Edgar encarou Joe por longos segundos, tentando entender quem era aquele homem na frente deles. Bea engoliu em seco.- Quem é ele, Beatrice?- disse Joe, se aproximando ainda mais dos dois. Edgar foi rápido ao soltar o pulso de Beatrice e entrelaçar seus dedos aos dela. Ela tremeu um pouco mais.
- Eu sou o namorado dela.- o homem ofereceu um sorriso.- e você, quem é?
Joe não sentiu necessidade de respondê-lo, apenas viu que Bea não parecia bem.
- E onde vocês vão?- perguntou o cowboy, encarando os olhos da menina.
- Ela vai comigo pra casa.- Edgar sorriu.- Vamos fazer um programa de casal.
Bea estava com medo. Mas sabia que não tinha outra chance de fugir senão aquela.
- Beatrice?- Joe perguntou, ignorando Edgar. O outro se aproximou do rosto da namorada e beijou sua bochecha.
- Conta pra ele.- pediu, baixinho.
A garota encheu o peito de uma coragem que não tinha.
- Eu vou com Joe.- disse, puxando sua mão da de Edgar e caminhando, apenas três passos, para trás do outro.
Edgar respirou fundo.
- Tem certeza, Bea?- o tom de voz dele fez com que Joe colocasse o braço sobre os ombros dela, que suspirou em alívio.
- Tenho.
Joe não precisou dizer mais nada. Seu sorriso para Edgar e o olhar ameaçador já dizia que era hora de ir embora. O assunto teria acabado.
- Nós não acabamos aqui.- e deu as costas, apressando o andado até seu carro, que dobrou a esquina em alta velocidade.
Joe acompanhou Bea até a caminhonete, ainda com o braço sobre ela. Ele a observava, mas não disse nada até estarem no carro.
Quando as portas fecharam, Beatrice apoiou os cotovelos nas pernas e abaixou a cabeça. Joe não sabia se ela estava chorando. Se estivesse, não estava emitindo sons e o cabelo tampava seu rosto. Ele não sabia se era a hora de falar ou se deveria.
- O que aconteceu?- perguntou, em tom baixo.
Ela levantou a cabeça, e Joe pôde ver seu nariz e bochechas avermelhadas, as lágrimas quase escapando dos olhos.
Beatrice pegou o celular e discou o número da polícia. Informou que havia encontrado Edgar Williams na porta da escola há pouco tempo, e então desligou.
Joe ficou sem entender, então começou a dirigir.
Um minuto e meio depois, ainda olhando pela janela, Beatrice começou.
- Ele disse que ia me levar pra uma viagem. Me apertou e disse que eu iria, mesmo depois que terminei com ele.- confessou.
- Faz tempo que terminaram?
- Na verdade foi agora.- ela olhou para seu pulso, que ainda carregava a marca.- eu fiquei com medo. Eu não sabia o que fazer quando você chegou. Estava desesperada por dentro.
Joe não conseguiu olhá-la.
- Ele te agrediu?- ele disse, mesmo sabendo que parecia óbvio.
- É, eu...- Bea hesitou.- sei lá.- seu olhar voltou para o vidro da janela.- tenho medo de que venha atrás de mim de novo.
- Ele não vai.- afirmou rapidamente, convicto.- a polícia está atrás dele, sua família vai te proteger e, eu não vou deixar.- ele se repreendeu mentalmente por se incluir, mas não evitava odiar homens que pensam que podem fazer tudo que podem com mulheres.- sei como é o rosto desse cara. Se eu ver ele de novo, boto pra correr.- e suspirou pesadamente, conseguindo arrancar um meio sorriso de Beatrice.
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Onde cê tá meu amor? [Concluída]
عاطفيةApartamento na cobertura mais alta e cara de Columbus, carros colecionáveis na garagem mesmo aos dezesseis anos e fama através do sucesso do pai, da mãe e do irmão. Mesmo assim, Beatrice Coleman não tem tudo que quer. Quando o destino a coloca frent...