CAP. 47 A verdadeira face

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Guero narrando:

A cada som da voz de Carine minha  raiva só aumenta, a medida que eu me aproximava dela seus gritos de desespero ecoa pelo galpão.

— Eu devia matar você Carine, mas matar é muito pouco, quero ver você sofrer, e o que eu vou fazer contigo agora servira de exemplo para todos aqueles que ousar me desafiar - seguro a faca firmemente em uma das mãos e com a outra agarrou seus cabelos.

— Precisa de ajuda aí chefe - Jonas pergunta vindo em minha direção.

— Está tranquilo dessa vagaba eu cuido sozinho - pressiono a faca em sua testa e uma gota de sangue escorre - Você nunca mais verá a luz do dia vagabunda.

— Guero não por favor - ela implora desesperada enquanto mija nas próprias vestimentas.

As lágrimas de Carine não me comovem, e em um golpe certeiro eu perfuro seu olho direito enquanto ela urra de dor. O sorriso no rosto de meu homem de confiança indica que estou fazendo o certo, desfiro outro golpe em seu olho esquerdo e o serviço está completo.

O cheiro de sangue e urina tomam conta do lugar, Jonas se aproxima com uma toalha branca nas mãos, próxima a  Carine enquanto me afasto e limpa seu rosto.

— Agora chamar o doutor para cuidar dessa piranha, manda ele arrumar a papelada e mandar essa vadia pra um hospital psiquiátrico.

— Mas chefe será que vão aceitar?- Jonas questiona.

— Te vira mais ele, isso é uma ordem e não um pedido, se ele quiser viver acho melhor da um jeito e fazer o que mando.

Limpo minhas mãos cheias de sangue em um pano velho que estava em por cima de umas caixas empilhadas e caminho em direção ao grupo de soldados do morro.

— É o seguinte rapaziada, não quero ninguém por aí rastando papo do que aconteceu aqui, para todos os efeitos Carine levou um corretivo e foi expulsa da favela.

— Sim Sr chefia - todos respondem.

Saio do galpão e vou ao encontro de Alice, já estou prepara para o monte de perguntas que ela vai me fazer.

Paro em frente a casa de amiga da Alice e dou uma buzinada na tentativa de fazê-la sair logo da casa, mas como e de costume ela demora um pouco a sair. A fome e o stress aumenta, já era 17hrs  e nem a marrenta e nem eu tiamos comido.

Assim que Alice entrou no carro tivemos um breve bate boca que logo sessou e começo a dirigir.

— Alice vamos para o sítio minha madrinha está querendo te ver, o que acha?

— Guero prefiro ir para casa se não se importar - ela responde desanimada com semblante preocupado.

— Poha marrenta faz isso pela madrinha, aquela casa lá também e sua agora - insisto.

— Tudo bem, mas preciso ligar para meus pais antes, não quero contar nada do que aconteceu, mas também não posso deixá-los preocupados - Entrego meu celular para Alice e ela faz sua ligação enquanto estamos a caminho do sítio.

"Nossa noite será maravilhosa Alice, vamos esquecer de tudo o que aconteceu, só eu e você"

Minha obsessão (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora