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MIL PERDÕES PELA HORA, é que eu passei as últimas 2 horas procurando uma música pra este capítulo. E no fim, a música certa estava numa playlist minha bem em cima do meu nariz. Ai, ai. Enfim. Espero que goste, e logo responderei os comentários dos capítulos anteriores. PS: corrigi o capítulo rapidamente e pode ser que tenha passado algum erro de digitação. Se encontrar algum, pode avisar.  ♡ 


A L I S S A

Forgiveness Made In Heighs 


Não estou falando com Nathan desde que o vi na praia. Ele foi bem claro ao dizer para que eu não "me metesse na sua vida". Não ligo, que ele faça o que quiser.

Mentira, eu ligo, sim. Estou muito triste e irritada. Não sei qual sentimento é maior. Acho que a raiva, porque não o procuro para conversar quando chego em casa e o vejo jogando video game com Luke e Gabe.

Minha mãe sabe que não fui pra aula, ela apoiou a ideia de tirar o dia para distrair Daniel de sua própria consciência e achou que seria bom para o resto de nós esquecer um pouco nossos próprios problemas. No iníco, até que deu certo, mas tudo foi por água a baixo quando vi Nathan.

Vou ver Daniel no fim da tarde, depois que Sarah já deixou sua casa. Ele está calmo, diz que conversou com Sarah e se abriu um pouco com ela, o que me deixa feliz e satisfeita. Nós ouvimos música e eu leio alguns dos poemas que ele escreve em seu caderninho.

– Você já pensou em publicar isso em algum lugar? – pergunto, realmente encantada com cada palavra do que ele escreve.

– Não – ele responde, com a atenção voltada para o celular.

Descobri que Daniel não gosta que ninguém leia por cima do ombro enquanto ele escreve, e também não gosta de observar enquanto alguém lê o que ele escreveu, por isso ele está mexendo no seu celular mesmo eu estando deitada bem ao seu lado, com a cabeça apoiada em seu peito e o caderninho bem na sua vista.

É algo bobo, mas que eu acho extremamente fofo, principalmente quando ele acha que estou lendo no momento em que ele está escrevendo e fica muito irritado ou quando ele me encara bem na hora que estou lendo seus textos depois de escritos e desvia o olhar na mesma hora, como se só de pensar na possibilidade de alguém estar desvendando seus segredos e sentimentos mais profundos ao ler seus poemas o fizesse querer cavar um buraco no chão sob seus pés e sumir por ele. Talvez seja isso mesmo que ele sinta, mas continua sendo fofo.

Tenho uma ideia. Daqui a 22 dias é o aniversário de Daniel e acho que já sei o que vou lhe dar de presente: um moleskine. Tenho certeza que ele vai gostar.

Fecho o caderninho e o ponho ao meu lado na cama. Então me viro e me apoio sob meus cotovelos, olhando diretamente para Daniel.

– O que você está vendo aí?

– Nada de especial – ele imediatamente bloqueia o celular e me puxa para cima, ao seu encontro.

Eu passo cada uma de minhas pernas para um lado do seu corpo e ele põe as mãos na minha cintura, me beijando. Sinto a diferença na hora. Não é apenas mais um beijo carregado de carinho e ternura, há algo a mais. Uma intensidade que eu não havia experimentado antes, um tipo de necessidade que talvez não seja apenas emocional.

As mãos de Daniel percorrem meu corpo e apertam minha coxa, e eu sinto um frio na barriga. Deixo o desejo se tornar maior que a insegurança e entrelaço meus dedos em seu cabelo, puxando tão de leve que acho que não vai causar nenhum efeito. Mas Daniel separa minha boca da sua apenas por um segundo, apenas para dar tempo de nos virar na cama, trocando de posição, e agora ele está por cima de mim, cada centímetro do seu corpo sendo pressionado contra o meu e eu só quero mais e mais.

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