Ele é o Dono do Morro!
Guero e o tipo de homem que não se deve enfrentar.
Autoritário e controlador, ele sempre teve tudo e todos ao seus pés. Seja por medo, respeito ou gratidão.
Sua reputação de playboy valentão é colocada à prova quando uma nov...
Chegando na casa da Alice, antes de eu entra, liguei pra Jonas trazer o carro, avisei para ele que eu ia deixar o celular dela na casa, afinal era essencial manter contato com os pais de Alice para que eles não mandar a polícia atrás da vadia.
Dei a ordem para ele entregar o celular para Rita, que se passaria por ela, falando com a família burguesa, já está tudo planejado.
Eu já estava me preparando para arrombar a porta, quando a safada abre, pelo jeito estava indo embora. Ao ver aquela cena senti um ódio grande, eu quis socar Alice, mas me controlei. Não quero ser o tipo que bate em mulher.
Mas agora ela vai aprender de uma vez por todas quem manda nessa favela. Fechei meus punhos e fui para cima dela. O objetivo era e intimida-la, então vi em seu rosto o medo que a princesinha estava sentindo de mim. Recuei um pouco perturbado, a sua submissão, seu medo me excitava, eu estava em uma mistura de desejo e ódio naquele instante.
Ela tentou argumentar sua saída comigo, mas não dei ouvidos, eu ia domesticar essa mulherzinha a qualquer custo.
Arrastei ela para dentro do carro e coloquei um saco preto em sua cabeça, afinal, Alice não podia ver o local do meu esconderijo, se nem a polícia achou até hoje, não ia ser ela quem ia saber.
Chegando no meu sítio, desci do carro e pedi para Dita abri o portão, Dita é minha madrinha, eu a considero como mãe, ela quem cuidou de mim praticamente a vida toda, e até agora ainda cuida.
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Assim que entramos no local, arrastei Alice para fora do carro, a levei para um dos cômodos da casa e atraquei no quarto.
- Madrinha - Eu digo entrando na cozinha onde minha madrinha Dita estava - Trouxe essa vagaba aí, deixa ela trancada - Me aproximo dela e beijo sua testa - Mais tarde leva alguma coisa para ela comer e depois tranca de novo.
- Meu filho quem é essa moça? Ela não é da favela não é mesmo? - me olha desconfiada enquanto meche uma panela a margem do fogão. Madrinha tinha uma espécie de poder, ela conseguia me ver por dentro, como ninguém.
- Desculpe madrinha, mas isso é problema meu. Só faça o que eu te pedi por favor, se ela está aí, é porque merece - Me afasto indo em direção a saída.
- Cuidado meu filho, para não se meter mais em confusão - Ela chama minha atenção - Se essa moça escapar te trará muitos problemas.
- Pode deixar madrinha, não se preocupe com nada, reforcei a segurança lá fora. Deixei Rita na favela com o celular de Alice se passando por ela para trocar mensagens com seus pais. Para eles não percebam o sumiço da princesinha, e mandei soltar os cachorros aqui no sitio. Alice não vai fugir pra lugar algum -Dou as costas para ela e vou embora, voltando pro morro para resolver uns assuntos pendentes.
Dita narrando:
Meu menino está perturbado, posso está enganada, mas ele deve está tendo algum tipo de sentimento por essa jovem e não quer admitir. Para trazer ela no esconderijo dele, alguma coisa tem. Isso me preocupa, pois é uma coisa tóxica.
Se isso for verdade ele vai causar muitas infelicidades a essa moça, e a ele mesmo também.
"O minha santa Luzia, me ilumine, abra os olhos do meu menino e o tira dessa vida, ajuda ele enxergar as coisas boas da existência. Ele é um menino bom, só está corrompido pelo maldito caminho do tráfico. Minha santinha, vós sabes que eu tentei, tentei passar seus ensinamentos, mas a tentação o cercava sempre. Me ajude a libertar meu menino e destruir esse maldito legado".
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Rezei para a santinha, pois sabia que aquilo estava errado, a história estava se repetindo e eu estava de mãos atadas, agora ele era um homem que fazia suas próprias escolhas. Parada a beira do fogão, me veio uma luz, meu plano poderia não dar certo, mas eu ia tentar. Preparei um lanche e fui levar para a mocinha Alice.
