Cap: 2 - "Não é da sua conta"(revisado)

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Quando abro os olhos fico assustada

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Quando abro os olhos fico assustada. Me deparo com um homem pardo, olhos esverdeados, alto, braço fortes, ombros largos, lindo, o rosto simétricamente desenhado, porém extremamente estúpido e grosseiro. Seu olhar me atinge como uma tonelada de tijolos, fazendo meus joelhos se transformarem em gelatinas, eu conseguia sentir o cheiro de ódio exalando pelos seus poros.

- Me solta! - Grito no impulso - Quem você pensa que é para entrar assim na minha casa seu estúpido? - o enfrento olhando em seus olhos, me debatendo e  soltando de suas mãos.

- Haha - ele sorri sarcástico - Não que eu te deva alguma satisfação, oh retardada, mas sou Guero o dono dessa porra. E quem seria estúpida o suficiente, de está dentro da minha quebrada e não saber quem sou eu? - me olhando com muita raiva enquanto aperta a mão em forma de punho, meu corpo eu sabia que estava ali frente a frente com ele, já minha alma tinha vazado a muito tempo.

- Não é da sua conta! Mas eu sou Alice, a nova professora- cruzo os braços, e de nariz empinado o encaro torcendo para não levar um soco no nariz - Você pode até achar que é dono de tudo, mais não é meu dono, e eu não lhe devo mais nenhuma satisfação, agora sai daqui por favor- me tremo toda, suando frio, eu sabia que tinha que me mostrar forte, ao contrário ele nunca ia me respeitar.

Na hora eu percebi que aquela pessoa na minha frente se tratava de um traficante, como já tinha visto na Tv, eu sabia que para ele me matar era fichinha, então comecei a rezar a todos os santos para me proteger, e acho que foi isso que me deixou tomada por uma coragem que não sabia de onde vinha.

- Não me irrite burguesinha , abaixa esse tom de voz comigo ou eu quebro todinha essa sua carinha linda - ele aproxima falando entre os dentes, Guero coloca a mão enorme no meu ombro me apertando contra a parede gélida da sala.

Mesmo com medo e apavorada, eu não pude deixar de notar que o cheiro da sua loção pós barba era maravilhoso, seu perfume era uma mistura de bebida, cigarro, e um aroma amadeirado delicioso.
Seus braços eram tão fortes que mais parecia esculpidos de tão definidos, se fosse em outra situação eu estaria completamente atraída por ele, mas não, a situação era bem tensa mesmo.

- Da próxima vez que falar assim comigo - ele aproxima a boca próximo ao meu ouvido, me enviando arrepios pelo corpo todo - vou te colocar a sete palmos do chão piranha. Você não e melhor do que ninguém daqui, e assim como eles vai ter que me respeitar se tiver um pingo de juízo nessa sua cabeçinha oca.

Fico totalmente sem reação diante daquilo tudo, aquele homem era tão frio, tão ameaçador e ao mesmo tempo tão intrigante. Guero me soltou logo depois de esmurrar a parede nas minhas costas, afastou me olhou uma última vez e se foi.

Deslizando pela parede cai no chão, logo depois de respirar profundamente, me levantei e fui até a cozinha tomar um copo de água fria para me recompor daquele choque, afinal não e todo dia que um traficante invade sua casa querendo te matar.
Respirei bem fundo e corri para fechar a porta, pois tinha medo que ele decidisse voltar para terminar o serviço.

Minha obsessão (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora