So sick

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Mil desculpas por ter errado o nome da "Esther", no próximo capítulo vai vim certo.

87 dias para o casamento...

P.O.V. Madson Beer.

Olho para o telefone em cima da mesa com receio, já fiz tudo o que tinha que fazer só para passar o tempo, e não precisar fazer essa ligação. Mas uma hora eu vou ter que ligar.

Decido tomar um banho.

Ao sair do banheiro me enrolo em uma toalha, ando até o closet e pego uma calça de moletom, um top e saio.

De volta ao mesmo lugar. O aparelho parece me desafiar, eu tenho que fazer, eu consigo.

Não. Eu não consigo.

No quarto copo de água eu tomo coragem, ando em passos firmes até a bendita mesa pegando o maldito telefone. Digito os números rápido de mais, com medo de perder a coragem no meio do caminho.

No terceiro toque ela atende.

- Alô?- sua voz me faz ficar tensa.

- Mãe?

- Madson?

Suspiro.

- Oi, mãe. Tudo bem?

- Sabemos que você não quer saber do meu estado.

Eu sabia que seria assim.

- Eu estou bem. - tento ser forte. - Daqui a alguns meses vou ir te ver, é que agora eu estou oculpada com o trabalho e...

Sua risada me interrompe.

- Trabalho? É assim que chamam aí? Porque para mim isso é falta de vergonha na cara. Você dorme com homens por dinheiro, Madson.

Meus olhos ardem, aperto o telefone com força, controlando a vontade de chorar.

- Will iria ficar satisfeito em saber que a filha é uma vadia. - ela consegue me afetar.

- Não, mãe. Eu não sou uma vadia, muito menos durmo com meus clientes.

- Olha como se refere a eles, fala como uma prostituta. Que vergonha.

A primeira lágrima cai.

- Se você ficasse com o Jhon, isso não teria acontecido.

- Tchau. - Desligo antes de ouvir outra coisa.

Meu peito dói, estou sufocada com a vontade de chorar, gritar, dizer que não foi culpa minha, apenas desabafar. Mas com quem? Não tenho amigos aqui, e nem na cidade da minha mãe, para falar a verdade.

Me jogo no sofá agarrando-se à uma almofada, meus soluços diminuem a medida que eu me acalmo, assim o choro para.

Ligo a TV para me distrair, mas logo meu celular toca.

Por isso nunca dei meu número para clientes.

- Oi. - minha voz sai um pouco rouca, por conta do choro.

- Está tudo bem? - é a primeira coisa que Justin pergunta quando parece perceber.

- Sim.- minto. - O que você quer?

- Vamos à um jantar hoje. Vou te pegar daqui a meia hora para você ir comprar à roupa.

- Deixa que eu uso algo que tenha aqui, só me fala como quer que eu esteja.

Não quero sair, não quero fazer nada hoje, mas como é trabalho.

- Meia hora.

(...)

Maybe LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora