Segundo sol

Volta.

Esse capitulo num é o essencial pra se dedicar a alguém mas to dedicando mesmo assim pq hoje é o aniversário da minha bebê e ela pediu um capitulo de presente então ta.

Duda, que tua vida seja repleta de luz e que tu siga do jeitinho que é, emanando ela por onde passa. Tiamu meu duo, e nunca pare de me mandar fotos de crianças.

E vocês, feliz ano novo meio atrasadinho sim!! Que esse ano seja cheinho de realizações para todos nós, trazendo consigo também muita alegria e aprendizado. Beijo da autora mais atrasada do Brasil.

Com amor, Mar.
________________

Eu estava determinada a buscar minha filha e seguir meu rumo de volta para São Paulo, por mais que eu pensasse que estava em casa, estava bem, as situações passadas me provavam o contrário. No momento que levanto da cama e posiciono a mala pronta ao meu lado, a porta do quarto é aberta, e por ela, passa Vitória, rindo junto a uma Lis por incrível que pareça, acordada e animada.

-Mamãe! Já passou de meia noite, é o aniversário de Lis!—Minha pequena fala animada, batendo palminhas.

-Parabéns minha florzinha de lírio!—Sorrio fraco, limpando o rosto o mais rápido possível e tirando minha filha dos braços de Vitória, a enchendo de beijos na bochecha logo em seguida. A mulher a minha frente encarava a cena sorrindo, mas vejo seu sorriso morrer assim que seu olhar cai para a mala pronta ao meu lado.

-O que essa mala tá fazendo ai, Ninha?—Ouço a voz rouca de Vitória, regada de confusão, me questionar.

-Mas a gente já vai embora, mamãe? Lis queria ficar mais, a vovó disse que vai fazer um bolo de chocolate todo pra mim.—Vejo a animação da minha filha sumir de imediato e seu sorriso se transformar em um bico triste e frustrado.

-Ei, meu amor, eu e você vamos voltar pra casa e...—

-E a minha mãe não vai? Por que ela não vai? Eu não quero ir sem ela, mamãe, por favor, é meu aniversário.—Lis sai do meu colo, indo rápido até Vitória e agarrando em suas pernas, o rostinho triste e os olhos cheios de lágrimas provavam que aquela não era a maneira que ela esperava comemorar seu aniversário. Vitória, me encarava incrédula, confusa, com os olhos claros marejados, e aquela cena a minha frente só fazia meu coração doer mais.

Há exatos três anos, eu havia me tornado mãe. Foi inesperado e junto a noticia, veio toda a confusão e o conflito da minha vida. Durante toda a vida, eu via as mães ao meu redor fazerem tudo pelos seus filhos, e quando eu questionava, recebia como resposta a tão famosa frase "Quando você for mãe, você vai entender." E era verdade. Não há outra pessoa no mundo que eu ame mais que Ana Lis, e agradeço aos céus diariamente por ter me presenteado com a minha pequena, mesmo diante a toda situação que passei, ela era minha força, minha vida toda, por completo, girava em torno de sua felicidade.

Por esse motivo, essa era mais uma das situações que abriria mão para ver minha filha bem. Ela contava os dias para seu aniversário, e eu não poderia deixar meu egoísmo, minha raiva e tristeza destruir o dia dela.

-Tudo bem, nós podemos ficar, okay?—Falo de uma vez só, sendo encarada imediatamente pelos olhinhos caidinhos.

-Promete?—Lis anda até mim, encolhidinha, receosa.

-Prometo.—Confirmo após segundos de silêncio. A vejo esticar os braços em minha direção e a pego no colo novamente, a balançando por longos minutos de um lado por outro até perceber sua respiração calma se chocar contra meu pescoço. Ela havia adormecido.

Coloco minha filha na cama, bem no centro onde ela estava dormindo junto a mim e a Vitória nesses dias, e a acalmo rapidamente após ela se remexer assim que coloco o cobertor grosso em cima de seu corpo pequeno.