Extra 2 - Erick

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Estou nesse exato momento sentado no sofá da minha casa, com um cigarro de maconha entre os dedo.

Tento colocar a maior quantidade de fumaça dentro do meu corpo. E logo depois libero - a pela boca. Já estou completamente viciado. Não era para isso ter acontecido.

Isso me deixa relaxado. Mas na verdade nem preciso disso. Não estudo, não trabalho, não tenho preocupações.

Em um tempo atrás, prometi para mim mesmo que não voltaria a usar drogas. Mas fui fraco o suficiente para não cumprir essa promessa. Estou gastando o pouco que tenho, para satisfazer os meus vícios.

Atualmente não vivo com os meus pais. Tive um grande briga com eles, principalmente com o meu pai. Ele não admitia ter um filho como eu. Garoto errado, que não quer nada com nada, que cada dia levava uma gorota diferente para dentro de casa, e que bebia e usava drogas dentro do quarto.

Como consequência disso, meu pai me mandou embora da sua casa. Até hoje não nos relacionamos bem. Minha mãe por outro lado, nunca me abandonou. Ela sempre esteve do meu lado para me ajudar, sempre está comprando comida para minha casa e também me dando alguns dinheiros, pena que uso eles com coisas erradas. Também conto com a ajuda do Jean, meu único e melhor amigo.

Como que eu entrei para esse mundo? No ano passado em uma época que meus pais estavam brigando muito. Qualquer coisa era motivo para se iniciar uma discussão, e eu não estava suportando isso mais. Sempre tinha eles como inspiração, pensava em um dia seguir uma vida como a deles. Casar, construir uma família. Mas tem um momento que você percebe que tudo não é tão perfeito como parece ser.

E foi com essas discussões que todo o meu projeto de vida acabou. Percebi que não queria me casar e nem muito menos ter filhos, pois pensava que nada seria perfeito como eu imaginava. Com isso comecei a frequentar festas quase todas as noites. Logo a bebida entrou na minha vida, no começo como uma forma de enfrentar os meus problemas dentro de casa, mas depois comecei a beber para não ter consciência das coisas erradas que eu estava fazendo.

Meu vício pelas drogas começou também nas festas. A primeira vez que usei foi só para provar, a galera disse que aquilo me deixaria melhor e eu conseguiria aproveitar melhor a festa. De fato aproveitei muito naquele dia, mas quando menos percebi já estava viciado. Depois de uns cinco meses fazendo uso das drogas resolvi que já era tempo de largar esse vicio.

Mesmo sem o apoio do meu pai, com a minha autoestima baixa, resolvi largar sozinho, sem um apoio de uma clínica de reabilitação. Com muito esforço consegui parar de usar drogas, mas ainda continuei com as festas, bebidas e sexo com qualquer garota.

Ninguém, exceto o Jean, sabe os motivos que levaram a minha entrada nesse mundo de vícios. Agora sem perceber novamente voltei a usar droga. Eu sou um idiota, um babaca como Larissa me chama. Às vezes me arrependo muito pelas minhas escolhas, mas acho que não sou capaz de reverter os meus atos.

Desde que Lari conversou comigo, estive pensando em ter um futuro bom novamente. Fico horas e horas imaginando se eu seria capaz de entrar em uma faculdade, construir uma família e ser feliz. Ter uma vida assim deve ser algo maravilhoso, talvez não será possível evitar as discussões em um relacionamento, mas se tem uma coisa que aprendi nos últimos dias, é que discutir é inevitável e muito necessário para se ter escolhas melhores. Mas isso tudo não passa de imaginações, e nunca serei capaz de largar os meus vícios.



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Oiiiiiii

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Beijossssssss





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