CAP. 43 Resgate

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Sugestão: leiam o CAP. ouvindo essa musica maravilhosa.

 ouvindo essa musica maravilhosa

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Alice narrando:

Acordo com coceira por todo meu corpo, ouço vozes alteradas, que vem do outro lado da porta. Olho ao redor e o que vejo ver me apavora. As paredes do quarto não eram rebocadas, um pano velho e encardido tapava a janela de vidro que por fora tinha grades de ferro. Uma quantidade absurda de lixos e roupas velhas estava no canto daquele muquifo. No chão havia restos de comida espalhados, algumas baratas e formigas andavam se deliciando naquela podridão.

Levanto em um movimento rápido do coxão imundo e rasgado, me aproximo a passos lentos da porta, para ver se consigo ouvir o que as vozes diziam. Ao me aproximar percebo que as vozes que eu ouvia era de Carine e um homem que não conseguia decifrar.

"– Vou matar essa cadela e jogar essa criança no esgoto, você me ajudando ou não.

- Se você fizer isso aqui na quebrada o Guero te mata Carine – A voz masculina retrucava.

- Não vai não, ele me ama, quando essa puta e essa criança maldita saírem do meu caminho, ele vai voltar a me amar, tá ligado. Você será muito bem recompensado quando eu for a primeira dama do morro, se tu me ajudar".

Ao ouvir o que Carine planejava, senti minhas pernas falharem, comecei a suar frio, eu não conseguia acreditar em tamanha maldade, que aquela mulher planejava fazer comigo e minha filha.

Estava apavorada, senti vontade de gritar por ajuda, mas eu não podia fazer tal coisa, eu precisava ganhar tempo, para Guero me achar, se Carine percebesse que eu estava acordado ela me atacaria com certeza.

"Meu Deus, Guero, por favor amor, nos socorra. Eu sei que vai nos achar, sei que vai". eu repetia como um mantra.

Sinto uma dor forte na barriga, levo minhas mãos acariciando, sinto minha respiração quase parando, minhas vistas ficam turva e de repente sou engolida por uma escuridão densa e não consigo ver mais nada.

Me desperto nos braços de Guero, ele me dava tapas leves no rosto, enquanto dizia "Alice, acorda, fica comigo", meus olhos estavam pesados, eu ouvia sua voz como estivesse a quilômetros de distância.

— Meu bebê – Digo em voz baixa, finalmente me desperto.

— Está bem, está onde deve estar – Guero acaricia minha barriga. Eu respiro aliviada.

— Guero, a Carine – Engulo seco, ao lembrar de tudo o que ouvir ela dizer.

— Ela não vai mais te fazer mal Alice, nem para você, nem para nossa filha – Ele diz, enquanto me olha nos olhos – Levanta, vamos sair daqui?

Me levanto dentre os braços de Guero, caminhando a passos lentos para fora daquele lugar, segurando firme a sua mão.

O local estava repleto de curiosos por fora, que quando viam a movimentação de Guero e seus homens vieram olhar. Carine e o homem não estavam mais o local, em meu pensamento eu me perguntava, o que teria acontecido, nesse tempo que eu estava apagada.

Guero abre a porta do carro em silencio, eu entro me acomodando no banco do passageiro, em seguida ele também entra, e com os olhos vidrados na rua começa a dirigir.

Eu estava em choque, mas no fundo respirava aliviada por tudo aquilo ter finalmente acabado. Olho para Guero, ele está sério e concentrado na estrada.

— Guero como me encontrou?

— Um dos moradores estava passando, viu uma movimentação estranha no barraco, que estava abandonado e avisou Jonas — Ele responde seco.

— E Carine? E homem – Pergunto curiosa, olhando em sua direção.

— O que tem eles Alice? — Ele suspira.

— O que você vai fazer com eles?

— Isso é problema meu marrenta, não quero que se meta – Ele e grosso e firme em suas palavras.

— Guero eu pensei que você nunca nos acharia, tive tanto medo – Digo com os olhos lacrimejando – Carine e uma pessoa desequilibrada, doente, mas não mate ela.

— Alice você não entende? – Ele para o carro se virando para mim – Ela ia matar vocês. Eu jamais vou permitir que Carine fique viva e coloque você ou nossa filha em risco novamente. Você Alice, e a nossa filha é claro, se tornaram as pessoas mais importantes da minha vida.
Ela vai pagar por colocar vocês em risco. E me admira você, me pedir para poupar a vida dela – Ele olha sem entender, e logo depois volta a dirigir.

— Interna ela em uma clínica, mas não a mate – Guero sorri ironicamente ao som de minhas palavras.

— Vou te deixar na casa de sua amiga Jojo, mas tarde passo para te pegar.

— Onde você vai? – Pergunto, imaginando para onde seja.

— Resolver meus assuntos – Ele responde sério – Podemos ficar em silencio agora Alice?

Eu não respondo nada, engulo seco. Meu coração estava aflito, eu pressentia que algo de muito ruim ia acontecer com Carine. Ela fez o que fez comigo, porque é uma pessoa doente, precisa de tratamento, não desejo a morte dela ou de qualquer ser humano.

"Onde você foi se meter Alice"

Minutos depois Guero me deixa em frente à casa de Jojo e sai cantando pneus com seu carro. Viemos durante o resto do percurso todo em silencio, Guero nem me olhava, estava tenso, e pelo jeito que ele estava focando a estrada, planejava algo com certeza.

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Amores desculpe a demora para postar os CAP. eu ainda estou na correria com trabalhos da facul, provas e etc... kk

Espero que gostem do capitulo.

Já estamos na reta final do livro,  tem muita coisa boa vindo por ai, aguardem.

beijos lindezas.

Minha obsessão (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora