GUERO narrando:
Deixei o quarto de Alice e fui até a cozinha, minha madrinha estava à beira do fogão, como sempre.
Pelo aroma que tomava conta do local, percebi que ela estava preparando um espaguete à bolonhesa.
Me aproximei da mesa de madeira que ficava no centro na enorme cozinha e puxei uma cadeira, me sentando na mesma para observar ela preparar a comida. Eu sempre gostei de vê-la cozinhando, isso me trazia uma espécie de paz.
Uma semana se passou desde que trouxe Alice para cá. Ela se fechava muito, o que tornava cada dia mais difícil de me aproximar dela.
Eu entrava no quarto apenas para levar suas refeição. E a cada vez que ela me ignorava meu desejo aumentava ainda mais.
Alguns dias Alice acordava de pá virada, me chingando querendo fugir. Mas passar por mim para sair pela porta era impossível para ela.
Outros dias parecia que ela tentava me seduzir, e eu me aproveitava disso as vezes, entrava em seus joguinhos, mas assim que a coisa esquentava entre nós ela fugia.
Admito que era divertido esse joguinho, isso me fazia esquecer do tédio de está foragido e trancafiado nessa casa enorme.
Percebi que madrinha e Alice estava cada vez mais próximas, e eu tinha medo dessa aproximação, pois se a dona Dita resolvesse ajudar ela fugir eu estaria perdido. Eu jamais poderia fazer nada contra a mulher que me criou, a única mãe que conheci de verdade.
Então o que eu fiz, tentei arrancar informações da madrinha, sobre Alice.
- Madrinha, aquele dia lá no quarto, que surpreendi a senhora e a Alice conversando. Posso saber o que você e Alice do que falavam? - Pergunto me sentando na mesa da cozinha olhando fixo para ela, enquanto eu a observava cozinhando.
- Deixa de ser curioso menino - Disse ela. Sorriu e se virando e jogou um guardanapo de pano em mim.
- A senhora sabe que curiosidade e o meu sobrenome né? Vai madrinha, diz? Estou entediado aqui, foragido da polícia que está no morro faz dias.
- Aí meu filho, tenho tanto medo por você - Disse ela se aproximando puxando uma cadeira se sentando próximo a mim com os olhos submerso em lagrimas - Isso não é vida meu filho, olha o que aconteceu com seu pai Rogher, não siga os passos dele meu menino.
—Madrinha já falamos sobre isso, vamos mudar de assunto? — limpo as lágrimas que insistem em cair do seu rosto abatido.
- Como quiser menino - Ela me lança um olhar triste, em seguida acarinha meu rosto. Eu sabia que ela não aprovava minhas escolhas, mas eu não ia abandonar a responsabilidade do que meu pai deixou em minhas mãos. Eu jamais seria um covarde.
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Minha obsessão (Concluído)
RomanceEle é o Dono do Morro! Guero e o tipo de homem que não se deve enfrentar. Autoritário e controlador, ele sempre teve tudo e todos ao seus pés. Seja por medo, respeito ou gratidão. Sua reputação de playboy valentão é colocada à prova quando uma nov...