Monster College

12. ela é minha!

Melody.

Ser uma sereia era tudo oque eu sempre fui.
Nadar e viver com os peixes e outros seres do oceano ate conhecer a diretora Moris foi oque fiz a minha vida inteira, mas depois daquele dia no lago, depois de vê-lo nadar e sorrir pra mim de longe eu soube que jamais seria a mesma de antes.

James ( Jimmy) e eu nos conhecemos a um mês na fronteira do lago Midton, durante as férias de verão.
Ele estava se preparando para dar um mergulho e quando afundou, me viu nadando no fundo do lago.
Eu sorri e acenei para ele, ele sorriu de volta e o sorriso dele fez meu coração acelerar.

Depois daquele dia, nós só nos víamos quando ele aparecia no lago uma vez ou outra, mas confesso que nunca vou esquecer quando ele foi ate meu esconderijo me ver, e ainda por cima com guelras.
Achei a coisa mais fofa do mundo, afinal de contas ninguém nunca tinha dado importância pra mim.
Sou só uma sereia que foi pescada no porto de Nova Orleans e trazida para Monster College porque não tem mais para onde ir.
Sim, a diretora Moris me abrigou e sou grata a ela.
Por isso tenho tanto medo de que ela descubra sobre nosso relacionamento, ja que eu só estou viva ainda pela misericórdia dela.

Quando Jimmy fez oque fez por mim, eu me apaixonei por ele e pela sua atitude, e embora não consiga me imaginar como uma bípede, por ele eu faria oque fosse preciso.

Ate mesmo deixar de ser uma sereia.

........

Jimmy estava nervoso e estava me deixando ansiosa também, então Laila pediu para que ele saísse com o restante do pessoal e nós ficamos a sós.
Carlos preferiu ficar de última hora e enquanto ela preparava o último ingrediente, eu o olhava e via o quanto era apaixonado por ela.
Os olhos dele brilhavam a cada movimento dela, e eu só conseguia pensar.

Será que ela sabe?

Por fim ela veio ate mim e me ajudou a levantar a cabeça, mas antes de me dar a bebida, pediu a jaqueta do Carlos e jogou sobre os meus ombros.

— ahm..acho melhor você virar de costas.- ela aconselha.

Carlos assentiu um pouco corado e então Laila me ajudou a tomar um pouco da poção.
Tinha um gosto forte de raiz e era horrível o cheiro, mas me mantive firme e engoli o máximo que pude.
Depois de terminar de beber deitei a cabeça de novo e respirei devagar, Laila ficou comigo o tempo todo e segurou minha mão.

— vai ser rápido e não vai doer nada, eu prometo.

Assenti e fechei os olhos esperando, passaram alguns minutos e então comecei a sentir um formigamento na calda.
O comichão foi subindo ate chegar no meu umbigo, e quando criei coragem para olhar para baixo, vi minha cauda desaparecer lentamente dando lugar a duas pernas.
Laila sorriu olhando pra mim e falou.