Meu Colega de Quarto [Em Revisão]

Capítulo 25

Se passou uma semana depois da minha conversa com Damon, e eu estava decidida que iria voltar, dar um sinal de vida e voltar a viver a minha vida, sozinha como sempre fiz.

- Tá tudo pronto aí gatinha?- perguntou Alice assim que eu terminei de pôr o meu casaco.

- Está sim, podemos ir. - eu sorri fraco

Eu estava com um medo absurdo, não queria ver a cara de todas aquelas pessoas de novo, além do mais eu só estava voltando pela tia Lu, Emma e Dylan. Os únicos na qual realmente se importam comigo, o resto finge se importar para ganhar Ibope.

A viagem de carro não foi tão longa, quando Alice parou o carro na frente da faculdade um frio passou por todo o meu corpo, eu estava em choque, mas abri a porta e coloquei um pé para fora. O lado de fora da faculdade estava lotado, devia ser o começo das aulas para estar tão cheio o hall, quando eu saí do carro, todos me olharam e eu congelei.

Então Alice veio até mim e segurou meu braço.

- Está tudo bem, vem... Vamos. - ela sorriu e me guiou.

Meu coração estava apertado, eu estava envergonhada por muita coisa e uma delas é estar grávida e não saber quem é o pai. Provavelmente essa é a história que deve estar rolando pela faculdade, e todos devem me achar uma puta.

Alice e eu fomos direto conversar com os supervisores da faculdade, e explicamos a situação. Eu disse que queria ver Emma e Dylan, então um deles disse no auto falante da escola, para Emma e Dylan vir até a sala.

Quando eles chegaram, os olhos de Emma encheram de lágrimas e ela veio me abraçar com tudo, Dylan sorriu e fez o mesmo.

- Garota, você é doida. Por onde esteve?- ela me olhou e tirou o cabelo que estava no meu rosto.

- Longa história. - eu sorri.

Eu estava realmente feliz em vê-los. Trouxe uma paz para mim que eu realmente precisava.

(...)

Estávamos os sentados na mesa da cafeteira da faculdade enquanto eu falava tudo, Emma ficava estática, ela não estava acreditando, Dylan muito menos.

Emma me contou que tia Lu tinha voltado para a sua cidade porque não aguentava ficar sofrendo mais por isso.

Eu já deveria saber, minha tia é a única família que me restou, mas mesmo assim ela não é presente, não demonstra amor, então é como se eu fosse sozinha realmente.

Também lhe contei oque Damon está fazendo por mim, e a mesma surtou.

Eu não via Damon desde o acontecido, ele foi embora aquele dia e não voltou mais, eu confesso que estava ansiosa para que ele voltasse, precisava de saber oque ele tinha descoberto, mas mesmo assim, ele não apareceu.

- Poxa. Mas foi legal da parte dele, ajudar... - Emma disse.

- Nada disso! Ele não tá fazendo mais que a obrigação dele já que isso aconteceu só porque ele drogou a Victoria. - Dylan disse.

- Aliás... Porque ele fez isso Vick? Oque ele ganhou? - Emma perguntou.

- Ele disse que homens sabiam do meu passado, do passado dele "que ele não queria que ninguém soubesse" e por isso, os homens estavam ameaçando ele, então ele teve que fazer. - eu disse com ironia no tom de voz.

- Nossa! Que história mais mal contada, você não acreditou, não é?

- Acreditei.

- Vick não seja tão ingênua, como que com tantas pessoas nas faculdades os "homens" iriam fazer ele drogar logo você? Porque não as garotas que ele pega por aí? Não tem nada a ver. - Emma disse revoltada.

Olhei para a Alice que estava com a mesma cara de dúvida.

- Eu ainda acho que você tem que passar essa história a limpo. - disse Emma bebendo um gole do seu café.

Ela se levantou e me deu um abraço e um beijo no rosto.

- Apareça aqui mais vezes, eu realmente tenho que ir agora. Faltei muito nas aulas e se eu não cobrir posso ter que pagar mais caro- ela riu. - Eu te amo amiga. - me abraçou de novo.

Dylan fez o mesmo e saiu junto com Emma.

Olhei para a Alice e ela se levantou.

- Viu? Até que não foi tão ruim. - ela sorriu.

- Não, não foi. - eu ri.

- Vamos? Você precisa descansar. - ela pegou sua bolsa e levantou da cadeira.

Querendo ou não, eu realmente fiquei um pouco confusa depois do que Emma me disse, porque eu? Oque eu tenho a ver com a vida de Damon? Absolutamente nada.

Eu não sabia onde estava me metendo.

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