Fomos andando entre a multidão e fomos para o balcão do bar, sentamos nos bancos e eu fiquei observando as pessoas dançando.
- toma Isa.- Emy me ofereceu uma latinha de cerveja.
- não, obrigado, eu não bebo.- sorri gentilmente.
- deixa de ser sem graça Isa, você tem que se soltar mais.- colocou a latinha na minha mão.- vai, pode beber.
Ela e o Rafa ficaram me encarando, levei a latinha até a boca e tomei um longo gole, por Deus, aquilo tinha um gosto horrível, como alguém poderia gostar daquilo? Sem pensar duas vezes cuspi tudo.
- opa, você está bem?- Rafa veio ao meu socorro.
- sim, só que isso é horrível.- coloquei a latinha em cima do balcão.
- é melhor você ficar só no refrigerante.- Emy falou.
- vamos dançar?- Rafa perguntou exclusivamente encarando a Emy.
- você vem Isa?- Emy olhou para mim.
Você está perguntando se eu quero ficar de vela enquanto vocês se pegam? Ah, eu adoraria.
- não, mas podem ir, eu vou ficar aqui comendo algumas besteiras e bebendo refrigerante.- olhei cúmplice ptra o Rafa.
- tem certeza?- perguntou incerta.
- claro, vai se divertir.- dei um empurrãozinho nela.
- ok, mas se precisar de alguma coisa é só me ligar.- falou se levantando.
- pode deixar.- sorri para ela.
Eles saíram e sumiram no meio da multidão, fiquei sentada olhando as pessoas entrarem e saírem, se pegando, uns praticamente transando e algumas dançando, as meninas realmente arrasam, elas dançam com tanta facilidade, todas estão muito bonitas fazendo eu passar totalmente despercebida, mas o que eu mais queria? Estou usando apenas um jeans surrado, uma regata e uma jaqueta, enquanto elas estão com lindos vestidos e muito bem maquiadas.
Me canso de ficar ali sentada e resolvo me levantar um pouco, será que aqui tem banheiro? Provavelmente deve ter. Me levanto e caminho sem rumo a procura do banheiro feminino.
O cheiro de cigarro e bebidas estavam me deixando zonza, eu não conseguia prestar muita atenção por onde andava, resultando em um corpo forte indo de encontro o meu, levantei a cabeça para pedir desculpas a pessoa e o vi. Era ele. O playboy que estava na boca com o meu pai, com tantas pessoas aqui, eu tinha que esbarrar justamente nele?
- desculpa.- falei sem graça. Me virei para ir embora só que ele puxou meu braço, olhei para ele confusa.
- você não é a filha do Felipe?- meu Deus como a voz dele era linda. Fiquei hipnotizada por alguns segundos mas logo voltei ao normal.
- sim, sou eu, agora você pode me soltar?- tentei puxar o meu braço.
- calma linda, para que tanta pressa?- perguntou com um sorriso galanteador. (NÃO É NÃO! NÃO ROMANTIZEM ESSAS MERDAS, ISSO É ASSÉDIO, NESSA ÉPOCA EU ERA UMA IDIOTA SEM CÉREBRO).
- se eu fosse você não ficaria tão perto da filha do dono do morro.- ameacei.
- garota, a única pessoa que representa perigo aqui sou eu.- riu sem humor.
- me solta agora, eu nem te conheço.- falei já irritada.
- e se conhecer você fica comigo? (NÃO SEGUREM O BRAÇO DAS MINAS NAS BALADAS, E SE ELAS DISSEREM QUE NÃO QUEREM OU DEMONSTRAREM QUE ESTÃO DESCONFORTÁVEIS VÃO EMBORA, DEIXEM ELA EM PAZ).
- eu não ficaria com você nem que fosse o último homem da terra.- cuspi as palavras na sua cara.
- prazer, me chamo Luan.- falou ignorando o meu comentário anterior.
Luan. O nome era tão bonito quanto o dono. Ele me olhou intensamente e só com um olhar ele fez o meu rosto corar e minhas pernas ficarem bambas. Isso era uma das coisas que eu mais odiava nele. O jeito que ele conseguia me desconcertar apenas com um olhar.
Sem eu nem perceber os seus lábios já estavam em contato com os meus, eram macios, eu gosto disso, eu gosto dos seus lábios, ele pediu passagem para a sua língua e eu cedi. Não entendi porque eu cedi, eu sinto uma necessidade de está com ele e isso é estranho já que nos conheçamos a tão pouco tempo. Sua boca tinha gosto de cigarro com chiclete de menta e eu gostava, estava muito bom.
Não que eu já tenha beijado muito na vida, em toda minha pequena trajetória eu beijei somente dois garotos, mas aquele com certeza era o melhor beijo do mundo.
Ele se afastou de mim com um sorriso idiota no rosto, para melhor dizer um sorriso vencedor.
- sabia que não resistiria aos meus encantos.- sorriu convencido.- todas caem nele.
Idiota. Dez mil vezes idiota. Eu não sabia quem era mais idiota, ele por ter me beijado ou eu por ter gostado.
- seu babaca de merda, quem você pensa que é para sair me beijando assim?- perguntei irritada.
Eu nunca fui de chamar palavrões, mas o Luan tem esse jeito de me tirar do sério, e isso era mais uma das coisas que eu odeio nele.
- não fica estressadinha gata, não é como se fosse o seu primeiro beijo, ou é?- sorriu zombeteiro.
- não, não é, com certeza eu já beijei bocas melhores que a suas, deveria praticar mais querido.- puxei o meu braço e saí pisando forte.
Raiva. É tudo o que eu sinto. Quem ele acha que é para sair agarrando as pessoas assim? Tudo bem, o beijo foi bom, eu amei, mas ele é um idiota, playboyzinho que se acha a última coca-cola do deserto, e qualquer tipo de atração que eu tivesse sentindo foi substituída por raiva.
...
Chego em casa ainda furiosa e abro a porta, encontro o meus pais sentados no sofá assistindo um filme, quando eles me vêem me olham surpresos.
- filha, o que faz em casa a essa hora? Nem são meia noite.- mamãe falou.
- estava chato, então eu resolvi vim para casa.- menti.- vou subir, estou com sono.
Eu nunca fui de chamar palavrões ou mentir para os meus pais, e em uma só noite ele me fez fazer isso, esse garoto com certeza é encrenca e eu não preciso disso para a minha vida.
Bato a porta do quarto e tiro meu tênis me jogando na cama, nem avisei a Emy que eu viria para casa.
Aí como eu sou tola, a Emy deve está muito ocupada com o Rafa nesse momento, nem que eu chamasse ela pelo o auto falante ela me escutaria, não vou estragar a felicidade dela, não é toda dia que ela irá poder ir a uma festa e ainda mais com o Rafa.
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Oi coalas, só quero dizer que o Luan vai aparecer muito a partir de agora hein, ele pode parecer babaca- e ele é- mas logo vocês irão entender o lado dele e ver que ele pode ser um amorzinho de pessoa. (NÃO ROMANTIZEM PESSOAS ASSIM, NÃO TEM EXPLICAÇÃO PARA DEFENDER ALGUÉM ASSIM. NÃO É NÃO E DEPOIS DO NÃO É TUDO ASSÉDIO).
Até amanhã, bjundas para vocês ;*
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A Princesinha do Morro
Genç KurguEla é doce Ele é arrogante Ela faz de tudo pelos os amigos Ele é calculista Ela espera o seu príncipe encantado Ele já não crê mais no amor Ela é divertida Ele é frio Ela mora no morro Ele mora no Leblon Duas pessoas completamente diferentes, e qu...