Cap: 34 O pesadelo II

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Alice narrado:

Aquela conversa toda me deixou enjoada e abatida. Sim, aquilo realmente  estava acontecendo. E eu não podia acreditar. O tanto que me esforcei  para evitar esse dia. Agora estou presa para sempre nesse lupo infernal.

Sem dizer uma palavra e quase a ponto de explodir, pego a minha bolsa e me levanto saindo o mais rápido que consigo dali. Chego no estacionamento, sem olhar para trás, procuro as chaves do carro na bolsa.  Logo minha mãe aparece atrás de mim.

Alice o que você tem filha?— ela me olha confusa. Encontro a chaves do carro na bolsa. Estou tremendo tanto que não consigo apertar o botão para abrir —  Você deveria estar feliz, o seu namorado, pai da sua filha retornou da viagem. — ela segura minhas mãos e pega as chaves —  Agora está aí, toda trêmula e nervosa. Você não disse que sentia falta dele? Agora Guero está aqui. E pelo jeito está querendo consertar as coisas entre vocês. O que está havendo com você filha? — ela pergunta — E a emoção, ou os hormônios da gravidez? Porque, quem tem saudades não age dessa maneira Alice.

—  Você não entende mesmo mãe. É tão complicado — ela me olha assustada. Abre o carro, eu entro me sentado no banco do passageiro, pois do jeito que eu estava, não tinha a menor possibilidade de dirigir.

Minha mãe e eu não trocamos uma palavra  desde que tudo aconteceu. Assim que cheguei em casa fui direto para o meu quarto, e tranquei a porta. Ali sozinha chorei horrores.

Eu sabia que agora mais do que nunca, Guero jamais me deixaria em paz. Talvez ele até usasse esse filho para me chantagear.

  O destino às vezes nos prega cada peça. Juro, eu não queria que minha filha conhecesse o pai, pois com certeza era muito melhor assim, ela estaria segura.
Nunca imaginei que Guero  pudesse ir a shopping, pois ele sempre dizia que não gostava desse tipo de lugar, que era só para os playba e os burguês. Mas adivinhem, ele foi.
Eu sabia que agora provavelmente minha vida estaria em completa desgraça.

Meu choro foi interrompido quando Lavínia começou a mecher na minha barriga. Era como se ela dissesse " vai ficar tudo bem mamãe",  sequei minhas lágrimas e pensei,  "tenho que ser forte por você minha pequena. Se o destino quis assim, que seja. Mas vou te proteger com minha vida.  Vamos ter regras para que seu pai possa te ver, eu não quero jamais você em risco".

  Vamos ter regras para que seu pai possa te ver, eu não quero jamais você em risco"

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19:05 horas:

Eu adormeci enquanto acariciava minha barriga, conversando com minha filha.  

Horas depois Acordei com alguém sentado ao meu lado na cama, e alisando carinhosamente minha barriga.

O que você está fazendo aqui no meu quarto? — eu pergunto assim que abro os olhos, bocejando— quem te deixou entrar aqui? — digo irritada pela invasão.

Minha obsessão (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora