Eu e Emy resolvemos ir para casa, já estava de saco cheio e não estava me divertindo nem um pouco, se festa de rico for daquele jeito eu prefiro dez mil vezes os churrascos do morro. Luan estacionou primeiro na frente da casa da Emy.
- tchau Emy.- virei para trás já que estava no banco da frente.
- tchau Isa.- beijou minha bochecha.- tchau Luan.
- tchau Emy.- olhou pelo retrovisor.
Emy saiu e acenou, Luan deu partida novamente agora indo para minha casa, ele estacionou e olhou para mim.
- entregue.- destravou a porta.
- você não quer entrar?
- não, tenho que fazer uma coisa.
- que coisa?- perguntei curiosa.
- uma coisa ué.- falou simples.
- ok.- abri a porta do carro emburrada.
- espera, eu tenho que ir no tatuador, é isso.- segurou o meu braço.
- sério?- olhei para ele- como era o nome da sua vó?
- Rosa.- sorriu.
- você gostava muito dela né?
- sim, ela era demais, totalmente o contrário da minha mãe, você ia gostar dela, a torta de maçã dela era a melhor do mundo, ela não tinha papas na língua, falava tudo sem pensar.- fiquei admirada com o brilho que seus olhos transmitia quando falava dela.
- ela morreu a muito tempo?
- eu tinha uns doze anos, ela teve um AVC, alguns meses depois ela morreu.- falou triste.- eu ainda sinto falta dela, era uma grande mulher, então nada melhor que fazer o nome dela em mim.
- que lindo amor.- lhe dei um selinho.- daqui a pouco em quesito tatuagem você não vai ser mais virgem.
- você não quer fazer uma também?
- Deus me livre, tenho muito medo de agulha, pode ir sozinho.
...
Estava jogada na minha cama jogando o jogo da cobrinha só que na nova versão, que sinceramente, é uma merda, preferia o antigo, mas enfim, é a vida.
- filha, dormir, amanhã tem aula.- minha mãe colocou a cabeça para o lado de dentro do meu quarto.
- ok mãe.- continuei jogando.
- agora Isabela.- falou firme.
- aham.- não tirei os olhos do celular.
- Isabela Almeida Godoy é melhor você desligar esse celular antes que eu quebre ele na sua cara.- falou irritada.
- nossa mãe, ok, desliguei.- desliguei meu celular colocando no criado mudo.- era só ter pedido com carinho.
- vou nem falar nada.- saiu e fechou a porta.
Me ajeitei de baixo das cobertas e esperei o sono vim, o que não demorou muito, logo já estava dormindo.
...
- ISABELA MINHA FILHA, VOCÊ APRENDEU A SE TELETRANSPORTAR PARA CHEGAR NA ESCOLA NA HORA? DESCE LOGO MENINA.- minha mãe gritou lá debaixo.
- JÁ VOU MÃE.- gritei de volta colocando a mochila nas costas.
Talvez eu tenha me acordado atrasada, talvez eu chegue uns trinta minutos atrasada, sim, talvez, mas é a vida. Cheguei lá embaixo e encontrei minha mãe impaciente.
- aqui, você come no caminho.- jogou um misto quente em mim.- agora anda logo, porque do jeito que tu é lerda só vai chegar na escola amanhã.
- também te amo mãe.- beijei sua bochecha.
Saí de casa e subi o morro mais rápido que o flash, quase que me engasguei no caminho mas consegui chegar viva na escola.
- está atrasada.- o porteiro falou.
- eu sei, desculpa.- coloquei a mão na cintura tentando recuperar o fôlego.
- tem professor na sala de aula, vai ter que ficar esperando o primeiro tempo acabar para poder entrar.- falou com tédio.
- eu vou ter que ficar aqui fora?- perguntei incrédula.
- pelo menos é inteligente.- falou irônico.
...
Finalmente as aulas acabaram, quando eu cheguei as cadeiras perto da Emy estavam ocupadas, então eu tive que ficar sozinha, sem ninguém, abandonada.
- quero comprar comida, vamos comigo?- chamei Emy.
- você vai comprar para mim?
- folgada você né? Sim, eu vou comprar porque sou a melhor amiga do mundo.- fomos até a tia que vende lanche.
- quero um pastel de frango com catupiry.- Emy pediu.
- eu quero um coxão de frango com catupiry.- pedi tirando o dinheiro do bolso.
Paguei nossos lanches, pegamos e saímos da escola comendo, Emy ficou na sua casa e eu continuei o caminho para a minha.
Cheguei e subi para o quarto, joguei a bolsa na cama, tirei o meu tênis, a calça, a farda, o sutiã e fui para o closet, visti um short jeans e uma regata branca com uns desenhos na frente, fiz um coque no cabelo e saí do quarto para ir na cozinha atrás de comida, aquele coxão não matou minha fome.
Como previsto não tinha nenhuma panela no fogão e eu não ia esperar minha mãe chegar com alguma comida, se ela voltasse para casa hoje, às vezes ela tem uns almoços com sócios.
Peguei um miojo de carne, enchi uma panela com água e coloquei no fogo, sim, o meu almoço será miojo.
Depois de feito coloco no prato e vou para mesa comer. Levei uma colherada na boca sem esperar ele esfriar e o que aconteceu? Boca queimada e língua ardendo.
A campainha tocou mas eu estava muito desesperada passando o pano de prato na minha boca, tocou de novo e eu ainda estava com o pano de prato dentro da boca.
- TEM ALGUÉM EM CASA?- escutei a voz do Luan.
- NÃO.- gritei de volta.
A porta se abriu e logo ele estava parado na minha frente me observando passar o pano de prato na língua.
- se não tem ninguém em casa foi um fantasma que me respondeu?
- oi amor.- tirei o pano de prato da boca.
- o que você estava fazendo?- arqueou as sombrancelhas.
- queimei minha língua com o miojo.
- ownn, coitada da minha namorada.- veio até mim.- deixa eu te ajudar.- colou nossos lábios.
Lhe dei passagem para língua dele entrar e assim ele fez, nos beijamos lentamente sentindo o gosto um do outro, eu particularmente tinha gosto de miojo de carne.
- melhorou?- perguntou separando nossos lábios.
- bastante.- sorrio de lado.
- por que você está comendo miojo no almoço?- se sentou numa cadeira.
- porque eu não sei cozinhar e todo mundo me abandonou.- levei uma colhereda de miojo já frio para a boca.
- nem é dramática né?
- não sou mesmo, sou realista, meus pais me abandonaram sem nem deixar comida.
- você quer ver minha tatuagem?- perguntou animado.
- sim.
Ele levantou a manga da camisa e virou o braço, tinha o nome "Rosa" dentro do símbolo do infinito, ficou muito fofo.
- é lindo amor.- falei admirada.
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Oi coalas, capítulo merdinha porque tô sem criatividade, parece que meu cérebro parou, sei lá...
Até amanhã, bjundas para vocês ;*
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A Princesinha do Morro
Teen FictionEla é doce Ele é arrogante Ela faz de tudo pelos os amigos Ele é calculista Ela espera o seu príncipe encantado Ele já não crê mais no amor Ela é divertida Ele é frio Ela mora no morro Ele mora no Leblon Duas pessoas completamente diferentes, e qu...