X - Sakura: É proibido sentir

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A rosada saiu do QG sendo guiada por Hayeto até o hospital de Suna.
Durante o caminho observava a aldeia, um lugar muito mais simples se comparado à Konoha, mas que por esse motivo possuía uma paz de se invejar.
Mas agora está paz se corruíra aos poucos, encontrar pessoas doentes pelas ruas era algo cada vez mais frequente. A cidade carregava um ar pesado, de deixar qualquer um para baixo.

Sakura tentava formular algo que justificasse esse ataque dos nukenins. Haviam muitas possibilidades, mas nenhuma lhe fazia sentido. Talvez quisessem tirar o Kazekage do poder, mas desde que Gaara assumiu o cargo Suna se tornou um lugar pacífico, alegre e bem organizado, ninguém mais tinha algo contra ele.
E a idéia de alguém querer tomar posse da aldeia e ser "o todo poderoso" lhe parecia clichê demais.

Estava tão distraída em seus pensamentos que nem percebeu que já haviam chegado ao hospital. Era bem menor que o de Konoha, mas parecia eficiente. Ao adentra-lo notou enfermeiras desesperadas indo de um lado para o outro com papéis nas mãos, havia superlotação causada pela enorme quantidade de pessoas infectadas pelo vírus, muitas em estado grave e até crítico.

Hayeto foi até o balcão, Sakura posicionou-se ao seu lado.

- Informe a direção do Hospital que Haruno Sakura está aqui. Ela ajudará com o vírus.

A secretária arregalou os olhos ao ouvir o nome da rosada. Virou-se para ela dizendo com admiração: - Sa-Sakura-senpai? É a senhorita mesmo?

Sakura sorriu docemente.

- Sou eu sim, Haruno Sakura, Kunoichi da folha, médica ninja. Espero poder ajudá-los. - Disse com a mesma doçura que reinava em seu sorriso.

A secretária esbanjou um sorriso aliviado, e se dirigiu a sala da direção para informar a chegada de Sakura.

.oOo.

Foi disponibilizado para Sakura a ficha mais recente de cada paciente (algumas que o Kazekage não possuía), um laboratório e diversos recursos para o desenvolvimento de um antídoto.

Após a rosada examinar pessoalmente um dos pacientes em busca de se integrar melhor do assunto, a mesma se dirigiu para o laboratório. Hayeto lhe acompanhava o tempo todo.

Enquanto Sakura fazia algumas anotações, percebeu que Hayeto estava com algo lhe intrigando.

- Pergunta logo! - Disse em meio a um riso suave.

- Ãhn?

- Ora vamos, tem algo te intrigando. Se quer perguntar algo pergunta logo!

Hayeto hesitou um pouco. Depois de alguns segundos finalmente abriu a boca.

- Aquele shinobi da sua equipe. Sasuke Uchiha, ele é seu namorado?

Sakura sentiu suas bochechas arderem instantaneamente, que pergunta era aquela?

- O-o quê?! Não! Longe disso!

O homem arqueou uma sobrancelha.

- Mesmo?

Sakura estava incrédula. Ele estava duvidando dela? E ele realmente achava que ela e Sasuke tinham algo?

- O que diabos fez você pensar isso?

- Quando saímos do escritório do Kazekage, quando ele me viu com você poderia ter me matado com o olhar.

Literalmente. Pensou a rosada.

Sakura ficou imaginando a cena. Por que o Uchiha havia feito isso? Pensou que Sakura cairia de encantos por Hayeto? O que pensando bem, não seria tão difícil.

O jovem era alto e forte. Cabelos castanho-claros presos em rabo de cavalo médio, a bandana da areia cobria parte de seu rosto deixando a mostra seus olhos de tom dourado. Maxilar marcado, assim como as clavículas que ficavam a mostra. Realmente um homem belo. Mas Sakura não sentia qualquer atração por ele, afinal nem o conhecia. Mas, se ela sentisse, o que Sasuke tem haver com isso?

Hayeto percebeu o olhar confuso da rosada.

- Para ele ter me olhado daquele jeito, ou vocês tem, ou já tiveram algo.

- Ter tentado matar um ao outro significa ter algo para você? - Sakura disse firmando a voz. - Você com certeza já ouviu falar sobre Uchiha Sasuke, o ex-nukenin que traiu a aldeia da folha, que se juntou a Orochimaru, depois a Akatsuki e que matou o irmão. Nesse tempo todo, eu e Naruto corremos atrás dele, tentamos trazê-lo de volta, e em todas as vezes ele não hesitou em tentar tirar nossas vidas. Esse homem partiu meu coração quando eu era apenas uma garotinha, e foi juntando os caquinhos que me tornei a mulher que sou hoje. Eu até sinto um pouco de gratidão pelo Sasuke, se ele não tivesse me machucado tanto fisicamente e emocionalmente, eu ainda seria a Sakura de 13 anos que chorava por tudo e era um fardo aos seus companheiros de equipe. Hoje, tudo que eu quero é seguir com a minha vida, eu realmente não queria que o Uchiha estivesse na minha equipe, mas esse obstáculo eu passarei de cabeça erguida. E ter qualquer tipo de relação com ele é algo fora de cogitação.

Hayeto ficou pasmo com a seriedade e ressentimento na fala de Haruno, temia se opor a ela. Isso fez com que o laboratório fosse dominado pelo silêncio.

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