- Ok, ok. Você me pegou, está satisfeita?
Eu soltei um sorriso vitorioso.
- Estou, e muito devo admitir. - contornei o seu corpo com a arma e sorri novamente.
Eu mal estava me reconhecendo, eu estava muito... Controladora.
Ouço passos se aproximando e chego perto do ouvido de Harry sussurrando:
- Parece que a festinha vai começar.
Eu nem sei se teria coragem de atirar em alguém, mas essa dúvida saía de meus pensamentos no segundo em que eu imaginava um deles tocando na minha filha, eu não consigo aceitar isso, e nunca irei.
E isso me dava forças para puxar o gatilho.
Vejo os dois homens aparecerem e Harry tenta fazer algum sinal com a cabeça, sim, eu estava percebendo tudo, e acredite, é ótimo estar no controle.
- Não tente me enganar amor, eu sou bem mais esperta do que você. - gargalhei.
Okay, isso foi bem serial killer. Estou com medo de mim mesma e nem sei o porquê.
O homem que estava perto da Lauren, tentou pegá-la, eu me virei rapidamente e apontei a arma para ele, eu estava assustada, eu estava aflita, estava com medo de apertar a merda do gatilho.
- Saí de perto da minha filha, Agora. - segurei forte a arma com as duas mãos.
Ouço uma risada atrás de mim e viro rapidamente, sem saber para que lado ficar.
- Ela não vai atirar.
Virei a arma para Harry.
Ele está me desafiando, e eu não iria deixar assim, merda, Harry destruiu a minha vida.
- Como você está? - perguntou com uma cara de dúvida.
- Estou enjoada - falei e na mesma hora me deu uma vontade imensa de vomitar.
Emma me entregou um balde e ali eu vomitei tudo.
Acho até que minhas tripas ficaram ali.
O médico me entregou um lenço de papel e eu limpei a minha boca, encostei as costas no travesseiro e então o médico começou a falar.
- Você se lembra do que aconteceu, ou porque está aqui?- perguntou.
Pensei um pouco, e nada.
Olhei para ele e balancei a cabeça negativamente.
Ele bufou e olhou para o chão.
- Oque aconteceu com você, Victoria, É uma coisa que eu não desejo para ninguém, simplesmente é uma coisa horrível- ele disse.
Eu entrei em pânico.
- Oque aconteceu comigo?- perguntei.
- Você está grávida- ele começou e meu coração já estava praticamente parando. -Você tem ingerido drogas, e isso faz um mal inacreditável para um bebê- ele disse.
Como eu poderia estar grávida? Para mim eu era virgem.
Não, não, não, não, não, não. Não pode ser!
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Meu Colega de Quarto [Em Revisão]
Novela JuvenilEla sorria sempre, mas claro que era tentando disfarçar o quanto aquilo havia a afetado, mesmo dando segurança, dando força, a ajudando, a sensação de estar sozinha não a largava de jeito nenhum. Talvez fosse por ela não receber mais um amor materno...