Capítulo 37

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  "A vida não oferece promessas nem garantias... Apenas possibilidades e oportunidades.  

Assim que chego em casa vou direto ver o nome da floricultura, anoto e resolvo ligar amanhã para tentar descobrir, então se ele esteve lá ele me viu com o Gustavo, então porque ele não se aproximou? Será que ele achou que eu estava num encontro? Mas ele não poderia pensar isso, depois de todas as cartas que ele me enviou e principalmente depois de eu ter me vestido toda de azul para que ele soubesse o que eu queria. Eu preciso saber quem ele é. De repente tenho um estalo, o beijo! Será que ele viu a merda do beijo? Oh droga! Só pode ser isso, ele deve está pensando horrores de mim, meu Deus o que eu vou fazer? Minha única esperança é que eu consiga alguma pista amanhã com a floricultura, vou me apegar a essa pequena esperança. 

Acordo antes do despertador tocar, passei a noite agoniada pensando em como o Gustavo  teve a coragem de me enganar dessa maneira, tomo meu banho e preparo meu café, abro a internet e procuto pelo telefone da floricultura, assim que consigo anoto em meu celular e deixo para ligar no trabalho para que eu não me atrase. Chego no trabalho e passo pelo Gustavo sem falar nada ele por sua vez quando me olha abaixa a cabeça, é bom mesmo que ele se envergonhe, ele quebrou algo que não tem como ser restaurado tão facilmente que é a confiança. Vou direto para meu setor, começo a fazer as minhas coisas aguardando a hora para poder ligar, acabo não resistindo e vou até a caixa de sugestões com a esperança de encontrar algo, porém não tem nada. Eu sei que as chances de encontrar algo são nulas, a tristeza logo bate e o medo de não conseguir descobrir, quando me dou conta da hora corro para ligar.

—  Alô, é da floricultura Bazar das flores? 

—  Sim, como posso ajudar?

— Eu encontrei um buque de rosas num restaurante e gostaria de saber se teria como descobrir quem as comprou?

— Senhora isso seria algo difícil vendemos cerca de mais de 50 buque por dia, ainda mais rosas que não são raras.

— Entendo, porém as rosas eram azuis. — Digo com esperança dela me ajudar.

— Ai já seria mais fácil, pois as rosas azuis vendemos somente por encomenda, quando foi que a senhora achou?

— Foi na sexta.

—  Vou verificar em meu sistema, só um instante. Teve sim uma compra de um buque de rosas azuis, porém foi pago em dinheiro. 

—  Entendi, eu teria como falar com a atendente que vendeu as rosas? 

—  Ela não se encontra, e só volta daqui a uma semana. 

—  Ah, tudo bem. Obrigada. —  Assim que desligo uma vontade enorme de chorar me invadiu , uma semana, mais que droga, o que eu faço agora? Como vou conseguir me comunicar com ele? com ele? Preciso encontra-lo.

Os dias passam e a minha tristeza só aumenta, eu começo acreditar que não ia mais encontra-lo, Sabrina me olha toda hora mais não me pergunta o que está acontecendo, ela está me dando espaço mas isso já está me sufocando eu preciso conversar com alguém sobre isso, no fim do expediente chamo a Sabrina e peço para ela dormir lá em casa hoje pois quero conversar, minha amiga não indaga nada apenas confirma.

Eu finalmente iria compartilhar minhas cartas com alguém, eu ainda não estou preparada porém eu não sei mais o que fazer, talvez ela possa me ajudar. Vou para casa e no caminho encontro Theo que ao ver minha expressão fica me analisando, tento mostrar que está tudo bem e pra mudar de assunto penso em algo que ele ficaria feliz em saber.

— Theo está indo para casa? 

—  Não, quero aproveitar a folga e vou malhar um pouco já que fiquei praticamente o dia todo dormindo. Porque? Precisa de algo? Se quiser vou com você pra casa. —  Diz com uma expressão preocupada, eu o acho um fofo quando age assim, olhar pra ele me faz sentir falta dos meus irmãos. 

Meu Admirador SecretoOnde histórias criam vida. Descubra agora