FAMÍLIA

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Christian.

Fui para meu quarto, tirei meu relógio e suspirei pensando em algumas coisas que eu estava desconfiado.
Fiquei deitado lendo alguns livros antigos e chatos que havia no quarto do meu pai. Bryan, meu pai, era um cara que desafiava os conceitos da família, fazia o que queria sem medo de ser julgado como "vergonha" do legado, nessa parte, posso dizer que puxei para o lado dele.

Enquanto eu estava lendo, sou interrompido por Sophie que entra no quarto.

- Amor, você viu aquelas velas que estavam aqui? - pergunta revirando algumas gavetas.

- Estão aqui. - jogo para ela. - Para que?

- Maggie me pediu. - segura.

- E por que Maggie precisaria de velas? - pergunto com uma sobrancelha arqueada.

- Essas coisas de bruxas, amor! Eu não sei, é coisa simples.

- Bruxaria simples que precisa de velas? - me levanto indo até ela.

- Eu confio nela, Chris. Fica tranquilo! - ela me beija.

- Cuidado com essa menina, não confio nela. - falo passando as mãos em seus cabelos.

- Por que? Ah, já sei, ela machucou a Isabella. - revira os olhos.

- Por que tudo você mete a Isabella no meio? - pergunto e sorrio - Ah, ciúmes! - sorrio e a Beijo.

- É, ciúmes mesmo, porque vocês dois mesmo brigando não sai de perto um do outro. Eu tenho um ódio.

- Você acha o que? Que eu saio encostando a Isabella na parede para beija-la? - rio, pois era exatamente o que eu fazia.

- Você não é nem doido! - ela sorri e me beija.

- Cuidado com essa Maggie, é sério! - digo e ela sai.

Fui até a janela para abrir e vejo Isabella sentada no banco do Jardim lá em baixo, finalmente sem o babaca do David, a observei por algum tempo e resolvi ir lá.

- O que está pensando? - pergunto me sentando ao seu lado.

- Não interessa. - responde e reviro os olhos.

- Não cansa de ser tão ignorante desse jeito? - a olho.

- Olha quem está falando de ignorância, né? - diz irônica.

- Ah, para vai! Estou de boa com você, nem te chamei de Bellinha - ela me olha brava e eu rio.

- O que você quer? - pergunta sem olhar na minha cara.

- Vim fazer as pazes. - respondo e ela ri. - O que foi? Não acredita que tenho um coração caridoso e bondoso?

- Não mesmo!

- Certa! Meu histórico não é muito bom - ela ri. - Não, mas agora é sério, quero te falar uma coisa.

- Diga! - ela me olha.

- Não vamos deixar qualquer tipo de sentimento que exista, nos afastar. Apesar de tudo, você é minha prima, minha família e para o que precisar eu estarei aqui, eu prometo! - a olho nos olhos - Porque família não é questão de sangue, mas de alma.

Ela me olhou nos olhos por vários segundos e sorriu.
Meu telefone toca.

- Desculpa, tenho uma namorada desesperada.

- Eu sei.

Atendi o telefone, falei com a Soph e logo voltei.

- Isa, eu tenho que ir, parece ser sério!

- Tudo bem. Fica tranquilo, se... - ela pensa por um segundo e completa - Se precisar de algo, é só me chamar.

- Pensa no que te falei, ok? - beijo sua testa e vou para casa.

Fui rápido e quando chego no quarto está Sophie com um sorriso largo.

- O que foi? - pergunto meio desconfiado.

- Estou grávida! - ela diz dando um pulo de felicidade.

- Sophie, nós somos vampiros - rio - E vampiros não procriam.

- Não, Chris! Eu estou mesmo! A Maggie fez o mesmo feitiço que a vó dela fez, só que só para gente. - ela diz me olhando.

Eu a encaro seriamente.

- Eu estou grávida, Chris! Vamos ter um filho!

Fiquei parado por um momento pensando no quão impossível e sem nexo era aquilo.

- Para de ser idiota, Sophie! Você é louca ou o que? - a olho bravo.

- Eu achei que você iria gostar, ok? Não dá para voltar atrás! Eu vou ter meu filho e não preciso de você para cria-lo! - ela diz de braços cruzados.

- ÓTIMO! - pego minha jaqueta - Eu não vou criar isso aí não. - ela me encara.

- Sério? Vai me deixar sozinha com essa criança? - ela diz se aproximando.

- VOCÊ NEM ME CONSULTOU, SOPHIE! VOCÊ ACHA O QUE? QUE ISSO AÍ É UMA RECEITA DE BOLO? - coloco a minha jaqueta e abro a porta.

- Chris.. - Ela se aproxima - Por favor, não vai embora.

- Sophie, para com isso! - Me afasto

— fiz por amor. - segura meu braço.

- Que amor? Nós acabamos de começar a namorar! - a empurro de leve para que ela pudesse se soltar de mim - Eu vou beber que eu ganho mais!

Eu realmente não estava acreditando no que havia acabado de acontecer. Andei por toda New Orleans e tudo me irritava, aquelas músicas de Jazz em meus ouvidos ecoavam como se tivessem martelando dentro. Caminhei perto de um campo e havia dois adolescente andando de mãos dadas e pareciam felizes. Os olhei fixamente e pude ouvir seus corações bombeado sangue e o sangue percorrendo em suas veias.

- O que foi? Perdeu alguma coisa? - pergunta o homem bravamente querendo mostrar sua valência à sua companheira e eu sorrio.

- Que bom que perguntou. - encosto os dois nas paredes em velocidade.

Os mordi e nunca me senti tão saciado com alguém. Os gritos deles pareciam uma linda melodia para os meus ouvidos. Vieram pessoas correndo para ver o que havia acontecido. Sai andando, limpando o canto da minha boca de sangue e os deixando pra trás, enquanto o povo parecia não acreditar no que havia acabado de acontecer.

- O QUE É, HEIN? ALGUÉM QUER SER O PRÓXIMO? - falo gritando, todos saem correndo e gargalho.

Enquanto eu voltava para a Mansão Schmütz, via as mensagens de Sophie chegando.

"Chris, desculpa! Eu sei que não deveria ter feito isso."

"Chris, me atende por favor."

Quando estava quase chegando, olhei para o lado e vi Isabella e David. Tive vontade de vomitar, não sei como ela gosta desse cara! Os encarei por alguns segundos e eles se beijaram.
Peguei meu telefone e liguei para Sophie.

- Chris, descu... - antes que ela pudesse terminar eu a interrompo.

- Me desculpa? Eu não deveria ter agido daquela forma. Querendo ou não, é uma criança. - ouço ela sorri pelo telefone. - Eu estou indo aí para te ver... desculpa mesmo.

Desliguei o telefone e o guardei em meu bolso. Olhei novamente para David e Isabella e fui ver Sophie.

My Love Is In MourningOnde histórias criam vida. Descubra agora