Eu não me aguentei e tive que ir atrás. Sei que isso é ser evasivo demais, e eu estaria me intrometendo em sua vida e tudo mais. Mas, porra, eu quero saber das fofocas também.
Certo, isso é um pouco babaca da minha parte.
Mas eu sou um gato curioso, tem medo, mas vai atrás mesmo assim.
E por isso, depois que Jungkook se afastou um pouco, encontrando o pai em uma das salas que tinham ali, eu postei a ficar parado na frente da porta. Abri uma pequena fresta para que pudesse ver e ouvir tudo o que eu quisesse.
Eu queria mesmo é estar ali ao seu lado, fuzilando o pai dele e mandando umas verdades na cara desse maldito. Mas eu não sou alguém na vida dele que tem esse direito, e por isso, aceito ficar observando-o de longe.
Se a coisa ficar feia eu grito e busco por ajuda. É, eu farei isso mesmo.
— Já conquistou o que queria, não é? — Seu tom era duro, ríspido, sem qualquer tipo de animação pelo filho ter vencido — Já está na hora de voltar para casa e assumir nossa empresa.
— Nossa empresa... — Riu, debochado — Eu não tenho empresa nenhuma, ela é só sua. Não faço questão de tê-la para mim, por que não a passa para alguém que queira?
Jungkook estava seco como sempre, mas acho que ele não deveria ser tão rude com o pai. Não estou o defendendo, mas convenhamos, se ele quer algo do pai, a desejada liberdade, acho que deveria tomar cuidado com o que fala. E se o velho resolve fazer algo contra ele e prejudicar sua carreira recém-começada?
Às vezes o medo é necessário.
— Acha mesmo que dançar vai te fazer ter um futuro tão bom quanto assumir uma empresa? — Perguntou, sem paciência — Eu já vim ver o que me pediu, agora está na hora de voltar para a realidade. Eu deixei com que fizesse essa maldita faculdade para cair na real sobre como é a vida miserável de não ter prestígio.
— Eu não me importo com o que tem a dizer, dançar é a única coisa que eu seguirei. Eu não quero dinheiro, não quero prestígio, não quero merda nenhuma. Ainda mais se vier de você— Apontou seus dedos para o velho grisalho— Eu pedi para que viesse aqui para perceber o quão bom eu sou na dança, desistir dessa ideia absurda que tem em mente. Eu venci, meu grupo venceu, nós vencemos.
O senhor Jeon suspirou profundamente.
— Eu admito que não teria vindo até hoje. Eu não viria porque seria perda de tempo, e ainda é — Limpou sua garganta — Pode ter ganhado hoje, coisa que eu pensei não ser capaz, mas a empresa ainda é mais importante. Não posso deixar que siga os passos dela.
Dela? Dela quem? Eu estava prestes a roer minhas unhas.
— Você é um covarde — Jungkook rosnou — Um covarde que nem dizer o nome dela consegue. Isso faz o quê? Dez anos? Supere, velho idiota.
— Mais respeito, moleque insolente — Meu corpo se arrepiou ao ver o pai de Jungkook segurá-lo pelo colarinho da camisa — Ainda sou seu pai.
Ele era mais alto que Jungkook, poderia acabar com ele ali mesmo. Mano do céu, Jungkook seu louco, tem que tomar mais cuidado. E se ele acabar apanhando do pai ali mesmo? Ah, não. Não posso aceitar isso.
— Quer tanto um herdeiro? Pegue Yoongi, ele implora tanto por sua atenção — Ele soltou em um ato de raiva, eu percebi isso — Não consegue nem assumir um filho de outra mulher.
Sr.Jeon não soltou Jungkook nem por um segundo, e eu temi que isso pudesse acabar pior do que já estava aparentando.
— Yoongi não é meu filho, nunca será. Você é o único herdeiro que eu tenho, e é seu dever assumir aquela empresa. Não um filho bastardo, fora do casamento.
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O Amigo do Meu Crush
أدب الهواة[CONCLUÍDA] Meu maior sonho seria ser notado por Hoseok, meu crush, ou quem sabe me tornar próximo dele. Porém, sempre tem um porém, ele tinha uma amigo que complicava tudo. Jeon Jungkook era o meu pesadelo em forma de pessoa, que fazia de tudo par...