Os dias que se passaram foram... Estranhos. Bem, o Luan continua deprimido, não é para menos, o melhor amigo dele morreu. A minha mãe vivi mais na casa da tia Sam ajudando com a Bea, que aliás, é uma fofa. A Emy e o Rafa estão bem. Tio Jack e a família dele acho que estão bem também e tia Ana continua sendo a tia do pavê.
Bem, e eu? Eu estou normal, nem triste e nem feliz, o André morreu e claro que eu ainda sinto a dor do luto, mas a Bea nasceu e eu amo aquela garota, mas também tem o Luan, ele está tão triste e distante, tenho saudades do meu namorado animado, agora mal nos falamos ou nos vemos, e eu a Emy estamos nos afastando o que é bem triste.
Como eu não tinha nada para fazer pedi para o meu pai deixar eu fazer as coisas aqui na boca, embora ele não goste muito de me deixar envolvida nessas coisas acabou concordando.
- oi Isa.- tio Magrin me cumprimentou entrando na boca.
- oi tio, não deveria está em casa?- olhei para ele.
- sim, só vim dá uma passadinha rápida aqui para guardar umas coisinhas.- tirou dois revólveres da cintura.
- aproveitando que o senhor está aqui, eu quero tirar uma dúvida.- apoiei o meu queixo na mão.- como vocês conseguem essas armas?
- ah, tem uns policiais aí que vende para gente.- abriu uma gaveta do armário colocando os revólveres dentro.
- espera, policiais?- perguntei interessada.
- sim, tem muito policial corrupto Isa, tem delegados também, tem até político que participa.
- mas gente, que coisa né?- falei abismada.- quem diria, eu imaginei que as armas podiam vim até do céu mas nunca desconfiei dos policiais.
- claro que não são todos, muitos são homens de famílias, mas sabe né, em todo lugar tem frutas podres.- dei de ombros.
- sei como é.
...
Terminei de fazer as coisas na boca e fiquei sentada lá naquela cadeira sem ter nada o que fazer. Um garoto entra no galpão, o seu estado não era nada legal, ele estava com roupas horríveis, descalço e é muito magro, espera, eu conheço ele, já estudou comigo por muito tempo, fomos de três classes seguidas.
- oi, tem o negócio?- perguntou coçando o nariz freneticamente. Meu Deus, ele está viciado?
- explique o que você quis dizer com "negócio"?- me ajeitei na cadeira.
- qualquer tipo de droga, o que dê para comprar com isso.- colocou algumas notas de dinheiro amassado em cima da mesa.
Eu não me sinto bem em ter que dá drogas para ele, ele só me deu quatro reais, deve ter roubado da mãe ou algo assim e o seu estado tá deplorável, eu me sentiria a pior pessoa do mundo se lhe ajudasse a alimentar o seu vício.
- desculpa, não tem...- vi o seus olhos ficarem vermelhos de raiva. Me encolhi com medo.
- como assim você não tem? Aqui tem drogas toda hora, eu te dei o dinheiro e agora eu quero as minhas coisas.- falou transtornado batendo na mesa. Aí meu Deus eu só posso ter atirado pedra na cruz.
- desculpa... É sério, não tem, volte para casa.- falei trêmula.- Wesley, sua mãe deve está te esperando, eu sei que você não é assim, não se lembra de mim? Sou a Isa, estudamos juntos, você sempre foi tão estudioso, era o melhor da turma, não caía nisso, o vício não vai te ajudar em nada.- senti os meus olhos ficarem marejados.
- eu não me importo Isabela, isso é passado, eu agora sou assim e quero a merda da minha droga.- falou agressivo. Aí meu Deus, me ajude.
- Wesley, não faça nada que irá se arrepender depois.- me encolhi na cadeira enquanto ele andava em passos firmes até mim.
- o que está acontecendo aqui?- obrigado Deus juro que vou aos cultos todos os domingos.
Meu pai estava parado na porta com uma expressão furiosa no rosto. Wesley parou de caminhar e olhou assustado para ele.
- n-nada Felipe.- falou nervoso.
- você ia bater na minha filha?- meu pai perguntou furioso.- perdeu a noção do perigo garoto?- puxou o revólver apontando para ele.
- é-er -q-que.- se enrolou com as palavras.
- é melhor você sumir daqui antes que eu estoure a tua cara de bala.- meu pai falou furioso. Wesley praticamente saiu correndo.
...
- eu sabia que não devia ter te deixado lá na boca.- meu pai andava de um lado para o outro na minha frente passando as mãos no seu cabelo enquanto eu estava sentada no sofá.
- eu estou bem pai...
- bem? Aquele garoto ia te bater.- ele falou irritado.
- pai, não faz nada com ele.- me levantei praticamente suplicando.- ele não tem culpa de está viciado, eu juro que está tudo bem ok? Me promete que não vai fazer nada com ele.- ele suspirou.
- ok Isa, eu prometo, mas na próxima vez...
- não vai ter próxima vez pai.- lhe interrompo.- se acontecer algo com o Wesley eu nunca irei te perdoar.- me virei e fui em direção a escada.
Vocês devem está se perguntando porque eu defendo tanto o Wesley né? Eu acho assim, ele não tem mais culpa pelo os seus atos, o garoto está completamente viciado, não tem mais controle em si mesmo e ele só ficou agressivo comigo porque eu não quis dá a preciosa droga dele.
...
Acordo com o celular tocando... Espera, eu dormir? Nossa, nem percebi. Olho no ecrã e vejo o nome do Luan e nossa foto juntos, suspiro e atendo.
- alô.- falei com tédio.
- nossa, que animação hein.- falou irônico.- quero te chamar para sair.- gente isso é um milagre.
- tenho que ver na minha agenda.
- você não é Maria mas tá cheia de graça né? Amanhã eu te pego às 19:00.
-hum, ok, às 19:00 eu te vejo, agora vou voltar a dormir.
- ok.
A nossa relação está assim, nos tratamos como se fôssemos apenas conhecidos, eu realmente não queria que nosso relacionamento tivesse chegado a esse ponto mas foi uma escolha dele se afastar de mim, eu não posso fazer nada.
Vou na galeria e vejo minhas únicas duas fotos com o André, como eu vou sentir saudades desse garoto.
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Oi coalasssssss, vários "s" porque sim, a história tá meio que caminhando para reta final, então né, eu já tô bem triste.
Até amanhã, bjundas para vocês ;*
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A Princesinha do Morro
Teen FictionEla é doce Ele é arrogante Ela faz de tudo pelos os amigos Ele é calculista Ela espera o seu príncipe encantado Ele já não crê mais no amor Ela é divertida Ele é frio Ela mora no morro Ele mora no Leblon Duas pessoas completamente diferentes, e qu...