Tayra.Cezar insistiu em ficar comigo no galpão, então assim que ficamos a sós, tentei dormir.
Ele se remexeu a noite toda fazendo barulho no feno, provavelmente não está acostumado a ficar longe da sua mordomia, oque só provou o quanto ele pode ser leal e atencioso.
Eu queria poder conversar com ele, falar alguma coisa pra puxar assunto ou ao menos agradecer o gesto dele.
Mas como estaria na pele de pantera até o amanhecer, fechei os olhos e adormeci.Na manhã seguinte, levantei um pouco antes dele e procurei pelas peças de roupa que haviam sido deixadas.
Eram peças masculinas, provavelmente dos Belfort, eu me vesti e quando estava terminando de vestir a blusa, ouvi a voz dele.— bom dia panterinha..
O olhei por cima do ombro e não respondi, mas me lembrei que devia agradecimentos a ele e então falei.
— olha, eu sei que a gente mal se conhece.. Mas oque você fez ontem foi importante pra mim. Valeu.
Ele sorriu e se levantou batendo o feno da roupa.
— sem problemas.. Sempre que precisar, é só chamar.
Nós saímos do galpão e andamos de volta até o colégio, durante o caminho ele ficava me olhando de um jeito estranho, então resolvi perguntar se ele sabia de algo que eu não me lembrava.
— aconteceu alguma coisa ontem?
Cezar disfarçou na mesma hora e segurou um riso.
— não.
— tem certeza? Porque você parece mais estranho que o normal.
Ele me olhou de canto e riu.
— okay.. É que quando você estava na forma de pantera...
— eu oquê? Eu te mordi? Eu mordi alguém? Eu MATEI alguém?- o encaro desesperada.
Ele volta a olhar pra frente e balança a cabeça rindo.
— não, na verdade eu duvido muito que fosse..você pode parecer durona Tayra, mas no fundo eu sei que é só uma gatinha indefesa.- provocou.
Abri a boca incrédula e antes que respondesse, ele continuou.
— eu confesso que fiquei com um pouco de receio por estar trancado com você, em especial porque a gente mal se conhece.. Mas falando sério, você é muito fofinha.- ele ri alto.
Fechei a cara e cruzei os braços.
— do que você está falando?
Cezar parou de andar e virou pra mim rindo.
— Tayra, você ronronou..- ele gargalha.
Continuei o encarando sem entender a graça daquilo e ele saiu andando na frente morrendo de rir.
— e oque isso tem de tão engraçado? Deixa de ser idiota. Quer saber, na próxima eu vou mesmo te morder!- ameacei.
— vou esperar então.. Gatinha..- ele ri outra vez.
Bufei e passei esbarrando no ombro dele, mas ele me alcançou e continuou o caminho todo me provocando até chegarmos na escola.
Passamos pela Hailey e assim que entrei, fui direto para o alojamento tirar a roupa com cheiro de lobisomem.Enquanto tomava banho e me livrava do odor felino na minha pele, planejei uma noite bem mais interessante para a próxima lua.
Ele vai ver só quem é a gatinha hoje a noite.
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Jake.
Nós estávamos deitados na clareira a algumas horas, ela ria quando eu tentava me coçar na grama e ver o sorriso dela amenizava a tortura que era ficar ao lado dela sem poder toca-la de verdade.
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Monster College
FantasíaNova Orleans, lar do sobrenatural. Hailey Salazar, uma jovem vampira que pertencente ao clã de vampiros mais temidos e odiados por toda cidade. Chega ao famoso e disputado College Monster, disposta a mudar as regras da escola e mudar o coração desco...