||Capítulo 15||

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O fato de estar de saltos não impediu que Beatrice corresse para cumprimentar as amigas.

Ela as abraçou e as elogiou, dizendo que estavam lindas e com certeza diferentes das costumeiras calças surradas e regatas que usaram nos outros dias.

- Caramba Bea. Sua casa é grandona.- observou Lilli, girando para acompanhar todo o luxo da enorme cobertura.

- É, um pouquinho.- disse, suspirando ao ver o apartamento que cresceu e gostava tanto. - E é toda de vocês, fiquem à vontade. Eu só vou cumprimentar outras pessoas e volto para mostrar a casa e tudo mais.- Ela sorriu, se afastando do grupo de garotas e se direcionando a Joe, que estava parado ao pé da escada.

- Vai ficar aí a noite toda?- perguntou.

Joe ergueu uma sobrancelha.

- Foi você quem me largou e saiu correndo atrás das suas amigas.- declarou.

Bea sorriu frouxo.

- Ah, desculpa.- Ela segurou a mão dele, puxando-o.- Não tenha vergonha, vou te instruir essa noite, tudo bem?

Ele assentiu.

Segurando a mão de Joe, Beatrice seguiu até a sala de jantar, e encontrou seu pai e outros dois homens conversando perto da adega.

Ela chegou sem dizer nada, mas antes mesmo que abrisse a boca, Peter a olhou e sorriu.

- Essa, senhores, é minha filha Beatrice.- disse, segurando o ombro dela e depois depositou um beijo em sua testa.- você está radiante nesse vestido prata.- Então Peter se virou para Joe, sussurrando.- Você viu como é estar no shopping com ela? Não é assustador vê-la gastar dinheiro como se não houvesse amanhã?

O rapaz assentiu, sem graça. Os outros homens não parecem ter entendido o que Peter sussurrou, então continuaram.

- Beatrice Coleman. - um deles disse, cumprimentando-a com um beijo na mão. - Então é você a minha compatriota. - falou, com o sotaque francês agora evidente.- Sabia que quando sua mãe voltou pros Estados Unidos, ela veio no meu jato? Você era tão pequenininha...quase cabia na palma de minha mão...

Eles sorriram e falavam sobre a França, enquanto Joe não entendia nada e olhava para Beatrice, buscando uma explicação rápida, que ela conseguia fazer muitas vezes apenas com o olhar.

- E esse rapaz?- disse o outro homem, entrando na conversa.- É o seu genro, Peter?

Automaticamente, Beatrice e Joe perceberam que eles ainda seguravam as mãos. Eles soltaram na hora. Peter nem mesmo havia notado.

- Ah, não.- Peter sorriu, como se se perguntando como ele havia chegado a essa conclusão.- Joe trabalha comigo. É um dos representantes da Pejari.- os outros cumprimentaram o rapaz, dizendo que era um prazer conhecê-lo.

Quando Beatrice percebeu que os assuntos sobre a empresa começariam, pediu licença.

Assim, ela precisou separar ao menos um minuto para cada convidado do jantar.

- Onde está Jordan?- perguntou Scarlett quando Bea chegou até elas.

- Eu ainda não o vi...- refletiu, avaliando cada canto em que havia passado. Ela fitou Joe até que o cowboy a olhasse, ainda que estivesse na conversa, ao lado de Peter. Apenas com sinais e olhares, ela perguntou sobre onde estava Jordan, e Joe respondeu que ele ainda não havia descido. Eles estavam ficando bons nessa comunicação.

- Vou buscá-lo.- Informou Scarlett, se dirigindo até as escadas. As outras meninas se perguntavam quem era Jordan e o que estava acontecendo.

- Vamos...- Bea as conduziu até a grande mesa. - Logo vão servir a entrada.- ela as acomodou na parte central da mesa, nem tão perto dos homens de negócio e nem tão perto das amigas ricas de Judith. Ali, elas poderiam conversar normalmente, apenas como as jovens que eram.

Onde cê tá meu amor? [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora