Capítulo 22

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"O sabor da vida depende de quem a tempera."

É engraçado como a vida muda, quando nós permitimos. Não vou dizer que a dor e a falta dos meus pais desapareceu mas tornou-se suportável, toda vez que fico com o coração apertado eu pego a carta da minha mãe e leio, isso de certa maneira me acalma. Fecho meus olhos e imagino ela falando comigo, não tenho arrependimentos em relação a eles, porque sei que fui uma boa filha e acho que isso me ajuda a prosseguir. Se minha mãe estivesse aqui eu já teria mostrado as cartas e ela com certeza ficaria eufórica, ela sempre dizia que eu precisava viver um pouco, que tinha que me apaixonar e eu sempre mudava de assunto dizendo que não tinha tempo para essas coisas, e ela dizia que a vida era muito curta, que o tempo de viver era hoje. No final, ela estava certa.

Acabo sonhando com minha mãe, foi um sonho tranquilo mas muito real. Levanto e vou tomar banho, me arrumo rapidinho e resolvo tomar café em casa, assim que ligo a cafeteira meu telefone toca. Era meu irmão pra confirmar quando irei visita-los, resolvemos marcar pra segunda semana assim que eu voltar de São Paulo, já que na próxima eles vão acampar. Desligo e me sento para desfrutar meu café, quando falo com meus irmãos me dou conta de como sinto falta deles, assim que termino de comer, limpo tudo e vou escovar os dentes. Nossa! Quase me esqueço que hoje marquei com Gustavo de estudar, antes de sair dou uma ajeitada rápida na sala e pego a bolsa e saio dando de cara com Theo.

— Bom dia Alice,

— Bom dia Theo, chegando agora do trabalho?  

— Sim, estou doido para dormir. Essa noite o plantão foi pauleira e você porque está saindo essa hora? —  Pergunta ele bocejando.

— Hoje resolvi tomar café em casa, mas deixa eu ir se não vou me atrasar, depois nos falamos, tchau. —  Digo já indo em direção ao elevador.

Ao chegar no elevador olho para trás e vejo que ele ainda está parado lá me olhando sorrindo.

— Vá descansar!

— Eu vou, só estava admirando a vista. —  Diz ele sorrindo e me deixando vermelha.

— Deixa de ser bobo, bom descanso. Diga sem graça.

— Bom trabalho. —  Diz ele antes do elevador se fechar. 

Chego no trabalho já em cima da hora, e vou até Gustavo confirmar nosso estudo de mais tarde e depois vou direto para minha mesa pronta para trabalhar. Mal sento na cadeira e escuto Sabrina reclamando.

— Posso saber o que aconteceu que não foi tomar café comigo ? — Diz já com cara de emburrada.

— Bom dia para você também minha amiga. —  Digo com sarcasmo. —  Hoje resolvi tomar café em casa, porque sentiu minha falta? —  Digo piscando para uma Sabrina nem um pouco feliz

— Claro que senti neh! Por sua causa tive que tomar café olhando para aquelas bruxas.

— Quem ? —  Digo já sabendo quem de quem ela estava falando, mas querendo implicar com ela.

—  Você só pode estar querendo me zoar neh? Amanda e Lucia, elas ficaram com aquelas cara de nojo e a Amanda não parava de se lamentar por não ir a feira com o Rena, nessa hora não me aguentei e comecei a ri. Você precisava ver a cara que ela fez pra mim, bem feito pra ela, só por causa disse que te perdoo. —  Diz ela rindo.

—  Você não presta garota, agora vai trabalhar porque hoje o que não falta é serviço. —  Falo dispensando ela para eu também começar a trabalhar. 

Trabalho tanto que nem percebo o tempo passar, parece que quando estamos cheias de coisas para fazer a ,hora passa mais rápido e a gente nem nota e quando já me dou conta é hora de ir embora. Me despeço da Sabrina que não perde a oportunidade de falar gracinhas do Gustavo ir lá pra casa e vou em direção a ele para irmos embora estudar. Aproveito e compro uma pizza no meio do caminho assim que chego no prédio dou de cara com o Theo chegando também.

 — Oi boa noite, conseguiu descansar? —  Digo com educação, afinal ele parecia acabado pela manhã.

— Oi boa, consegui sim, e o trabalho como foi? —  Diz ele me olhando e ignorando totalmente o Gustavo.

—  Foi tranquilo. —  Respondo sem graça pela situação.

— Hummm que bom pizza, estou convidado? —  Diz me olhando, o que ele está fazendo? Vou mata-lo.

—  Se quiser  está sim, comprei para comermos antes de começarmos a estudar. 

—    Se não for atrapalhar aceito sim. — Diz com um sorrisinho sacana.

— Já está atrapalhando.  —  Diz Gustavo bem baixinho, mas pelo sorriso enorme do Theo sei que ele escutou.

— Bem, então vamos subir. —  Digo olhando para os dois sem saber no que isso vai dá.

Subimos em completo silêncio, assim que chego no meu andar Theo diz que passará em casa primeiro para deixar suas coisas e já volta enquanto isso deixo Gustavo na sala e vou na cozinha pegar pratos, copos e talheres e oro em pensamento para que nenhum concurso de mijo a distância ocorra na minha sala. 



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Também quero agradecer a companhia de vocês aqui e dizer que fico muito feliz por compartilhando essa história linda com vocês.   



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