50. uma cura

141 8 3
                                    

Kirstem.

Após a saída de Jacob, Ofélia e eu nos juntamos na busca do encanto correto nos livros.
Norton e Carlos ficaram a postos juntando o restante dos ingredientes, enquanto Laila e Arth nos auxiliavam.
O restante dos alunos acabou voltando para o pátio, afinal de contas nós ainda precisavamos vigiar a entrada do colégio para o caso da diretora chegar antes da hora.
Cezar nos garantiu que ela chegaria no mínimo na sexta a noite, mas todo cuidado era preciso e até Enrico se propôs a ajudar.

Com o cair da tarde nós começamos a ficar tensos, mas finalmente tivemos uma vitória.
Ofélia e eu conseguimos decifrar o feitiço que reverteria a maldição da doença de Jason.
Carlos e o pai se uniram a Laila para dar continuidade na poção, enquanto Ofélia e eu estudavamos o encanto.
Jason chegou no final do dia e nos entregou o último ingrediente que faltava, uma folha da planta mais rara da floresta da camponesa.
Uma pequena dose dela e a doença sumiria de uma vez por todas.

— aqui está, não foi fácil encontrar. Tive que farejar a floresta toda atrás dela.- alegou.

— só um pouco já é o suficiente.- Ofélia estende a mão e pega o pequeno ramo de flores.

— onde está o Jacob?- perguntei.

Jason olhou para trás e deu de ombros.

— deve ter ficado no caminho. Era só isso?- indagou.

— deixa-me ver.. Hmmm, sal do Himalaia, licor de cogumelo, talos de verbena.. Sim, acho que só. O restante já está aqui.- ela responde.

Então Jason assentiu e nos deu as costas simplesmente como se tudo aquilo não fosse para ele.
Assim que ele saiu, Ofélia arregaçou as mangas e falou.

— algum de vocês é bom com poções? Vou precisar de ajuda.

— eu posso ajudar.- Laila ergue a mão.

E juntas, nós três demos início à primeira parte da cura de Jason.

_________________________________



Cezar.



Assim que Jason deixou a sala, Ofélia e as meninas iniciaram a mistura para a poção que daria o primeiro passo na cura de Jason Belfort.
O restante dos alunos voltaram para seus postos, vigiando a entrada da escola para avisar sobre qualquer sinal da minha mãe.
Eu preferi ficar, não só para o caso de precisarem de mim ou do livro da minha mãe, mas por que Tayra havia decidido ficar também.
Embora eu ainda não tenha entendido o porquê.

Enquanto a mistura era feita pelas bruxas da escola, Carlos e o pai estudavam as palavras do feitiço com ajuda de Arth e Enrico.
Percebi que Tayra, Laster e eu havíamos ficado de sobra ali, então sugeri de sairmos para dar uma volta.
Me aproximei do ouvido dela e cochichei.

— quer sair daqui e dar uma volta?

E estranhamente, ela virou o rosto para o Laster antes de responder.

— você quer sair?

Ele deu de ombros e então ela se levantou junto dele, os acompanhei e assim que chegamos do lado de fora, dei um jeito de me livrar do elfo para ficar sozinho com ela.
Tayra e eu ainda não estabelecemos oque nós temos, mas sabemos e já podemos admitir que rola algo entre nós.
Então quando os dois começaram a agir estranho novamente, não tive como não reparar.

Tayra andava na minha frente ao lado dele e os dois pareciam entretidos em algum lance que eu obviamente não fazia parte.
Tentei entrar no meio deles mais de uma vez, e quando Laster me fechou de propósito pela terceira vez, me intrometi e perguntei.

Monster CollegeOnde histórias criam vida. Descubra agora