Capítulo 54

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Christian Narrando

Estamos eu e Katherine dentro de um carro. Sem ninguém, e pelas ultimas duas horas, posso dizer que estamos indo bem. Sem nenhuma briga, nem preocupação. Eu pensei que ela iria gritar e me xingar quando descobrisse que minha família ainda achava que estávamos juntos, mas ela foi tão compreensiva que me assustou. Acho que ela está tramando algo.

Começou a tocar a música "Let Me In - Grouplove" na rádio, e foi a trilha sonora perfeita para o que estava acontecendo naquele momento, pelo menos era o que eu estava sentindo, e espero que ela também sinta isso.

Nota da autora *Escutem a partir daqui, com a música*

Era tudo tão perfeito. Eu, Katherine, um carro, várias comidas, um céu estrelado e só. Naquele momento eu percebi que não queria estar em lugar nenhum, só ai. Com Katherine.

É estranho pensar, que em um determinado período de tempo, você esta com alguém, e em seguida, não esta mais, por culpa do... Destino. Eu não sei ao certo o que o destino quer, não sei se está no plano dele que fiquemos juntos, e mito menos se seremos felizes. Mas sei que o destino que nos separou a alguns anos, nos trouxe de volta para o ponto de partida. Percebem o que eu quero dizer? Se for pra ficarmos juntos, ficaremos e ponto. Não importa o quão odiado esse casal seja, não importa o número ou o tamanho de forças contrárias a isso, o destino sempre é a maior das forças. O desejo de estar aqui, a vontade de conseguir.

As vezes me pergunto, o que, ou quem domina o destino. É uma pergunta um pouco idiota, mas que faz sentido. Quem quer que você fique junto com a pessoa amada? Dizem que quando é pra ser, até os ventos sopram à favor. Eu de certa forma concordo com isso. Pensem comigo: Um amor que simplesmente não deu certo, pode até ser o seu (que você esta penando esse exato momento rs) se não der certo, quem você vai culpar? Não há culpado par erros e acertos, que não seja o tão famoso destino. Ele é culpado pelos erros e acertos. Caso seja acerto, os ventos sopraram a favor disso, e, que ótimo! Mas se for contra? Isso significa que não era pra ser. Significa que o tão famoso e estupendo destino, te pregou uma das suas famosas peças. Simplesmente quis brincar um pouco, até que te entregasse o seu amor de verdade de bandeja. Ninguém disse que seria fácil, o Destino da volvas e voltas, até perceber se vocês realmente se merecem.

E foi isso que aconteceu comigo e Katherine. Estamos passando por isso agora, juntos. Eu sei que o destino já pregou várias peças em nós dois, mas o mesmo, nos trouxe para cá, aonde tudo havia começado, e meus caros, se vocês acreditam em COINCIDÊNCIA, eu acredito e aposto no DESTINO. Eu pretendo contar tudo para Katherine um dia. E se o destino quiser assim, ficaremos juntos.

Katherine estava sorrindo. Sua janela estava aberta, e o vento batia em seu rosto como uma leve brisa. Ela está tão linda, não me canso de olhar para ela. A única luz sobre nós, é a luz que a luz cheia faz, isso a deixa mais bonita. Eu admiro sua vontade de ser quem é, de não esconder nada, e de ser petulante como uma criança de 6 anos.

Resolvemos parar em uma lanchonete para usar o banheiro, e quando saímos, já voltamos ao carro. Não poderíamos perder tempo. Estava escuro, e mesmo assim continuamos na estrada. Precisávamos chegar logo, caso contrário, teríamos que dormir nesses hotéis de beira de estrada. 

Em menos de uma hora já chegamos na cidade dos meus pais. Um pouco mais cedo do que o esperado 21:45. Seguimo o caminho até a beira da praia, aonde ficava a ova casa deles ( sim eles haviam se mudado). Agora a casa era bem maior. Eles passavam as férias de verão e primavera, já que a família inteira vinha para cá, a casa precisou ser o dobro da antiga, e uma casa desse porte só poderia ser à beira-mar. 

Eu buzinei, e vi meus primos na sacada, rindo e bebendo, quando entraram para avisar que eu havia chegado. Em seguida, o portão se abriu, e eu estacionei o carro. Eu e Katherine tiramos apenas nossas mochilas do carro deixando as malas lá para depois tirarmos.

Chris: Esta pronta?

Kath: Acho que sim...

Chris: Então vamos lá...

Katherine grudou as mão nas minhas, e eu me senti como um adolescente de 15 anos com o primeiro amor. Meu coração palpitou e eu quase suei frio...Quase...

Namorada de Mentira [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora