Alice narrando:Fiquei parada em frente a porta do meu quarto. Pensei se ia ter lá ajudá-lo, a ideia de ficar cara a cara com ele me enchia de pavor e vergonha.
"Porquê não? O que ele pode fazer machucado daquele jeito" pensei suspirando e dando passos lentos até a porta do quarto de Guero.
- Madrinha é a senhora que está aí fora? - ele diz com a voz fraca gemendo de dor.
- Não é sua madrinha sou eu - digo abrindo a porta e entrando no quarto.
Eu que depois de tudo que aconteceu eu devia deixá-lo sofrer lá sozinho, mas ao invés disso, fui ao seu encontro para ajudá-lo.
- O que você está fazendo aqui Alice? Posso saber quem te soltou do quarto? - ele pergunta envergonhado. Tentando levantar da cama, mas logo cai gemendo de dor.
- Para de fazer esforço seu idiota - eu digo indo até ele e ajeitando seu travesseiro - você não baixa a guarda mesmo estando ferido? - pergunto revirando os olhos.
- Me deixa Alice, sai daqui - diz constrangido. Acredito que é por eu está lhe ajudando. O todo machão duram Guero agora estava precisando da ajuda de uma mulher.
- Guero vamos ser civilizados só uma vez? - eu peço sentando na poltrona ao lado da sua cama - porquê esse ódio todo de mim? O que eu te fiz de tão grave? - pergunto com os olhos cheio de lágrimas.
- Economize saliva Alice, essa conversa mole não me comove não. Eu sei que a sua vontade é de me ver morto, mas não vai acontecer - ele retruca virando o rosto para o lado oposto — Não dessa vez ao menos.
- Eu jamais desejaria a morte de alguém. Não fui educada para isso. tenho princípios sabia? E outra, minha vida depende de que você se recupere. Porque se depender de Jonas, ele me mata sem pensar duas vezes — respiro fundo soltando parte do que estava entalado na minha garganta.
goleiro me olha com os olhos arregalados como se quisesse me dizer alguma coisa, mas fica em silêncio.
— Não acredito que não exista nenhum pouco de humanidade em você Guero - levo as mãos no rosto na tentativa de que ele abaixe a guarda. ele segura minhas mãos como se fosse tirar os do seu rosto, mas não faz - Tô cansada disso já. Estou cansada de ficar presa nessa merda, estou cansada de você me tratando dessa forma. O que quer de mim? O preciso fazer para que você me liberte? Se sua intenção era me destruir por algo que te fiz, tá bom, você já conseguiu - eu digo alterando a voz — Me deixa ir, por favor — depois de despejar tudo aquilo de uma só vez, me levantando correndo em direção a porta, para não dar a ele o gosto de me ver chorando.
- Alice espera — ele diz antes que eu saia pela porta — você está livre do quarto, mas Alice se tentar fugir, você volta para aquele quarto e nunca mais saí de lá me entendeu?
- Eu deveria te agradecer por isso? Por você achar que manda na minha vida? - buffo. Olho ironicamente sobre os ombros, parada de costas em frente a porta.
- Não fode Alice! Eu ainda não posso deixar você ir. Não agora — ele diz baixinho.
- Por que não?- ele desvia o olhar e não responde — Você é um idiota sabia.
- Ah não enche burguesa - ele retruca, em seguida saio do quarto dele indo para o meu.
Não entendi exatamente o que aconteceu ali naquele quarto, se foi um desabafo ou outra sessão de tortura psicológica.
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Minha obsessão (Concluído)
RomanceEle é o Dono do Morro! Guero e o tipo de homem que não se deve enfrentar. Autoritário e controlador, ele sempre teve tudo e todos ao seus pés. Seja por medo, respeito ou gratidão. Sua reputação de playboy valentão é colocada à prova quando uma nov...