06// "só está suspirando feito uma marica pelos cantos"

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(André na multimídia)

P.O.V Luan

Eu não conseguia parar de pensar nela, parar de pensar naqueles lábios, no seu gosto doce, nas suas pequenas mãos apoiadas em mim, Isabela não saía mais da minha cabeça, eu só queria vê-la de novo.

Sei que é perigoso me aproximar dela, o pai dela pode me matar só em um piscar de olho, mas eu não sei porquê não consigo me afastar, desde que a vi entrando na boca fiquei extremamente atraído por ela, não só pela sua beleza mas também por aquele jeito doce dela.

Eu sinto um estranho prazer em irritar ela, vê-la com as bochechas vermelhas de raiva é tão fofo. Por Deus, desde quando eu virei tão meloso?

- ei cara, eu já estou te chamando a horas, tá com a cabeça aonde?- André perguntou balançando a mão na frente do meu rosto.

- em nada.- balancei a cabeça para afastar aqueles pensamentos.

- pô cara, achei que fôssemos melhores amigos, desde quando esconde as coisas de mim?- André perguntou chateado.

O André é meu melhor amigo desde o fundamental, ele é a única pessoa em que eu consigo confiar, ele foi o primeiro a usar drogas, depois ele me ofereceu, eu aceitei e estamos aqui até hoje. (Unidos do crack KKKKKKKK brincadeira não façam piadas com isso).

- é naquela garota, a Isabela.- confessei.

- ah não Luan, com tantas garotas para você ficar afim, você foi gostar logo da filha do Felipe?- falou visivelmente preocupado.

- eu sei que é perigoso.- baguncei o cabelo.- sabe, ontem nos beijamos no baile.- falei com um sorriso idiota no rosto.

- sabe do que você precisa? De sair e pegar várias mulheres, você vai esquecer ela em dois tempos- sugeriu. (PESSOAS NÃO SÃO TAPAS BURACOS).

- não acho que transar com outras mulheres vai me fazer esquecer ela.- falei pensativo.

- pode não fazer esquecer, mas pelo menos vai te dar prazer.- falou com um sorriso sacana no rosto.

- você não tem o mínimo de sentimentos né.- joguei uma almofada nele.

- aí meu amigo, desse mal de está apaixonado eu nunca sofrerei.- sorriu convencido.

- espera, eu não estou apaixonado.- tentei me defender.

- ah não, só está suspirando feito uma marica pelos cantos pensando nela.- zombou.

- affe, vamos parar dessa conversa e jogar.- falei sem paciência.

André sorriu zombeteiro e colocou um jogo no vídeo game, mas incrivelmente até naquele momento eu não conseguiu tirar ela dos meus pensamentos.

...

O André já havia indo embora me deixando sozinho em casa, a porta do meu quarto se abre e meu pai entra, típico dele entrar sem bater.

- por que não foi para a universidade hoje?- perguntou rude como sempre.

- eu...- ele me interrompe.

- deveria está em uma festa, você é um inresponsável garoto, eu sempre te dei do bom e do melhor, pago para você estudar em uma das melhores universidades do Brasil para você ficar em festas? Eu tenho vergonha de ter um filho como você, era melhor tua mãe ter te perdido, seria um desgosto a menos.- isso doeu, vocês não imaginam o quanto doeu.

Meu pai saí batendo a porta, me sento na cama, respiro fundo e me levanto indo em direção ao criado mudo, abro a gaveta e pego um saquinho onde contém maconha.

Faço um cigarro de maconha e acendo levando aos lábios, e lá estava eu, mais uma vez alimentando o meu vício.

Meu corpo relaxou mais, as palavras do meu pai já não estavam me machucando, mas algo ainda me perseguia, o rosto dela estava aparecendo em todo lugar.

- Isabela.- é a última coisa que sussurro antes de apagar.

...

Me acordo com alguém batendo na porta, me sento na cama ainda meio sonolento, esfrego os olhos e murmuro um "entre".

- filho, desça, está na hora de jantar.- minha mãe falou com aquela voz irritante.

Eu amo minha mãe, afinal, ela é minha mãe, mas a futilidade dela me irrita ao extremo, minha mãe é o que podemos chamar de perua.

Ela não foi a mãe mais amorosa do mundo, a vida dela foi em ir pra shoppings, viagens e cirurgiões plásticos, eu praticamente não tive uma mãe.

- ok mãe.- falo ainda meio sonolento.

- temos visita, então se arrume, não quero você parecendo um mulambento.- falou isso e saiu do quarto.

Pego uma toalha e vou até o banheiro, tiro minhas roupas e entro embaixo do chuveiro, tomo um banho longo, passando muito sabonete para tirar aquele cheiro de maconha.

Enrolo a toalha na cintura e saio do banheiro, visto uma bermuda marrom de alguma grife, uma camisa laranja com duas girafas de óculos escuro na frente e fico de sandália mesmo, espirro perfume em mim e saio do quarto.

Desço as escadas e encontro os meus pais e a família da Nathalie sentados na mesa.

- finalmente desceu, podemos começar a nos servir.- minha mãe falou.

- filho, pode se sentar no lugar ao lado da Nathalie.- meu pai falou apontando para uma cadeira ao lado da linda loira.

A minha família e a família da Nathalie quer que a gente tenha um relacionamento para fazer uma aliança entre as duas empesas, e aí formaria a melhor empresa de roupas do Rio de Janeiro.

Eu acho que a Nathalie também quer isso, ela vive se insinuando para mim, ela é uma garota muito bonita, um ano mais velha, tem o cabelo loiro e longo, os olhos verdes, um belo corpo e uns seios que por Deus, são enormes, não me julguem, é impossível não reparar, mas a beleza dela nem se compara com a da Isabela.

A Isabela tem uma beleza que é muito difícil de se encontrar, é a inocência dela, e isso com certeza a Nathalie não tem.

- oi querido, faz tempo que não te vejo.- colocou a mão na minha coxa assim que me sento.- está diferente, mais bonito.- apertou minha coxa.

- obrigado, você também.- tirei delicadamente sua mão da minha coxa.

- vocês fazem um casal tão bonito.- só aí reparei na mãe dela, e por Deus, eu quase desmaiei de susto.

A mulher estava com a cara completamente esticada, sua boca estava inchada e sua bochecha parecia maior, ela nem conseguia parar de sorrir, e não era de felicidade, é porque a cara dela está muito esticada.

Não falei nada, voltei a comer em silêncio, o meu pai e o pai da Nathalie falavam de negócios, e Nathalie, minha mãe e sua mãe falavam sobre futilidades. Suspirei cansado, não suportava mais aquilo.

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Oi coalas, tudo bom?

Acho que conseguimos entender melhor o Luan né? O mundo dele, e essa cabecinha confusa, só não quero que vocês achem ele é um babaca ou algo do tipo.

Vocês viram que eu inscrevi a história na premiação Wattys2017? Finalmente eu criei coragem, então mais que nunca, votem, comentem e divulguem para os amiguinhos :3

Até amanhã, bjundas para vocês ;*

A Princesinha do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora