ALICE narrando :
Era 5: 30 da manhã, e eu estava agradecida ao universo por Guero não ter aparecido em meu quarto, eu não ia aguentar outra discussão.
Me levantei da cama para escovar os dentes, senti uma tontura que me fez sentar rapidamente na cama, acho que e era fraqueza, talvez por não estar me alimentando como devia.
Ontem eu estava com a cabeça tão cheia, que nem havia percebido que tinha ficado sem comer o dia todo. E mesmo que tivessem me trazido comida, estava tão enojada que me recusaria a comer.
Imaginei que ficar sem comida, aquilo só podia ter sido coisa do Guero, na cabeça louca dele, ele estava me castigando pelo o tapa que lhe dei, esse homem é terrível.
Calmamente me levantei da cama, e a passos lentos fui até o banheiro (que ficava no meu quarto), liguei o chuveiro, tirei minhas roupas coloquei no sexto, entrei debaixo daquela água quentinha e relaxante. Aquilo parecia ter me tirado o peso do mundo das minhas costas.
Terminei o banho escovei os dentes e fui caminhando secando os cabelos até o guarda roupas para me vestir.
Coloquei um vestido branco que me pareceu muito confortável, ele ficava um pouquinho largo em mim, não sei de quem era, mas por enquanto estava servindo.
Fui até a cama e me sentei de frente para janela, observando os primeiros raios de sol que adentrava no quarto através da fina cortina branca.
Meu momento de paz foi interrompido por um barulho que vinha da porta. Me virei rapidamente na cama e fiquei encarando a porta fixamente, com medo, meu coração disparou quando avistei Guero com uma bandeja nas mãos.
- Olha a dondoca tá acordada - disse ele com ironia colocando meu café da manhã no criado - E está cheirosa. Tudo isso para me receber amor?
- Me deixa em paz seu imbecil, estou com nojo de olhar para essa sua cara de canalha - disse, me levantando da cama e mantendo distância.
Guero respirou fundo, fechou os punhos e me olhou nos olhos com muita raiva. Eu me tremi toda, a única coisa que nos separava era a minha cama que estava entre nós.
- Um dia sem comer não foi o suficiente Alice - disse ele aos gritos.
Me assustei e fiquei imóvel, ele veio até mim e segurou meus braços apertando fortemente, não o suficiente para me machucar, mas para me deixar com muito medo.
- Seu atrevimento pode te custar a vida garota estúpida, sou capaz de te matar sem pensar duas vezes - disse ele cheirando disfarçadamente meu pescoço.
- Porquê não me mata de uma vez logo? O que está esperando hem? Na verdade você já me matou, no momento em que me enganou, humilhou e cuspiu as malditas palavras de deboche na minha cara. Ah Guero, você só não percebeu ainda - eu disse aos berros, colocando toda minha indignação no meu tom de voz, porque já estava farta de tudo, e de sentir medo, de me sentir insegura e de me sentir lixo.
Guero pela primeira vez me olhou assustado, soltou os meus braços, virou as costas e foi caminhando em direção a porta aparentemente pálido. Depois daquele desperdício de energia, minhas visitas escureceu e não enxerguei mais nada.
Acordei na minha cama com Guero sentado ao meu lado segurando minha mão com a cabeça baixa, pensativo.
- O que aconteceu, porque você ainda está aqui? - eu disse baixinho, fazendo Guero assustar e soltar minha mão rapidamente.
- Você desmaiou. Estou de saída toma seu café, mas tarde Maria vem te ver - ele disse sério se levantando e indo embora. Se eu não o conhecesse, acreditaria que realmente ele estava preocupado comigo.
Me sentei calmamente na cama, peguei uma xícara de chá que estava na bandeja e comecei a tomar devagar, sentindo o liquido quente suavizar toda minha garganta.
Enquanto tomava meu chá fiquei pensando na atitude de Guero depois que desmaiei. Por que será que mais uma vez ele estava tentando me enganar, parecendo fingindo estar preocupado comigo?
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Minha obsessão (Concluído)
RomanceEle é o Dono do Morro! Guero e o tipo de homem que não se deve enfrentar. Autoritário e controlador, ele sempre teve tudo e todos ao seus pés. Seja por medo, respeito ou gratidão. Sua reputação de playboy valentão é colocada à prova quando uma nov...