Capítulo 37

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Maria Vitória

3 semanas depois

Sabe aquela vontade imensa de fazer justiça com as próprias mãos? Então, é essa vontade que sinto desde que Sofia disse que Leila e Mário estavam junto de Andréia no sequestro da Hanna.
A vontade que tenho de bater naqueles infelizes é tão grande que ninguém, nem mesmo o Carlos, será capaz de impedir.
Mandei mensagem ao Carlos dizendo que iria fazer um trabalho na casa de uma amiga.
E agora estou na estrada, a caminho da penitenciária feminina e minha próxima parada e a masculina. Não me importo de ter que passar por aquelas guardas que te resvistam toda, tudo o que eu quero é ter respostas e vingança.
Meu celular começa a tocar, atendo e coloco no viva-voz, sem tirar os olhos da estrada livre graças aos céus.
Assim chego em casa ainda hoje...

- Alô!

- Maria? Sou eu Sofia. Tudo bem?

- Sim, Sofi e por ai?

- Tudo bem... Onde está?

- Eu... Eu estou indo para a casa de uma amiga. Fazer trabalho da faculdade!

- Ah! Que pena...

- Por que?

- Eu queria que você fosse comigo e com Hanna no shopping! Comprar roupas pro bebê.

- Esperai! Hanna já sabe?!

- Do bebê? Ainda não... Lucas e eu estamos com receio de contar.

- Mana, Hanna é a criança mais amável e carinho que eu conheço! Ela vai adorar a idéia de ter um irmãozinho ou uma irmãzinha!

- Vamos contar hoje...

Sorrio.

- Não quer adiar a ida ao shopping?

- Está bem! Para amanhã. E trate de adiar esses seus trabalho... Maria, você precisa respirar também! Pelo amor de Deus!

- Tá! Eu vou respirar... Agora, - falo já parando o carro na frente da penitenciária. - eu tenho que ir... Nos falamos mais tarde!

- Está bem, Mana! Te amo!

- Eu também te amo, chata! Beijo.

Desligo.
Pego o celular do painel e desço do carro, o tranco e coloco a chave na bolsa. Respiro fundo e então entro na penitenciária.
Se Carlos sonhar que estive aqui, o que vou ouvir do meu namorado não está escrito.

💕

Me sento em uma das cadeiras espalhadas pela área de visita, há várias pessoas aqui com presidiários conversando.

- Você...?

Respiro fundo quando escuto a voz de Leila atrás de mim. Quando me viro, a fito usando um uniforme de presídio laranja e o cabelo amarrado em um rabo de cavalo, ela está completamente descuidada.
Leila senta na cadeira a minha frente e aperta os lábios me encarando.

- O que veio fazer aqui, Maria?

- Por que? Por que pegou minha sobrinha?

De Volta ao Passado - Completo - Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora