Capítulo 32

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O meu coração estava partido. Eu nunca havia visto nem uma expressão de tristeza no rosto de Damon. E agora, ali estava ele, na minha frente, chorando.

Eu não tinha coração para vê-lo chorar. E isso me matava por dentro.

- Amor, por favor. Não chora. - eu disse tocando seu rosto.

Ele me olhou com seu par de olhos azuis enquanto lágrimas caíam pelo seu rosto.

- Vic, desculpa, mas não dá. É muito difícil viver sabendo que você foi estuprada pelo meu ex melhor amigo, que eu deixei isso acontecer. Que porra. - Damon levantou e deu um soco na parede.

Eu olhei para a sua mão que escorria um pouco de sangue, mas mesmo assim, Damon não demonstrava dor ou algo de tipo.

Com o barulho do soco de Damon, Lauren acordou. Ouvimos a porta se abrindo e olhamos para ela imediatamente.

- Mamãe? Que barulho foi esse? - perguntou sonolenta passando suas pequenas mãos nos olhos.

Fui até ela e beijei seu rosto delicadamente.

- Nada, minha linda. Volta lá para o seu quarto e dorme, está bem? - a olhei.

Ela apenas assentiu e saiu arrastando seu urso pelo chão. Eu voltei a encarar Damon e ele já estava com sua expressão de sempre no rosto: séria. Eu continuei o olhando na esperança de que ele falasse algo, mas ele não disse.

Damon e eu tínhamos algo estranho, ele era meu namorado, mas morava aqui comigo. Eu o considerava como um pai para a minha filha, ele também já se considerava pai. Mas Lauren, pra ela, o pai dela não a quer. E isso quebra totalmente o coração de Damon.

- E agora? - perguntei.

Damon me olhou e soltou um sorriso no canto do olho.

- Não tem "agora". Essa é a realidade, é a vida. E temos que aprender a respeitar as regras desse "jogo". - ele diz fazendo aspas com os dedos, nas palavras "agora", e "jogo".

- Então você não vai desistir de mim? - eu pergunto baixo.

Ele me olha e solta uma risada.

Sim, ele estava rindo.

- Qual a graça, Damon? - pergunto um tanto irritada.

Ele vem até mim e segura meu rosto com as suas mãos.

- Você acha que eu sou capaz de desistir de você? Não. Eu não sou, e mesmo se fosse, eu não o faria. - me deu um beijo rápido logo em seguida.

/

Estava uma noite chuvosa, e fria. Eu estava indo levar Lauren para um restaurante, onde íamos nos encontrar com Emma, Dylan, e Alice.

Sim, Alice e eu sempre mantivemos contato, nunca o quebramos. Ela sempre foi como uma mãe pra mim, cuidou de mim, e me deu o amor que eu precisava. Ela cuida de mim como se eu realmente fosse sua filha.

Alice agora estava casada, e com uma filha. Que ela nomeou de Katherine. Ela estava feliz com seu relacionamento, o homem realmente era um doce de pessoa, eu gostava dele, e também o tratava como se fosse o meu pai.

Eu estava dirigindo, e Lauren apertou o botão do rádio para ouvir umas músicas, Lauren amava músicas, e por incrível que pareça, com seis anos de idade, ela já cantava muito bem.

Começou a tocar a música: Scared to be lovely.

No momento em que Lauren começou a cantar, parecia que o meu mundo tinha parado, céus... A voz daquela menina era extraordinária. E ela tinha apenas seis anos.

Quando a música acabou, ela sorriu e bateu palmas para ela mesma.

- Como cantei, mamãe?

- Ótima bebê, você tem uma voz linda.

Lauren graças ao céus, era mais parecida comigo, seus cabelos eram castanhos, e ela tinha olhos também cor de mel, e bem branquinha. Tal como eu.

Quando chegamos ao restaurante, nós já avisamos o pessoal sentado em uma mesa e fomos até eles. Hoje seria uma noite de amigos, e eu mal esperava para passar mais tempo com eles, isso sem dúvidas melhorava o meu dia.

- olha só quem finalmente chegou- Dylan veio todo feliz em minha direção.

Eu abri meus braços esperando que ele fosse me abraçar, mas ele abraçou Lauren.

- eu senti sua falta, pequena. - beijou o rosto da Lauren.

Eu revirei os olhos.

Emma e Alice estavam rindo muito do que havia acontecido, e Alice veio até mim.

- Não se preocupe meu amor, eu senti a sua falta. - me beijou.

Sentamos na mesa e ficamos conversando a noite toda, era muito bom poder passar um dia com meus amigos, e isso sinceramente? Melhorava tanto o meu dia que eu mal podia explicar.

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100 votos, eu volto.

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Meu Colega de Quarto [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora