natasha que estava ao meu lado se pronunciou querendo saber qual seria o próximo passo.

Não foi preciso ninguém responder já que estávamos sendo atacados.
Por onde olhassem tinha algo acontecendo, alguém lutando, atirando, recebendo golpes. Até que escutamos uma explosão maior.

Os seres da nave que estava abaixo de nós entraram na nossa nave nos cercando. Eram muitos, e mesmo organizados não daríamos conta de todos eles. Não havia muito à ser feito.
Então fizemos o que fazíamos de melhor. Lutamos!

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Ta pequeno meio parado, mas as coisas precisam acontecer antes do confronto! Pelo menos é assim que acontece nos filmes.

      Bjs de luz 😘

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