Capítulo 16

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Sofia

Desde que Maria chegou para o almoço, minha irmã está sentada, distraída, como se não houvesse várias pessoas nesse apartamento conversando e rindo. Ela nem se quer brigou com o Carlos, o cumprimentou e sentou, e está lá até agora.
Mamãe, Lucas, Talita e eu já fomos tentar animar ela, mas algo está incomodando o coração da minha irmã e isso está me deixando muito preocupada.

- Será que se eu sentar lá ela vai me bater? - Carlos pergunta parando ao meu lado e olhando para Maria.

- Acho que não! Maria está estranha... - olho para ele. - Por que você não vai lá conversar com ela?

- Eu? Tá doida, Sofia?

Sorrio.

- É sério, Carlos!

- A irmã dela é você. Aquela garota é doidinha e é melhor eu ficar longe dela!

- Por que vocês são tão difíceis?

- Como assim?

- Está na cara que vocês se gostam, Carlos e tudo o que fazem é negar! Caramba, a vida é curta demais...

Ele fica me olhando, meio perplexo, então olha para Maria e respirando fundo diz que tenho razão e vai até minha irmã.
Quando ele senta ao lado dela, Carlos diz algo e no mesmo segundo Maria abre um sorriso e sinto um alívio percorrer todo o meus corpo, respiro fundo e caminho até meu marido, meus sogros e minha mãe.

- Do que estão falando?

- Sofia, lembra quando Lucas fez aquele bolo?

Dona Clara pergunta rindo.

- O bolo que ficou duro parecendo pedra?

- Nossa!! Achei que teria o apoio da minha esposa...

- Amor - falo rindo - temos que ser realistas! Aquele bolo não está tãoo bom. Ele ficou muitíssimo duro!

Todos dão risada, inclusive Lucas. Aquele foi o primeiro bolo que ele fez, ainda estávamos namorando, e fui até a casa dos Soares para um almoço em família, Lucas achou de querer me agradar, mas o tiro saiu pela culatra. Ninguém comeu...

- Isso vai virar Bullying!

- Onw

Falo beijando a bochecha dele o fazendo gargalhar e todos ali ma cozinha também gargalhar.
Olho de relance para Carlos e Maria e percebo que os dois não estão mais no sofá.

- Maria e Carlos sumiram - sussurro no ouvido de Lucas.

- Será que você ganhou a aposta?

- Idiota!

Rio.

Quando faço menção de pegar um copo de vinho, escuto a campainha tocar, peço licença e  saio caminhando na direção da porta, giro a maçaneta e quando meus olhos fitam Andréia sinto uma raiva intensa me invadir, mas respiro fundo quando sinto os bracinhos de Teodoro abraçar minhas pernas.

- Oii, pequeno!

Falo pegando ele nos braços. Teo me abraça novamente e sinto o peso da raiva Andréia sobre mim, lanço um olhar de provocação a ela, mas o que eu queria mesmo, era dizer: conquistei seu filhinho, vadia!
Mas me contenho.

De Volta ao Passado - Completo - Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora