Cap: 26 Desapego

16.6K 904 80
                                    

GUERO narrando:

" Alice vindo no meu quarto, o que será que aconteceu com essa garota? Ainda ajeitou meu travesseiro"

Fico confuso com a sua atitude..

Alguns minutos depois que Alice saiu, minha madrinha entra no quarto. Seu semblante e de tristeza. Sem dizer uma palavra ela se dirige até a poltrona ao lado da minha cama e se senta calmamente com seus olhos fixados em mim.

- Tudo bem com a senhora madrinha? - pergunto olhando em seus olhos.

- Não! Não está tudo bem menino - ela responde irritada e lágrimas surgem em seu olhos - o que precisa acontecer pra você sair dessa vida? Tá esperando oque hem meu filho?

- A não madrinha sermão não -  eu digo incomodado.

- SERMÃO SIM! - ela altera a voz.

- madrinha - olho assustado, seu semblante  é de puro nervosismo.

- Olha o seu estado meu filho, tá esperando acontecer contigo o que aconteceu com seu pai? - ela questiona e antes que eu pudesse responder continua - esse caminho que você está seguindo vai desgraçar sua vida.

- A senhora sabe que é minha responsabilidade cuidar do morro. Cuidar daquela gente que é esquecida por todos- eu resmungo me sentindo coagido.

- Cuidar? Guero você sequestrou uma menina inocente filho, é para que me diz? O que ela fez de errado?

- Alice não é santa não madrinha.

- Cala boca menino - me repreende - olha a que ponto você chegou. Está repetindo os mesmo passos que desgraçou a vida do seu pai. Sai desse caminho meu filho eu te imploro, pelo amor que diz sentir por mim - ela leva as mãos suavemente até meu rosto acariciado.

- Eu te amo madrinha, mas não me faça abandonar o legado do meu pai - eu digo sério - e como prova do amor que sinto pela senhora vou deixar a Alice ir. Satisfeita?

- Essa é a coisa certa a se fazer meu filho - ela beija minha festa - nossa conversa ainda não terminou, continuemos depois, agora vai dormir - passa as mãos entre meus cabelos e em seguida sai encostando à porta.

Eu me ajeito na cama sentindo um pouco de dor por conta dos ferimentos recentes, fico alguns minutos olhando para o teto perdido em meus pensamentos e logo adormeço.

Algumas semanas se passou, e a ideia  de soltar Alice, mexia comigo, de uma maneira ruim a qual não consigo explicar.

Eu já tinha adiado muito a liberdade dela, e já fazia dias que ela me evitava, mas hoje estava decidido a colocar um ponto final nisso. Pelo bem da minha saúde mental.

Me desperto com minha madrinha ligando a luz do quarto. O mesmo estava escuro por conta da cortina blecaute.

- Bom dia filho - ela diz com um sorriso no rosto - como amanheceu hoje?

- madrinha crlh - digo levando as mãos nos olhos e tampado a luz - vai me cegar com essa luz.

- Olha boca menino - me repreende com um sorriso angelical que só ela tem.

- Desculpe! Estou melhor madrinha - digo me sentando e apoiando as costas na cabeceira da cama.

- Trouxe seu café da manhã - ela coloca uma bandeja no meu colo com frutas, pão, suco e croissant, depois se afasta e me olha sorrindo. Hoje ela está especialmente alegre.

Minha obsessão (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora