Kiss?

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Sem revisão.

90 dias para o casamento...

Já troquei de vestido quatro vezes. Justin está impaciente, mas é incapaz de me ouvir.

Nunca trabalhei com um cara tão teimoso.

Falei para ele me deixar escolher, porém o mesmo desdenhou de mim e me lembrou que no contrato que assinamos mais cedo, eu concordei que ele escolheria minhas roupas quando saíssemos juntos.

- É muito curto. - revira os olhos, bufando.

- Esse aqui vai ficar perfeito. - à atendendo peituda diz, sorrindo até de mais.

- Você me disse isso a quatro peças atrás. - resmungo, pegando o vestido em sua a mãos e entrando no provador novamente.

- Não demora, sua sogra já está me ligando. 

Ele sempre usa ironia quando me bota como sua parente em alguma frase, eu sempre Respiro fundo e conto de um até dez em pensamentos. Já perdi as contas de quantas vezes fiz isso só hoje.

O vestido é longo e laranja, eu odiei.

Saio do provador e Justin arregala os olhos ao me ver.

- Vou fazer demitirem essa atendente. - balança a cabeça em negativo. - Será possível ? Nada aqui presta.

- Deixa eu escolher, eu conheço meu corpo. Vou saber o que vai ficar bonito sem precisar provar. - tento mais uma vez.

- Só faça sairmos logo daqui.

Escolho um vestido vermelho, seu decote não é nada provocante, nas costas é trançado, vai até a metade da coxa, é lindo, simples e ficou perfeito no meu corpo.

Apareço para Justin novamente, ele mexe no celular parecendo distraído, mas quando me vê muda sua expressão para surpreso.

- Gostou ?- dou uma volta, para que ele me veja.

Ele não diz nada, apenas afirma com a cabeça. Seu maxilar trava, enquanto ele respira fundo me analisando por completo.

Só queria saber o que tanto ele pensa quando me olha desse jeito.

- Podemos ir agora ? - É tudo que diz ao se levantar.

Não respondo, entro no provador e saio de lá vestida com a roupa que cheguei.

Justin paga pelo vestido me entregando a sacola em seguida.

- Já que não fala onde mora, vamos para minha casa, lá você espera eu me vestir e se troca também. - diz, andando até sua Ferrari.

- Eu me arrumo em casa. - paro de andar.

- Vai demorar de mais, minha mãe está me torturando.

- Não vou demorar.

- Eu tô pagando para você me obedecer, então entra logo no carro.

Ergo minha sobrancelha, tentando processar o que acabei de ouvir.

- Oque ? - sai com uma risada nervosa.

- Entra.

Não é um tom de arrependimento, mas tem algo de diferente em sua voz.

- Já te falei que vou te tratar bem na frente da sua família, agora você achar que eu sou sua capacho já é diferente. - cruzo os braços.

- Qual o seu problema? Estou mandando entrar no carro, sempre arruma confusão com tudo assim mesmo ? - da dois passos em minha direção.

Maybe LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora