Chris.
Depois de alguns dias me sentindo fraco e sem magia, saio para correr e enquanto corria, eu pensava no que tinha acontecido, até que vejo Isabella e vou até ela.
— Não! - ela diz quando me aproximo — Eu não quero ouvir os seus papos de como você é maravilhoso ou como o seu cabelo está bem penteado... - Ela continua a falar e a interrompo:
— É coisa séria, Isabella! - digo num tom sério.
— Eu não quero ouvir, seja o que for, resolva sozinho! - continua andando.
— Não está se sentindo sem magia? As coisas que você tem feito parece que...
— Como se a magia estivesse sumindo de você? - ela complementa.
— Exatamente! Que merda é essa? - pergunto.
— Pra falar a verdade, eu não sei exatamente, mas sei quem pode saber! - pega o telefone, liga para alguém e escuto: "Ok, em 5 minutos no Withpub", desliga, sai andando e a sigo.
— O que está fazendo? - ela para de andar.
— Indo com você! - respondo.
— Mas eu não te chamei.
— Se estamos com problemas com magia, estamos todos em perigo, então eu vou, não por você, é por mim mesmo - continuei andando e ela foi emburrada até o With.
Chegamos lá e um homem estava a espera dela com uma mochila.
— O que ele está fazendo aqui? - pergunta esse cara para Isabella.
— Ignora ele, David - Responde Isabella.
— Nós já nos conhecemos não é mesmo? - peço um whisky e me sento a mesa — Foi você que ficou vigiando se eu ia beijar ela a última vez que vim aqui.
— Por que ele é importante mesmo? - pergunta David me encarando e eu rio.
— Tem como focarem um pouco? - Isabella diz irritada.
— Tá, mas o que está acontecendo? - pergunto.
— Nós fomos feitos através de magia, somos magia pura, certo? Esse feitiço que fez nossos pais terem filhos está meio que "vencendo a validade", está acabando e se acabar a gente morre! - Isabella explica séria.
— Certo, e o que temos que fazer? - pergunto.
— O David tem um livro que diz onde está o livro para achar o livro que está o feitiço para renovarmos.
— Que? - digo confuso.
— É confuso mesmo, mas temos que encontrar 2 livros! E esse livro vai nós levar até o feitiço. Cadê, David? - Isabella pergunta.
Ele meio contrariado tirou um livro de uma mochila e Isa começa a ler. Meu whisky chega e eu a observo com um leve sorriso.
— Isso está em Latim, não vamos conseguir ler nada. - Isabella diz tentando entender.
— Eu trouxe um dicionário latim - David tira um dicionário da mochila.
Peguei o livro da mão de Isabella rápido e começo a ler.
— Ei! Dá para esperar que vamos traduzir? - Isabella tenta pegar da minha mão mas eu desvio.
— Não precisa desse dicionário, eu falo latim, esqueceu que já viajei o mundo? - sorrio.
— Você deve ter dito quando eu estava 100% desinteressada na sua maravilhosa vida. - reviro os olhos e continuo a ler.
Leio algo que me lembra uma coisa do passado, fico paralisado por um tempo pensando e logo volto.
— Sei onde podemos procurar! - digo baseado no livro.
— Certo, onde? - pergunta David.
— Quando eu digo "Nós", isso não te inclui. E aí Isabella? Pronta para uma viagem? - Sorrio sarcástico.
— Ela não vai sem mim, não confio em você! - logo ele fecha o livro e põe dentro da mochila — Ou eu vou, ou cada um tenta encontrar esse livro sozinho.
— Ah, para! Você nem vai entender nada daí, quem fez esse livro foi os ancestrais da minha mãe! Se você traduzir, vai ler uma receita de como fazer bolo italiano. Não seja burro, vocês precisam de mim e, vai ser nos meus termos - sorrio e ele continua a reclamar quando Isabella interrompe.
— Eu vou - David a olha e ela retribui o olhar — Se ele realmente sabe, é a nossa única chance. Nós somos feitos de magia David, se a magia sumir a gente morre, não dá para arriscar.
— Você é sábia, hein! Te espero no carro. - quando estava saindo paro e olho — Ah, David, né? Nem tente nos seguir, nós bruxos somos ótimos em ilusão, se eu fosse você não arriscava pensar que está com sede de uns 100 vampiros, ainda mas porquê você é viciadinho, ops. - digo e sorrio.
— Como ele sabe que sou... - ele fica calado e olha Isabella.
— Estripador? Acredite, eu sei de muita coisa. - saio dali e vou para o carro.
Logo vejo Isa entrando com raiva e batendo a porta.
— Eeeeei, sabe quanto esse carro vale? Bilhões, é uma Ferrari feita exclusivamente para mim, e você bate a minha porta desse jeito?
— Eu não estou nem aí para seu carro, que se dane seu brinquedinho de ouro, dá para irmos logo? - ela diz sem nem olhar para minha cara.
— Foi uma péssima idéia te levar. - ligo o carro.
— Nem me fale, só de ter trocado um "oi" com você, já me arrependo.
Ignoro completamente a fala de Isabella. Dou a partida e começo a dirigir em direção à New Orleans. Logo começou a escurecer e parei em um hotel na estrada.
— Eu não vou dirigir a noite, amanhã cedo saímos. - digo desligando o carro.
— Sério que está pensando em dormir com o mundo desabando? - ela diz não acreditando.
— Uma noite maravilhosa, principalmente se passarmos acordados - sorrio malicioso.
— NÃO! Não mesmo! Quartos separados, o mais longe um do outro que puder.
Ela saiu do carro e foi pedir as chaves. Ela foi para o quarto ao lado onde eu ficaria.
Entediado no quarto depois de tomar um banho, fui até o quarto dela, fiz magia e destranco sua porta. A vi trocando de roupa no banheiro de porta meia aberta, começei a observar e quando sobe com a calça ela olha no espelho, nos olhamos por ele por alguns segundos, e então ela bate a porta com força. Ela acaba de trocar de roupa e sai.— Qual é a sua, hein? Agora vai ficar me espiando pelada? Arrombar minha porta? Você é sem noção assim mesmo? - diz me olhando séria.
— Para de tentar negar - falo enquanto vou caminhando até parede a pressionando — Desde que nós nos conhecemos rola uma química, e quanto mais você nega... mais é exitante. - Nós nos olhamos por um momento e logo ela me empurra.
— Vai para o seu quarto, vai! Me deixa em paz e para de falar fantasias da sua cabeça! Amanhã as 6:00AM já estou de pé. - suspiro alto.
— Brava você é ainda mais sexy - rio, ela joga uma almofada em mim, logo saio sorrindo e entro para o quarto.
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My Love Is In Mourning
VampirosFamília: Uma herança ou uma maldição? Inimigos, morte, sangue, um mundo místico... Será em a meio isso tudo existe amor? Redenção? Perdão? Justiça? As vezes, ou quase sempre, precisamos sacrificar o que mais amamos por uma causa maior. Vou lhe conta...