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Joe tinha a expressão surpresa. Foi bobo não ter esperado encontrar Bea em sua própria casa, então ele sorriu.
- Boa tarde, Beatrice.- falou.
Ela demorou alguns segundos, olhando para ele.
- E aí, cowboy?- Parecia mesmo entusiasmada.- Pode me chamar de Bea, nós já temos intimidade.
Ele engoliu em seco. Da maneira como Beatrice falou, tinha certeza que não conseguiria olhar para Peter.
Deu espaço para que a garota entrasse na sala mas manteve-se de costas para o pai dela.
Beatrice viu seu pai sentado na típica poltrona preta de couro. Ele provavelmente havia pensado em muitas coisas para falar naquele momento, mas apenas fechou os olhos, respirando fundo, e depois os abriu.
-A que devo a honra?- ironizou Peter, apontando para a mesa, indicando que estava trabalhando.
Beatrice reparou o outro na sala. Ele era um pouco mais baixo que Joe, mas claramente era cowboy como o mesmo. Ele denunciava em sua aparência.
A menina avaliou rapidamente a diferença entre os dois. Os cabelos negros do homem, os olhos em um castanho escuro. Ele tinha a pele mais clara e aparentava ser mais velho. Mesmo não sendo tão forte quanto Joe, sua roupa jeans e xadrez deixavam transparecer alguns músculos. Ela devia imaginar que o trabalho manual os obrigava a serem assim...fortes.
- Ah, esse é Jordan Hammar. Jordan, essa é a Beatrice.- e ele não precisaria explicar mais nada. Bea já entendeu que ele, assim como o outro, era um dos trabalhadores de confiança e Jordan soube que a palavra "Beatrice" acompanhada com o artigo "A" de "A própria" carregava muitos significados. Eles se cumprimentaram.
- Muito prazer.- disse o rapaz.
Beatrice, por algum motivo, observou que Joe não disse que foi um prazer conhecê-la. Aquilo a incomodou como uma pulga atrás da orelha, uma preocupação desnecessária.
- Seu irmão?- ela perguntou diretamente para Joe.
- Como sabe?- Ele tentou se lembrar de ter comentado seu sobrenome com ela. Não se recordava disso.
- Você disse que tinha um irmão. Eu só liguei uma coisa com outra. Tenho boa memória, viu?- ela sorriu, dando de ombros.- Desculpe atrapalhar, rapazes, mas pai...eu preciso sair.
Peter bufou.
- Se você tem boa memória, deve se lembrar do seu castigo. Você não vai sair.- ele foi firme.
- Pai, por favor...eu preciso. Só dessa vez.- ela percebeu que incontrolavelmente, bateu o pé no chão. Viu como esse ato parecia ridículo e então endireitou o corpo. Se perguntava se fazia esse tipo de "pirraça corporal" sempre que queria algo. Precisava se policiar.
- Explique. Rápido.- pediu Peter, impaciente.- Acho difícil que você me faça mudar de ideia.
- Preciso me encontrar com as meninas, tipo agora. Tem algo muito urgente acontecendo.
- Que meninas?
- As do ponto de ônibus pai. Você as conheceu, se lembra?
- Sim.- Peter pensou um pouco.- O que querem?
- Andrea, aquela que passou mal, disse que precisava falar com a gente.
- Onde?
- Na lanchonete perto do hospital mesmo.
Peter se demorou.
- Eu deixaria, filha. Elas parecem garotas legais, e foi com elas que você se mostrou alguém diferente, o que eu não esperava.- ele sorriu verdadeiramente- Mas não posso te levar, e seu irmão já saiu. Tenta marcar outro dia...
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Onde cê tá meu amor? [Concluída]
RomanceApartamento na cobertura mais alta e cara de Columbus, carros colecionáveis na garagem mesmo aos dezesseis anos e fama através do sucesso do pai, da mãe e do irmão. Mesmo assim, Beatrice Coleman não tem tudo que quer. Quando o destino a coloca frent...