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Na manhã de domingo de primeiro de Abril, os irmãos Coleman chegaram em casa devastados. Beatrice bateu a porta, e Judith saiu da cozinha, sorrindo ao vê-los.
- Pensei que ficariam mais tempo.- disse a mãe.
- Poderíamos, se não fosse a incompetência de Arthur.- Declarou a garota, e então Judith percebeu que as roupas e mochilas deles estavam húmidas.
O rapaz loiro, que subia as escadas, parou e fixou um olhar mortífero na irmã.
- Eu vou ter que repetir, Beatrice, que eu chequei mil vezes o tempo antes de irmos!- Ele gritou, e Judith se assustou com o tom. Mas Bea parecia despreocupada.- Essa chuva não deveria ter acontecido!
E ele subiu as escadas, depois, batendo a porta do quarto.
- Filha...- Judith tentou se aproximar.- Chuvas acontecem. Você foi acampar, era um risco.
- Chuvas acontecem, mãe. Mas não esperávamos por ela, principalmente estando a alguns metros de um lago! Fomos acordados no meio da noite e foi terrível ter que carregar as coisas no meio da lama, caindo toda hora, perdemos a nossa lanterna!- Ela coçou os olhos. Judith observou que a calça de sua filha estava rasgada nos joelhos.- Eu sou uma burra por sair do conforto da minha casa pra ir pra esse lugar!
- Sim, você é!- A voz de Arthur soou lá de cima. Beatrice se preparou para correr até lá, mas Judith a segurou, pedindo trégua.
- Quer comer alguma coisa?
A garota assentiu, e, seguindo a mãe, viu que a mesa do café ainda estava pronta.
- Onde está o papai?
A mulher demorou para responder. Ela terminou um suco de graviola.
- Não sei.
Bea olhou para todos os lados.
- Ele não está em casa? Mas hoje é domingo...- ela tentou comer.- Ele prometeu que não trabalharia tanto no domingo, que ficaria com a gente.
Judith colocou as mãos sobre a mesa.
- Não disse que ele estava trabalhando. Pode estar em qualquer lugar, com qualquer pessoa.
Beatrice não entendeu a suposição. Ela percebeu que não conseguiria comer.
- Minha garganta está doendo. Eu vou tomar um banho e deitar, não consegui dormir no carro. Mais tarde eu como.- E ela mandou um beijinho para Judith, subindo a escada.
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A mulher, sem perceber manifestações dos filhos depois de talvez uma hora e meia, decidiu conferir.
A porta de Arthur, assim como o coração dele para a mãe, estava trancada.
- Arthur?- Ela chamou.
Escutou uma tosse baixa, quase sufocada.
- O que foi? - Disse a voz dele, mal-humorada.
- Você está bem?
- Sim. Tchau.
E Judith sabia que não deveria insistir. Ela chamou por Beatrice mas não houve respostas, então ela abriu a porta.
O quarto estava escuro quando ela adentrou. A garota dormia de baixo de duas cobertas, mas, ao passar a mão no rosto dela, Judith percebeu que ela estava com febre. Tirou os saltos para não fazer barulho e foi atrás de um termômetro pela casa, buscando pela ajuda de Nina para auxilia-la.
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Onde cê tá meu amor? [Concluída]
RomanceApartamento na cobertura mais alta e cara de Columbus, carros colecionáveis na garagem mesmo aos dezesseis anos e fama através do sucesso do pai, da mãe e do irmão. Mesmo assim, Beatrice Coleman não tem tudo que quer. Quando o destino a coloca frent...