EI TU! Queria avisar que postei um vídeo representando a fic lá no meu twitter @ceuatelua, o áudio e a imagem estão ruins, mas ta fofinho vai. Espero que vocês gostem desse capitulo, se quiserem comentar comigo, ou conversar, só chamar lá no twitter também.
Com amor, Mar.
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Os presentes que Vitória me deu além de me encherem de amor, me acordaram para a realidade. O macacãozinho em específico, me fez lembrar que em pouquíssimos meses minha pequena estaria em meus braços, e que ela precisaria de algo pra vestir, pra comer, onde dormir e com o que se divertir. Foi então que eu tive mais uma de minhas crises de desespero, eu não estava empregada e vivia basicamente de economias de toda vida e trocados recebidos no parque. Aquilo não daria sequer para comprar um berço. Pelo mês que se passou desde o dia do presente, eu passei a procura de emprego. Cafeterias, livrarias, restaurantes, bancos, farmácias e nada. Se arrumar emprego já é difícil, imagine para uma mulher grávida. Deixaram bem claro que naquela época eu não conseguiria em lugar nenhum, o que me deixou mais preocupada ainda. Até que um momento na sala de casa pensando o que eu faria, lembrei do cartão que meu pai havia me dado no mesmo dia que me jogaram por completo no mundo de uma vez só. Ele estava jogado no fim de uma gaveta, e após eu ter o usado para chegar em São Paulo, eu prometi a mim mesma que não encostaria em um centavo dos dois. Mas a promessa foi quebrada, por mim, eu seguiria com ela, mas eu não poderia pensar apenas em mim. Não mais.
-Acabei! --Ouço a voz rouca de Vitória surgir na sala. Seu cabelo estava preso em um coque no topo da cabeça e seu rosto estava vermelho, provavelmente por ter cansado.
-Quer descansar um pouco para voltarmos? --Pergunto a vendo se abanar com a mão e ela nega de imediato.
-Não! Vamo nessa que ainda tem muita coisa pra ser feita. --Vi fala animada, me fazendo ficar animada também e levantar do sofá.
Vitória havia acabado de esvaziar sozinha o outro pequeno quarto do apartamento para que assim pudéssemos colocar o que eu havia comprado. Sim, com o cartão. Eu havia me oferecido para ajuda-la, mas ela negou, mencionando novamente suas anotações e dizendo que nelas, diziam que eu não poderia fazer muito esforço.
Ando até o quartinho junto a ela, ele estaria vazio, se não fosse a cômoda branca que eu havia mantido, o berço desmontado no chão e uma poltrona coberta por plástico. Vitória já havia forrado o chão também com plástico.
-Você vai pintando enquanto eu tento montar o berço, pode ser? --Vi sugere e eu concordo empolgada. Ela então se volta para o monte de madeira dispersa no chão e tenta, toda concentradinha, ler o manual. Me volto para a tinta e a abro, eu havia me informado certinho com qual tipo de tinta eu poderia entrar em contato sem ter nenhum problema, e felizmente existia um. Despejo a tinta amarela bem clarinha no recipiente e molho o rolo, passo na parede com todo cuidado para não estragar tudo. Eu fazia tudo na maior lentidão, já conhecendo o quanto sou desastrada e eu realmente não podia e nem queria fazer dar errado.
Vitória começa a cantarolar "Cores" da Lorena Chaves e eu a acompanho, me animando mais ainda com o que fazíamos e já pensando o quanto ficaria lindo para receber nossa princesinha.
Finalizo a primeira parede, e quando ando para trás para admirar a minha obra de arte que pelo milagre havia ficado bem feita, respingo sem querer um pouco de tinta no rosto de Vitória que me olha incrédula.
-AI meu Deus! Me desculpa, Vi. --Falo tentando ficar séria, mas deixo a risada escapar vendo seu rosto machado.
-Tu quer guerra, né Naclara? --Vitória fala brincalhona e levanta. Ela passa o dedo na tinta e anda em minha direção.
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Segundo sol
RomanceAna Clara estava no meio do caos, literalmente. Sofrendo às consequências de um suposto erro, sua vida muda de cabeça para baixo, sendo obrigada a sair de sua pequena Araguaína para encarar a grande selva de pedra, São Paulo. Quem dera ela esse foss...