Jimin, o dançarino do demônio

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Eu ainda estava dolorido, a diferença agora é que eu não estava entendendo mais nada. A última coisa que eu me lembro era de estar na banheira e aí o demônio entrar e tudo ir água abaixo. Merda, ele realmente fez aquilo ou eu delirei?

Quando eu abri meus olhos, vi que estava em meu quarto e por isso tinha a possibilidade de ter sonhado com tudo aquilo. Uma das coisas que me fez entrar em dúvida era o fato de estar tudo silencioso. Silencioso demais. Porém, foi só eu me levantar para perceber estar apenas com uma toalha em minha cintura.

Minha nossa. Meu corpo ainda estava levemente úmido e isso me fez querer não acordar mais, porque com certeza tudo foi real.

Oh, meu Deus. Jungkook me viu nu. Socorro, não, que vergonha.

— Pelo visto está melhor.

Olhei para a porta e encontrei o demônio me encarando. Ele voltou a ter a carranca normal dele. Como eu disse... Bipolar.

— O que aconteceu?— Perguntei, me cobrindo novamente com o lençol da cama. Ele já devia ter visto tudo, mas não custa nada tentar me precaver.

Ele permaneceu no batente da porta.

— Sua pressão caiu — Suspirou — Sugiro que vá beber um pouco de água, vai se sentir melhor.

Depois ele saiu, e me deixou sozinho novamente. Oh, quer dizer que eu passei mais uma vergonha em sua frente. Se não bastasse ter que ceder aos seus toques, mas também desmaiar como uma pessoa frágil? 

Céus, o que eu fiz para merecer isso?

Resolvi fazer o que sugeriu, e me vesti na mesma lentidão de quando fui tomar o banho. Minha vontade era zero, mas é a vida. Eu teria que superar isso. Afinal, por que ele me trouxe para cá? Eu não o entendo, ele faz parecer que não se importa, mas veja só... Ele se importa o suficiente para ter a decência de me trazer até aqui.

Quando cheguei até a cozinha, Baekhyun e Chanyeol estavam melosos. Ambos tinham uma colher de brigadeiro em mãos e um dava na boca do outro. Jesus, mas que merda era essa? Eu sabia que namoravam, mas não que eram esses casais estranhos.

Eles não me perceberam ali, e eu também não os incomodei. Peguei meu copo de água, e um comprimido para dor. Se era pra vir até aqui por causa de uma simples água, então que aproveitasse os remédio também, certo?

Devia ser umas nova da noite, e eu não iria conseguir dormir tão cedo. Mas também não estava tão disposto a me mexer muito. Ficar parado estava bom, pelo menos não doía.

Passei pelo quarto de Jungkook, não iria entrar, mas estava curioso. Ele mal saía de seu quarto, sempre enfornado ali e o único permitido à entrar era o próprio colega de quarto. Eu já quebrei essa regra, mas não importa no momento, fora isso que causou toda essa confusão. Ele deixou a porta levemente aberta, e foi por ali que eu consegui ver o que fazia. No momento ele apenas via algo em seu computador, mas depois começou a se mover. Se moveu de um modo que não parecia ele, era tão diferente de sua personalidade rabugenta e explosiva.

 Uma nova coreografia, ele nunca parava?

Não acho que seja para a apresentação, mas que ele não para é verdade. Parece não se cansar nunca. Era tão importante assim a dança para ele?

Ele murmurou parte da música que ouvia. Eram apenas pequenas partes da melodia, mas dava para perceber que ele tinha mais um talento; fiquei boquiaberto. Era incrível, ele nem estava se esforçando realmente, apenas... tentando memorizar para depois pegar tudo o que aprendeu.

Imaginei pelo o que ele teria passado para conseguir brilhar desse jeito.

[...]

Hum, tinha alguém batendo na porta. Quem faria isso num domingo, fala sério. Xinguei um pouco antes de me cobrir totalmente com a coberto. As batidas não paravam, estava me irritando. Estavam cada vez mais fortes, impaciente.

O Amigo do Meu CrushOnde histórias criam vida. Descubra agora