GUERO narrando:
Depois que Alice saiu levando minha madrinha para o hospital, eu fui para sacada do meu quarto esfriar a cabeça que estava prestes a explodir.
Eu estava muito preocupado com a saúde da madrinha, ela sempre foi tão forte e saudável. Uma verdadeira fortaleza, mas percebi que desde que Alice chegou ela vive preocupada, não se alimenta mais como antes. E de certa forma isso era culpa minha, eu estava perdido já nem sabia mais como agir nessa situação.
Por um lado eu queria que madrinha voltasse a sorrir sem preocupações. Já por outro lado, eu precisava de Alice perto de mim.
De uma coisa eu tinha certeza, preciso ter o controle da situação novamente, na verdade eu tinha que ter o controle novamente.
Imaginei que Alice pudesse fugir após deixá-la no hospital. Isso com certeza arruinaria meus planos para ela. Mesmo após eu lhe dá um intimado, e tinha que bolar alguma coisa para ter certeza que ela voltaria.
Passaram algumas horas, eu ali sentado esperando por notícias de minha madrinha e nada, liguei várias vezes no celular de Alice e ela não atendia, um ódio gigantesco tomou conta de mim, não suportava a ideia de que Alice mais uma vez tivesse me desobedecendo, ou que poderia ter fugido, ido embora de vez.
Mas isso não ia ficar assim, vou dá um jeito de trazê-la de volta de qualquer maneira, eu vou ensinar a ela uma lição de uma vez por todas.
Peguei meu celular que estava no bolso da minha bermuda e liguei para Luana, minha irmã de criação, para avisar do estado de saúde de nossa mãe, pedir para que ela ficasse com a nossa Dita e entregasse meu recado a Alice, caso ela estivesse lá ainda. E assim Luana fez, ela sempre fechava comigo.
Me levanto nervoso, ando de um lado para o outro da sacada, bravo com Alice, comigo mesmo por ter sido tão idiota. Eu me vi em uma situação de completo desespero, que nem eu mesmo conseguia entender, minha vontade era de espancar aquela mina por me afrontar, ela já tinha que ter aprendido, que quem controla esse jogo sou eu.
Eu queria sentir o prazer de machucar Alice, mesmo que não fosse fisicamente, eu sentia necessidade de acabar com aquele olhar se superioridade que ela possuía e que me fazia se sentir inferior, que me humilhava dia após dia constantemente.
No leito de morte do meu pai, quando ele estava no asfalto dando seus últimos suspiros, jurei a ele que jamais deixaria uma mulher me humilhar. E era isso que Alice estava fazendo.
Estava nervoso debruçado sobre o corrimão da sacada, olhos fixos para o infinito céu azul, perdido em meus pensamentos, quando ouço meu celular tocar. A ligação era de Luana, mas que depressa atendo, ufa, notícias de nossa mãe.
Minha madrinha foi diagnosticada com anemia, o desmaio ocorreu devido à falta de ferro no sangue e sua pouca alimentação.
Tudo ia ficar bem, mas ela teria que ficar algum tempo internada para melhorar sua saúde fragilizada. Luana também disse que transmitiu meu recado a Alice, e ficou minutos no telefone buzinando na minha orelha, me dizendo o quanto achava Alice sem sal e blá...blá... blá... essas baboseiras que mulheres falam uma das outras.
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Minha obsessão (Concluído)
RomanceEle é o Dono do Morro! Guero e o tipo de homem que não se deve enfrentar. Autoritário e controlador, ele sempre teve tudo e todos ao seus pés. Seja por medo, respeito ou gratidão. Sua reputação de playboy valentão é colocada à prova quando uma nov...