"Um mundo destruído"

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- Jimin pará... porfavor pará-
eu sentia-me triste e aflito por tal acontecimento.

A minha mente sentia-se ativa a tudo apesar de não se poder mexer devido à enorme paralisação. Jimin lambia e mordia a minha orelha enquanto imitia a mesma força. As suas duas mãos encontravam-se ocupadas pois uma permanecia a agarrar e a puxar os meus pequenos fios claros, embora escuros, a ele e a outra permanecia a fazer o tal movimento e gesto que eu tanto me excitava de prazer. O momento estava bastante íntimo, irresistível e completo para ambos incluindo eu que apenas me queixava e tentava me defender mas tudo parecia impossível, naquele momento. Jimin estava completamente diferente, estranho e excitado. Eu podia sentir isso devido ao pequeno sorriso junto com o meu embora triste. Todo parecia confuso, dentro de mim, eu encontrava-me a queixar, por tudo e por nada, eu poderia dizer e confirmar que possivelmente alguém me ouviu mas nada se surgia para nos interromper e muito menos nos alertar.
O tempo passava mas embora pouco e lento.
Eu decidi desistir e suspirar de dor e tristeza por sentir tal momento e acontecimento me dominarem. Aquela força bruta permanecia a mesma e parecia inquebrável para se desistir. Eu estava realmente a sofrer. Finalmente eu pode ouvir os suspiros de Jimin e poucos segundos depois, os seus gemidos de prazer. O mesmo parecia acordar de um mundo anónimo mas continuava o mesmo apesar dos suspiros e gemidos baixos.
Eu finalmente teria uma hipótese... eu poderia falar com o mesmo...eu poderia me queixar de tal acontecimento... eu poderia mas nada se surgiu.
A um certo momento, o meu corpo começava a desistir pois sentia-se leve e frágil para continuar. A minha mente parou de pensar, imaginar ou insistir. Tudo dentro de mim, desaparecia tal como sentimentos imundos de amor ou tristeza. Os meus momentos acabaram por se desvanecer. Tudo tinha desaparecido, dentro de mim. Eu sentia-me um boneco, totalmente usado. O meu mundo, a minha mente e tudo relacionado comigo estava destruído, num só e por isso mesmo, o meu corpo faleceu. Os meus olhos permaneciam abertos tal como a minha boca mas nada se mexia. O meu rosto permanecia pálido e aborrecido. Tudo teria acabado e falecido para mim, naquele momento.

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- Yoongi? Estas bem? Acorda tonto - uma voz semelhante a Junkook, conseguiu me acordar.

Em poucos segundos, os meus olhos se abriram e observavam a luz radiante, clara e leve do meu quarto, emitida pela luz da natureza e da janela.
Os meus olhos ainda permaneciam abertos e tentavam pensar mas tudo, dentro de mim estava vazio, aborrecido e simples. Eu não conseguia pensar e muito menos me mexer pois sentia-me leve e cansado. O meu pequeno rosto pálido e aborrecido fez originar um pequeno sorriso nos lábios de Junkook.

- Bem, acorda tonto, todos já se foram embora e os pais já saíram para trabalhar de manhã, tu pareces ter adormecido antes de tudo, já agora eles se despediram de ti e esperei que para a próxima vez, eles possam te conhecer melhor... anda Yoongi - Junkook proferiu e saiu do quarto bastante risonho.

No entanto, eu permaneci na cama.
Longos segundos se desvaneceram depois de eu mesmo, me ter apercebido do momento. Eu encontrava-me sem roupa alguma mas escondida, debaixo dos meus lençóis e cobertores que me protegiam do ar fresco. O meu corpo finamente se mexia mas bastante lento. A minha mão decidiu agarrar um colar pequeno que possivelmente era de alguém e minutos mais tarde, eu levantei-me.
O meu corpo, levemente se dirigiu a uma casa de banho mais próxima e em simples gestos, a minha mão agarrou e virou a única mancaneta do chuveiro e esperou que a minha única banheira azul estivesse pronta e segura para eu mergulhar. Enquanto o mesmo se enchia de água, eu decidi esperar pelo mesmo ao observar o meu rosto num grande espelho branco, colado aquela parede azul e sem fim. Os meus olhos observam-se tal como os meus fios de cabelo claro. As minhas mãos decidiram se agarrar através daquele espelho na esperança de algo mais acontecer. Subitamente, um sentimento de nojo e tristeza se desvaneceu pela minha mente e pelo meu corpo todo ao verem aquela imagem pálida, aborrecida sem um mundo algum, sem um sorriso algum.
Eu encontrava-me sério enquanto observava agora o meu corpo sem roupas algumas e tentava pensar em algo para satisfazer aquele momento e finamente isso se surgiu. Em gestos leves e lentos, as minhas mãos abriram um pequeno armário azul e branco e novamente outro no fundo desse mesmo armário.
Eu saberia bem os segredos desta casa.
Os meus olhos surpreenderam-se ao ver tintas de sprays pretas. Eu retirei apenas uma e depois de ler o pequeno rótulo com a minha mente, eu observei, novamente aquele imundo espelho e sem pensar, rigorosamente em nada eu comecei a escurecer o meu cabelo com a cor daquela tinta.
Aos poucos, todo o meu cabelo claro e imundo de sentimentos felizes se tornava em algo bastantes escuro e preto tal como o meu mundo novo. Depois de vários minutos, a tinta do pequeno spray acabou por chegar ao fim e com isso, eu fechei aquele pequeno armário e me dirigi para dentro da banheira que se fartava de esperar por mim.
Mais tarde, eu me dirigi ao meu quarto e vesti umas roupas pretas aleatórias para combinar com o meu novo cabelo preto e decididamente eu sorri ao ver uma nova pessoa em mim. De certo, esse mesmo sorriso acabou por se desvanecer sozinho. Os meus e a minha mente ordenaram o meu corpo arrumar o quarto, inclusivo a minha cama que se encontrava mal tal como o pequeno líquido vermelho, colado ao mesmo.
Uma pequena poça de sangue, se encontrava entre os meus cobertores e lençóis, o mesmo consigo me alertar e me lembrar de um passado bastante horrível e cruel.
Eu lembrava-me do dia anterior, do momento anterior, da pessoa anterior.
Eu lembrava, o meu corpo a ser dentado por alguém bastante reconhecível a beijar o meu rosto, bastante gentilmente enquanto escondia o meu corpo nos lençóis e por fim saía do quarto.
Aquele corpo que de certo me deitou, acabou por fazer aparecer uma pequena gota reconhecível vermelha escura entre nós os dois. O seu membro inferior, lentamente conseguiu sair de dentro daquela única janela e permaneceu inquieto enquanto gotas se originavam e caiam sobre os meus cobertores. A sua provocação não mudava, no entanto eu
encontrava-me falecido para a observar.
Os meus olhos observavam todo e continuavam assim em todo o momento como um pequeno filme, dentro da minha cabeça em que eu permanecia a observar-lo bastante seriamente mas triste, por dentro.
De certo, eu próprio acabei por bater, de leve, na minha cabeça e corri em busca de um pano húmido para limpar o mesmo e consegui.

[ I Need you ] - CompletedOnde histórias criam vida. Descubra agora