50. reencontro

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Alice narrando:

Assim que o dia amanheceu levantei delicadamente sobre os pés e sai de fininho para não acordar Guero que dormia um sono pesado.

Desci as escadas e dei de cara com homem Guero que fazia segurança no local, na cozinha, ele estava sentado na mesa tomando uma xícara de café.

- Bom dia! - eu digo caminhando até o armário pegando uma xícara para servir café - Será que você poderia fazer um favor para mim? - pergunto e ele me olha de lado, sistemático não diz uma palavra.

- Olha Dona não posso, só recebo ordens do Chef, a senhora pode pedir para ele e o que ele mandar eu farei caso contrário não farei favor algum foi mal aí.

- Entendi você morre de medo dele né - reviro os olhos e desisto de servir o café, eu Subo as escadas para pegar minhas coisas no quarto.

Eu tinha vindo para o sítio para encontrar dita, e já ela não estava eu ia embora cedo pois queria conversar com os meus pais sobre a decisão Guero e eu havíamos tomados de morarmos juntos.

Entro no quarto pego as minhas coisas com cuidado, para não acordar o brutamontes que dormia lindamente na cama, seus músculos definidos amostra, o abdômen sarado, braços que mais pareciam esculpidos de tão definido e fortes, um rosto com uma boca perfeita.

"Sim eu admito tenho queda por homens desse tipo"

Como eu poderia deixar uma um homem tão bonito e inteligente, que tem um futuro promissor, sozinho, no escuro e sem ninguém para guiá-lo.

Minha mãe dizia que pessoas do tipo de Guero não mudam, mas não acredito nisso, Guero só é assim por que nasceu em um lar desequilibrado, cheio de violência. Comigo e a nossa filha ao seu lado tenho certeza que posso ajudá-lo a tornar um homem melhor.

Vou até Guero e deposito um beijo suave em suas bochechas que dá uma leve tremidinha ao toque dos meus lábios, em seguida saio dali fechando a porta do quarto, e ao sair do de frente com Dita.

- Alice ! - ela me abraça eufórica e eu devolvo um abraço apertado - Que saudade minha menina, Quando Guero falou que você vinha ontem eu nem acreditei - nos desprendemos de nosso abraço - Você fez muita falta aqui menina foi Santa Luzia que te trouxe de volta rezei tanto quero te encontrar de novo - ela segura meu ombro me olhando firme.

- Também queria encontrar muito a senhora dona dita, aqui nessa casa senhora foi uma pessoa incrivel comigo, tenho um carinho muito especial pela vó da minha filha.

- Oh que coisa mais linda minha filha, você não sabe o quanto meu coração encheu de alegria quando meu menino falou que ia ser pai, é claro fiquei preocupado no início que você não quisesse ele por perto, do jeito que ele ficou feliz séria difícil aceitar um não de você - Dita coloca as mãos sobre minha barriga fazendo movimentos circulares.

- Sim Dona dita, na verdade não queria que ele nem soubesse dessa gravidez, mas eu tenho uma novidade maravilhosa para senhora.

- Diga de uma vez menina, o coração desta velha não aguenta tanta emoção.

- Guero vai deixar a favela Dona dita, ele me prometeu que a partir de hoje vai ser um pai de família como sempre sonhamos.

- Que bom Alice meu coração se alegra ouvir essas palavras - Dita não parecia feliz com a novidade, na verdade ela estava com um olhar preocupado.

- O que foi dita você não está feliz não era isso que queria, que Guero largasse a favela?

- É claro que estou Alice - ela me abraça com um sorriso no rosto- Estou muito feliz, agora vamos tomar um café da manhã reforçado você e essa garotinha precisa - Dita me abraça e juntas descemos até a cozinha.

As horas se passaram,
sentadas na mesa de madeira da enorme cozinha eu Dita colocamos as conversas em dias, contei a ela tudo que tinha me acontecido nesse tempo que estivemos afastada, contei também como descobrir a gravidez e como eu Guero nos reconciliamos.

- Alice você é uma menina de ouro, espero que meu filho saiba cuidar da Preciosidade que é você. Eu sei que não tenho direito de pedir nada, mas tenha paciência com ele, vai ser muito difícil meu menino deixar a favela, ele é muito apegado naquele lugar.

- Também pensei nisso Dona Dita, irei ajudá-lo e com o tempo ele nem vai lembrar mais daquele lugar - Digo me levantando e mordiscando Um Pedaço de Pão.

- Assim espero minha filha.

-Dona dita Será que a senhora por favor podia pedir para os homens de Guero me levar até em casa, preciso muito falar com os meus pais sobre a decisão que tomei. Pedi para um deles mas ele se negou a me levar sem as ordens de Guero, eu não quero acordá-lo talvez se a senhora pedir eles obedeçam.

E assim ela fez, os homens nem pensar em desafiar ela, eles a obedeceram sem contestar, parece que alguém também é respeitada aqui além de Guero.

Dita e eu nos despedimos, entrei no carro um Etios Sedan preto de vidro escuro e fui embora para casa com o homem.

No caminho todo o homem não disse uma palavra sequer, esteve mal-humorado o tempo inteiro que durou a viagem.

Ao chegar em frente a casa dos meus pais, desci do carro, entrei pela portaria, comprimentei o guarda e subir para o nosso apartamento.

Assim que entrei minha mãe veio toda eufórica me abraçando.

- Filha eu estava preocupada com você, já são 9 horas e nada de você ligar para mamãe, e como está a nossa menina? - ela pergunta preocupada, nesse exato momento meu pai também entra na sala.

- Bom dia filha porque não nos ligou hoje para dizer que estava tudo bem. Vimos na televisão que a favela que ontem você estava ontem teve troca de tiro entre bandidos e polícia, eu e sua mãe ficamos tão preocupados ligamos e não conseguia sinal para falar com você - ele deposita um beijo na minha testa respirando aliviado.

-Gente eu estou bem, vocês me mimam demais - sorrio - Não estávamos na favela ontem a noite, fomos para o sítio quando isso aconteceu? e eu nem estava sabendo disso.

Minha obsessão (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora