" Uma pequena alegria "

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- J-Junkook não!

Soltei meu ar por entre aqueles beijos repetitos e obrigatórios. Junkook sempre me ignorou, mas desta vez foi diferente. Levou um suspiro profundo e ofegante a meu ouvido e subitamente me largou os braços e fugiu do quarto.

Segui seu corpo, pedindo para que ele parasse por um minuto para me explicar o que se sucedeu entre nós mas ele me ignorava. Correu para fora de casa, fechando a mesma antes que eu tivesse a chance de a alcançar, voltando a correr do outro lado.

Mesmo que não fizesse sentido ou que não fosse certo, eu me sentia preocupado com ele. Queria o entender, queria que continuassemos amigos. Não era por um beijo que deveríamos nos afastar. Eu não quero isso de novo.

- J-Junkook pára! V-Vamos conversar!

Mais uma vez meus gritos eram em vão. Ele corria como um louco pelo meio da cidade, esbarrando contra as próprias pessoas e colocando obstáculos pelo caminho.

Ele sempre foi mais rápido que eu, mas isso não era motivo para desistir.

Permanecemos numa luta constante até se surgir a ideia de me magoar. Sabia que Junkook não iria me deixar sozinho caso permamecesse no chão a choramingar.

Rapidamente meu plano foi um sucesso. Meu irmão hesitou várias vezes mas tomou a pose de me proteger.

Foi exatamente pela mesma abertura de jogo que o alcancei e obriguei a ficar sossegado na minha frente.

Como esperado, o próprio tentou se defender, chegando a me empurrar de propósito para eu o largar. O tempo passou junto da fúria e do ódio dentro de mim.

Terminei aquela brincadeira quase que entre socos, com um grito enfurecido e cheio de um bajo ofegante pelo devido cansaço. Pelo menos, resultou para que o meu superior terminasse a birra de criança e se mantesse sossegado.

Para meu total espanto, os olhos do maior desbocharam lágrimas. Gotas tão tristes quanto minha alma a enxergar tal coisa.

- D-Deixa-me...porfavor...

Foi tudo o que conseguiu expressar antes de se sentar sob um banco mais próximo e censurar sua expressão sofrida com o braço.

Tudo o que eu poderia fazer neste momento era somente o tentar confortar para se acalmar. Era bastante compreensível que eu não o conseguisse ver assim. Provavelmente ele se sentia culpado sobre tudo.

Queria tanto o reconfortar, ainda que não soubesse bem sobre o que fazer. Meu irmão pediu severamente para eu o deixar em paz, até se levantou para se afastar de mim mais uma vez.

No entanto, eu novamente corri atrás. O abracei com extrema força, pedindo para que ele não me deixasse pois tudo estaria bem.


E no meio de todo aquele meu esforço para o ver bem, Junkook gritava. Berrava que nem um louco para eu o deixar em paz. Pedia quase que sem forças para eu o deixar sozinho enquanto seu corpo caia ao chão, me abraçando as pernas no final do momento, como um autêntico inocente.

Refleti um pouco sobre tudo, pensando também numa forma para salvar o momento, mas tudo o que me ocorreu foi simplesmente o voltar a abraçar.

[ I Need you ] - CompletedOnde histórias criam vida. Descubra agora