XXXIII - Sakura: Monotonia

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Era o último dia de internação, logo Kakashi receberia alta e ele e Sakura poderiam ir para casa. Quando os ponteiros do relógio marcavam quase meio dia, a rosada que estava em seu intervalo foi ao refeitório e preparou o almoço de Kakashi, um prato balanceado de fibras e proteínas.

Bateu na porta do quarto e entrou em seguida com a bandeja nas mãos.

- Ohayo Kakashi-kun. - Disse cumprimentando o homem sentado na maca. Sentou ao seu lado pondo a bandeja no colo do platinado.

- Ohayo. - suspirou - Não sabe a falta que a sua comida me faz. Não aguento mais comer isso aqui. - Disse cutucando uma vagem com o garfo.

Sakura riu anasalada, contornou a maca e pôs-se a ler o prontuário deixado ali pelo médico responsável pelo tratamento de Kakashi.

- Ora, não reclame! Muitos dos nossos pacientes ficam internados por meses e agradecem pela comida! - Brandou. - Além do mais, hoje recebe alta e à noite poderá comer meu famoso salmão assado. - Disse pondo o prontuário de volta onde havia pego e sentando novamente ao lado do Hatake que ajeitava a máscara após ter terminado de comer. - Eu ainda não entendo o motivo de você usar isso. - disse apontando para o tecido negro que cobria a boca do homem.

- Acho que nunca te contei não é? - Kakashi perguntou e a rosada negou. - Quando eu era pequeno, durante um treinamento no meu clã, eu fracassei e queimei boa parte do rosto. Nada muito grave mas que levaria um tempo a cicatrizar. Eu era muito orgulhoso, e minha ganância não deixaria os outros verem as marcas do meu fracasso. Então, a máscara me pareceu uma boa opção. Depois de um tempo não havia nenhum ferimento no meu rosto, mas continuei usando-a por uma questão de aparência. - Disse coçando a nuca durante a última parte.

- Acho uma besteira. Imagino as outras mulheres que já viram o que essa máscara esconde. Com certeza todas se derreteram, que nem eu. - Sakura disse em um tom levemente cômico.

- Acredite, você foi a única que viu em uma situação íntima.

- Ah, me engana que eu gosto Hatake. - Sakura disse em um tom brincalhão. - Até parece que é santo. Só falta dizer que perdeu a virgindade comigo. - Ironizou recolhendo a bandeja do colo de Kakashi. - Todos sabemos que Icha-Icha não é poesia renascentista.

- Está ácida hoje hein? - Perguntou um tanto surpreso pelo tom usado por Sakura.

A rosada riu fraco antes de depositar um selinho na bochecha do homem.

- Meu intervalo já vai acabar, te vejo em casa. - Disse antes de sair da sala.

Virou o corpo e usou os cotovelos para abrir a porta já que as mãos carregavam a bandeja com a louça suja. Quando saiu no corredor, acabou esbarrando com a bela kunoichi de orbes vermelhas.

- Gomen-nasai! - A rosada pediu ao chocar seu corpo com o da mulher, porém suavizou a expressão ao reconhecê-la. - Kurenai-sensei! O que faz aqui?

- Yo, Sakura. - A mais velha a cumprimentou em um tom alegre. - Eu e minha equipe retornamos de uma missão no país do vento. Kiba e Hinata ficaram com alguns ferimentos e eu Sai e Shino viemos acompanhá-los.

Sakura havia esquecido totalmente da missão que Kakashi lhe havia dito. A equipe de Kurenai juntamente com Sai foi ao país do vento afim de conseguir informações com o líder de lá, já que o mesmo tinha dito conhecer a organização nukenin que lhes causou tantos problemas.

- Pensei que a missão fosse para conseguir informações... Enfrentaram algum inimigo? - Sakura questionou.

- Ah não, não. - Kurenai riu levemente. - Enquanto montávamos o acampamento fui com Sai e Shino buscar lenha e peixes enquanto Hinata e Kiba montavam as barracas. Quando voltamos, os encontramos em uma situação um tanto "íntima" - disse rindo levemente - eles se assustaram e ambos caíram sobre alguns pedregulhos.

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