Capítulo 12

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Infelizmente, domingo não poderei atualizar! Então... Aqui está mais um capítulo!
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Lucas

Assim que entrei na lanchonete fitei Sofia sentada em uma das mesas, meu coração se encheu de alegria quando a vi, olhando para o movimento da lanchonete e bebendo um copo de água.
Me aproximei da mesa em que ela estava, quando ela percebe que estou ali, ela sorri de lado.

- Posso sentar?

- Sim!

Sentei em sua frente e Sofia se mexeu na cadeira com um sorriso lindo nos lábios.
Coloquei minha maleta no braço da cadeira e chamei Leila, a garçonete da lanchonete da Laura.

- Já pediu o que quer?

- Por enquanto só uma água... Depois eu peço algo!

Leila chega em nossa mesa e sorri pegando um bloquinho de anotações e uma caneta.

- O que vão querer?

- Um copo de água gelada... - Olho para Sofia, ela sorri. - Por enquanto só isso!

- Como quiser! Com licença!

Ela sorri de lado e sai andando na direção da Laura, a dona da lanchonete. Ela sorri olhando para mim e para Sofia, conhecemos Laura desde quando nos casamos e sei bem o que ela está pensando.

- É muita gentileza sua pedir água também, Lucas! 

- Quero te acompanhar! Quando pedi algo pra comer, eu também peço.

Ela sorri.
Sofia pega sua bolsa e a abre, logo ela retira uma foto e a coloca sobre a mesa.
Assim que meus olhos vêem o que está naquela foto, meu coração aperta e minhas mãos tremem.
Hanna...

- Achei essa foto na casa da minha mãe... Estávamos no...

- ...aniversário da Tatá! - Falo a interrompendo e relembrando daquele dia. - Eu lembro bem daquele dia, estávamos tão felizes! Hanna estava uma verdadeira princesa e você tinha acabado de descobrir que estava grávida do Teodoro!

- Sim... A felicidade que estávamos sentindo era tão boa!

Respiro fundo.

- Você acha que a gente fez algo errado? Acha que a gente mereceu isso?

- Não! Eu não acho... Foi um acidente, um acidente terrível que acabou com a nossa vida!

- Um acidente que levou a Hanna, o Teo e você...

- É sobre isso que eu quero falar com você!

Franzo o cenho.

- Eu estava completamente perdida quando perdemos nossos filhos. Eu me senti impotente, e me senti culpada!

- Culpada? Sofi, foi um acidente! E se tiver um culpado, esse é aquele cara que estava dirigindo bêbado.

- Não... Hanna estava chorando, eu virei para tentar acalma-lá e fiquei dirigindo com apenas uma mão. Quando eu consegui acalmar ela e me virei, eu havia ultrapassado o sinal vermelho... E depois, depois não vi mais nada!

Fiquei olhando para Sofia, tentando entender tudo o que ela disse. Tentando entender o porquê dela ter escondido isso de mim. Tentando entender...
Sofia já estava chorando, e a cabeça abaixada, evitando olhar em meu rosto.

- Sofia...

- Me perdoa... A culpa, a culpa do acidente foi toda minha!

Ela diz entre soluços. Não podemos ficar conversando aqui, precisamos estar sozinhos, só nós dois.
Levanto, pego minha bolsa e pego a mão de Sofia, ela levanta a cabeça me olhando tentando entender o que eu estava fazendo.

- Precisamos ficar sozinhos!

Ela balança a cabeça assentindo e se levanta, pegando sua bolsa.
E então saímos da lanchonete da Laura.

Assim que entramos em casa, na nossa casa, Sofia olhou para os quatro cantos do apartamento e pude ver em seus olhos todas as lembranças que vinha em sua mente.
Lembranças da nossa vida!

- Você não mudou nada?

- Queria deixar do jeito que você deixou...

Ela sorri fraco.

- Senta...

Sofia senta no sofá, colocando sua bolsa do lado, coloco minha mala na mesinha de centro e sento ao lado dela. Sofi encara suas mãos, e por impulso as pego, acariciando seus o peito de sua mãos com meu polegar.

- O meu pior erro foi virar para trás no momento errado! Se eu tivesse encostado no acostamento, ou deixado ela chorar só por uns minutos, Hanna e Teodoro estariam aqui com a gente agora! Por isso eu decidi ir embora... Eu não aguentava olhar para você e ver a dor que eu te causei, a culpa foi minha, Lucas. Eu ultrapassei no sinal vermelho.

- Não! Sofi, a culpa não foi sua. Nunca foi e nunca será... Você só tentou acalmar a nossa filha, só tentou fazer ela se acalmar! Qualquer mãe faria o que você fez, Sofi...

- Mas ela morreu...

Sofia desatou em choro, puxei ela para um abraço e a envolvi acariciando seu braço. Minha esposa, a mulher que tanto amo está novamente em meus braços.
Só Deus sabe o quanto eu senti falta dela, o quanto eu senti falta de abraça-lá dessa forma, de poder mostrar para ela o meu amor.

- Me perdoa, Lucas?

Sofia se afasta de meus braços e me encara com as bochechas molhadas por lágrimas. As minhas lágrimas caiam uma de cada vez, tornando minha dor um pouco mais profunda.

- Eu não tenho que te perdoar, você não tem culpa de nada!

- Te machuquei e te deixei...

- Podemos reverter essa situação não acha?

Ela sorri, fazendo um sorriso brotar de meus lábios.

- Nós dois estamos machucados, Sofi... Nós dois estamos machucados! Mas você não sabe o quanto eu sonhei com esse momento, o quanto eu sonhei com a sua volta. - sorrio e limpo suas lágrimas com meu polegar, Sofia sorri. - Sabe, teve uma vez que sonhei com você entrando por aquela porta e dizendo que queria tentar novamente, que iríamos sentir a nossa dor juntos e que juntos iríamos superar.

Sofia sorri.

- Eu quero tentar novamente! Quero sentir essa terrível dor com você e quero superar ela com você, Lucas!

Meu deus... Eu, eu só posso estar ficando louco, só posso estar ouvindo coisas, Sofia está aqui e dizendo isso mesmo? Como eu sonhei com isso, como eu sonhei em ouvir isso...

- Sofia...?

- Eu quero recuperar tudo o que perdi fugindo... E você, - Sofia segura meu rosto acariciando meu cabelo. - Você é e sempre será o amor da minha vida, Lucas!

- Ah, meu amor!!

Puxo ela e selo meus lábios nos seus iniciando nosso primeiro beijo depois da nossa separação. Sofia crava seus dedos em meus cabelos, acariciando eles, seguro sua cintura com minhas mãos enquanto levanto do sofá caminhando na direção do nosso quarto e cada segundo nosso beijo se intensifica mais e mais.

- Eu te amo... - Sofi sussura ofegando entre meus lábios e sorrindo.

- E eu mais ainda...

Deito ela sobre nossa cama, e nos amamos de uma forma intensa e carinhosa, cessando qualquer tipo de saudade em nós.
Sofia é e sempre será a mulher da minha vida, a mãe dos meus pequenos e a minha esposa.
Mesmo que não exista mais papéis que comprovem isso, ela ainda é a minha esposa.
Para sempre, minha!

De Volta ao Passado - Completo - Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora