Alice & Robert | Bônus

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→ Alice:

Acho que nunca me senti tão aliviada ao perceber que não sinto mais nada por Robert. Oliver me olha como se quisesse entender o porque da frieza com um antigo amor, mas a verdade é que Robert nunca me amou verdadeiramente, ele apenas me iludiu e deixou que eu ficasse aos seus pés, totalmente caidinha por ele...

Todas as vezes que me lembro, que precisei me quebrar inteira pra caber no mundinho de Robert, sinto raiva de mim mesma.

- Até amanhã Oliver!.- falo e pego os papéis da mesa e direciono o meu olhar para Robert que me olha atentamente. - Até nunca mais, Robert!.- falo friamente. Saio da sala de Oliver, com o som de minha respiração serena e meus saltos batendo contra o chão de mármore.

Levo a pasta que Oliver acabou de assinar juntamente comigo, sempre levo trabalho para casa. Aperto o botão do elevador e fico o esperando, mas enquanto a isso, minha mente viaja ate o meu passado aonde eu era louca e perdidamente apaixonada por Robert.

Flashback.

- Eu preciso ir Alice, mas nunca se esqueça do quanto te amo.

- Não, você não me ama, só me tem para satisfazer o seu prazer, me poupe!.

- Sabemos que não é verdade, um dia irei te fazer mudar de ideia...

- Se me amasse, não iria embora com aquela ruiva idiota que você conheceu na sua viagem pra Europa!

- Você não entenderia Alice, mas se é isso que você pensa sobre nós, não faz nenhum sentido que eu continue aqui! Adeus.

Flashback.

Quando finalmente acordo desse pequeno flashback que estava sempre ali, me atormentando vejo as portas abertas a minha frente. Adentro a mesma e fecho a pasta já pegando as chaves em minha bolsa.

As portas não demoram até abrirem novamente, eu saio do mesmo e aperto o alarme de meu carro que destrava no mesmo segundo, ando até o mesmo e abro a porta. Coloco a pasta e a bolsa no banco do passageiro e adentro o meu carro. Ao dar partida no carro, ligo o som e tiro os meus saltos ficando descalço.


-You just want attention, you don't want my heart.- cantarolei conforme a música repetia em meus ouvidos. Eu dirigi calmamente, até o meu apartamento.


Ao chegar na frente do mesmo, abri o portão da garagem e adentrei. Estacionei o meu carro em minha vaga e desci do mesmo. Pego a minha bolsa e a pasta e desligo o rádio, travo o carro e vou andando para o elevador que tem por lá. Aperto o botão chamando o mesmo, ele por sua vez não demora muito ao abrir as portas novamente. Entro no mesmo e aperto o botão da cobertura. Eu estava distraída com os meus afazeres, que não notei as portas se abrirem no último andar,fechei a pasta e procurei as minhas chaves na bolsa. Saio do elevador, indo até a porta do meu apartamento e levo a chave ao miolo e giro a mesma abrindo a porta.

Adentro minha casa e fecho a porta em minhas costas, tranco a porta e ligo as luzes da sala, a primeira coisa que me liberto é a bolsa e a pasta, as coloco na mesa de centro e depois tiro os meus saltos que estão me matando.

- Aí que delícia!. - falo. Eu os pego e vou os levando para o meu quarto, acabo jogando os mesmos em algum canto do closet, e pego um roupão.

Caminho ate o meu banheiro e abro a torneira para encher a banheira. Tiro a minha roupa totalmente e caminho até a minha banheira que estava completamente cheia, relaxo o meu corpo naquela água quente maravilhosa, fecho meus olhos em frações de segundos mas acabo pegando no sono.

Sinto mãos sobre o meu corpo, que estavam acariciando os meus ombros, arrepio-me totalmente mas quando abro os olhos imediatamente e como suspeitei, não havia ninguém aqui. Apenas eu.

Lavei-me e depois sai da banheira vestindo o roupão e colocando uma toalha em meus cabelos. Saio do banheiro indo para a minha cozinha, pegando uma taça e uma garrafa de vinho dentro da geladeira. A campainha começou a tocar, e antes que eu pudesse ir me trocar fui atender a porta, eu nem me dei o trabalho de olhar o olho mágico.

Ainda com a taça nas mãos, giro a maçaneta da porta dando de cara com Robert, seu olhar desce para o meu pequeno decote do roupão. Ele umidece os lábios e sorri.

- O que faz aqui?. - pergunto cruzando os braços. Ele continuou a encarar o meu decote, mas logo depois olhou para as minhas pernas desnudas e a taça em minhas mãos.

- Vim te mostrar o quanto eu te amo, lembra que te prometi que um dia iria te mostrar isso? - ele diz. Eu dou uma vacilada ao olhar para a sua boca avermelhada. - Posso entrar? trouxe comida...

Era só o que me faltava, ele vir a essa hora com essa conversa mole. Estou tão cansada e desiludida do amor que acreditou eu, que ele veio até aqui, para fazer gracinha.

Dê-me paciência Deus...

- Para que? Satisfazer os seus desejos e depois sumir, como fez das outras vezes?. - falo.

- Podemos conversar sobre isso?

- Apenas uma conversa, nada mais que isso!. - falo, lhe dando espaço para que entre em minha casa. - espero que eu não me arrependa!

- Você não vai!

Sinto a minha consciência me acusar, mas estou tão rendida a situação por conta da bebida, que amanhã posso continuar com a minha vida e fingir que nada disso acabou acontecendo...

O Cretino do Meu Chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora