Mais Um Descongelado

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     Eu estava sozinha quando acordei. Demorou um pouco pra eu entender onde estava, me forcei a sentar na cama, ficar esperta e prestar atenção ao que acontecia a minha volta.
  Ao me esforçar mais escutei movimentos do lado de fora do quarto. Ouvi coisas caindo senso derrubadas e passos no corredor se aproximando do quarto onde eu estava.
A porta foi aberta com tudo e uma pessoa totalmente estranha pra mim passando por ela. Era um homem, muito bonito diga-se de passagem, seus cabelos negros e olhos verdes esmeralda me encaravam assustados. Algo em mim chamou sua atenção, tanto que começou a se aproximar de mim com cuidado e uma das mãos levantadas como se me pedisse para não me assustar com sua presença. Tarde demais pra isso amigo, já estou assustada!
Steve passou pela porta como um raio.

- Fique longe dela. - avisou com voz baixa, mas séria.
  O estranho parecia querer dizer alguma coisa mais não conseguia. Ele levantou as mãos em rendição e me olhou de novo, parecia que agora ele estava pensando pra tentar dizer algo.

- Não vou machucar ninguém, não quero machucar ninguém. Eu só quero falar com ela. - olhou pra mim.

- Oi? - Não entendi nada. Meu rosto com certeza demonstrava minha confusão.

- Não entendo porque quer falar com ela. - Steve tirou as palavras da minha boca. E por falar em boca, a do estranho o qual não sei o nome, estava roxa. E o olhando melhor ele tremia, não sei se era de frio ou medo.

- Deixa ele Steve. Não parece ser uma ameaça. - falei tentando me levantar. Mas a dor não deixou que me mexesse muito.

- Você ainda não está recuperada e ele derrubou quase a equipe inteira depois que acordou.

- Por falar nisso onde o encontraram? - o pobre rapaz ainda estava tremendo. - Dê alguma coisa pra ele se esquentar, está tremendo de frio.
Steve pegou um casaco que estava pendurado perto dele e o deu ao estranho.

- Era dele, - apontou para o rapaz que vestia o casaco. - que os homens que encontramos no outro dia, estavam atrás. Ele estava em uma espécie de nave de fuga, caiu por aqui e estava em estado de hibernação.

- Ele não é o primeiro a sair de uma hibernação e sair correndo por aí. - Steve desviou os olhos do estranho e olhou para mim.

- É, você está certa. - olhou para o rapaz de olhos expressivos novamente. - Pode se acalmar rapaz, não vamos fazer nada com você.

  O homem relaxou um pouco, mas não muito. Assim que os outros nos acharam ele já estava mais calmo, o que fez com que todos baixassem a guarda.
  Eles voltaram para o laboratório e eu com muito custo consegui levantar e caminhei lentamente até onde estavam. Nós estávamos em uma instalação abandonada do governo, era pequena mas parecia ser bem equipada.
Logo cheguei até o laboratório que não era longe dos quartos.

- Ei, me ajuda aqui. - cutuquei o braço de Johnny que estava encostado no batente da porta.

- E aí Stark, como que tá? Nos deu um susto ontem quando chegamos.

- Um sustinho de vez enquanto faz bem pro coração. - brinquei com ele que me ajudou até parte do caminho. Porque quando Steve me viu veio até nós me ajudando a sentar onde ele estava antes. - Obrigada.

  E então eu estava novamente de frente para o estranho que foi descongelado. Mas parecia que na minha presença ele congelava de novo.

- Qual o seu nome? - ele continuou me olhando.

- Na sua língua, Oliver.

- Combina com você, por causa dos olhos verdes. Lembra oliveiras! - dei um sorrisinho para ele que retribuiu.

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