Do outro lado da tela

Capítulo 28

BEATRIZ NARRANDO

Finalmente chegou esse dia, já está tudo pronto.

BEATRIZ: Vamos, ou então vou perder o avião. - Cruzei o braço e franzi testa.

MARY: Calma garota tudo vai dar certo. - Ela sorria para tentar me acalmar. - Pegue suas coisas e ande logo.

Peguei minha mochila e a barraca fomos para a garagem pegar o carro, fomos o mais rápido possível. Chegando lá me deparo com Gabriel, Mel e Lari.

MEL: Você não acha que iria passar 3 dias sem se comunicar com nós sem ao menos se despedir né? - Ela me abraçou. - Juízo, vê se não faz nada que eu não faria tá?

LARI: Pois é né, não venha chegar aqui grávida, senhorita Beatriz. - Dei uma encarada nela mexendo com a cabeça negativamente e ela simplesmente começa à rir de toda essa situação.

GABRIEL: Isso tá fora de cogitação, a unica pessoa capaz de provocar essa situação sou eu, e parece que eu não vou estar lá né? - Eles começam a gargalhar.

MEL: Convencido você né? Tia Mary tá escutando essa história aqui? - Ela cruzou o braço.

MARY: Tô, e vocês não estão nem um pouco loucos de ter um filho agora. - Ela franzia a testa. - Tô muito nova para ser avó.

BEATRIZ: Então né, esse povo tá louco só pode. - Mas gargalhadas surgiram naquele local.

Quando foi anunciada a última chamada do vôo. Fizemos um abraço coletivo e sai correndo.

Horas depois

Cheguei Rio de Janeiro, epa epa epa aquele não é o Jean? Mesmo ele estando de costas sei que é  ele.

BEATRIZ: JEAN - Gritei e realmente era ele sai correndo e pulei nos seus braços.

JEAN: Não acredito que minha garota tímida está aqui. - Ele disse sorrindo

Ficamos ali conversando durante alguns minutos até todos chegarem e enfim fomos para praia.

BEATRIZ: Jean me ajuda a montar a barraca? - Encarei ele, tentando ser fofa.

JEAN: Você não consegue fazer uma coisa simples dessas. - Ele me deu um empurrãozinho. - Você é uma pessoa péssima para acampar.

BEATRIZ: Ahhh vai se ferrar Jean, não preciso da sua ajuda, sai daqui. - Dei um leve tapa nos seu ombro e ele me segurou pela minha cintura. - Me solta Jean!

JEAN: Só se você deixar eu te ajudar. - Ele sussurrou em meu ouvido, fazendo com que meu corpo se arrepiasse todo.

BEATRIZ: Tá bom, anda logo. - Jean me deu um beijo na bochecha e me soltou e assim depois de um tempo conseguimos montar a barraca.

Realmente não sou uma das melhores pessoas para armar uma barraca, então ele acabou fazendo a maioria do trabalho sozinho. E olhando de longe até que ele é bonitinho.

Passamos a tarde jogando bola ou fazendo algumas brincadeiras dentro d'água.

Já estava anoitecendo, então nos juntamos para fazer a fogueira que nos aqueceria um pouco nesta noite fria.

Depois de tudo organizado nos sentamos na areia mesmo e começamos a analisar as belas estrelas que estavam bem visiveis naquele lugar.

JEAN: Que tal cantarmos ao som do meu violão? - Ele pausou a fala. - Vai aceitem, todo acampamento tem que ter isso, sabe é tradição.

Todos concordaram e lá foi Jean cantar Tempo Perdido.

JEAN: Todos os dias quando acordo

TODOS: Não tenho mais o tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo o tempo do mundo

Todos os dias antes de dormir
Lembro e esqueço como foi o dia
Sempre em frente
Não temos tempo a perder  

E lá estava só o começo desse acampamento.